sábado, 30 de julho de 2011

Ao contrário do que se diz, encargos trabalhistas correspondem a 25% sobre os salários, e não 102%

Artigo de Artur Henrique sobre estudo do DIEESE analisa alguns mitos patronais sobre salários

O Dieese divulgou à imprensa um levantamento que comprova que os encargos trabalhistas representam apenas 25% sobre os salários pagos aos trabalhadores e trabalhadoras no Brasil.

O levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) desmonta a tese, alardeada pelos empresários, que o salário de cada trabalhador custa mais que o dobro para os empregadores.

É possível que, apesar de o Dieese ter divulgado esse dado, a notícia não chegue até a maioria.

O empresariado, através de consultores e com a ajuda da grande mídia, tanto divulga a ideia de que cada trabalhador custa duas vezes o seu salário, que até mesmo os assalariados costumam repetir essa falsa informação.

Precisamos desmontá-la.

Os empresários, quando dizem que os encargos custam 102% a mais que o salário propriamente dito, fazem uma conta marota.

Eles consideram como encargo algo que, na verdade, é salário. Confira o que eles consideram como encargo, e não como salário:

- repouso salarial remunerado

- férias remuneradas

- adicional de 1/3 sobre as férias

- feriados

- 13º salário

- aviso prévio em caso de demissão sem justa causa

- multa sobre o FGTS

- parcela do auxílio-doença paga pelo empregador.

Ora, tudo isso é salário, pois compõe o rendimento do trabalhador, aquilo que ele põe no bolso, seja em dinheiro, seja em forma de poupança.

Quando os empresários separam uma coisa da outra, querem considerar salário só o valor da hora de trabalho. Todos esses outros itens citados acima seriam “despesa extra”, “encargo”, e que poderiam, portanto, ser eliminados.

Para o Dieese e para a CUT, devem ser considerados encargos sociais aqueles que são repassados para o governo e também para entidades empresariais (ora vejam só) como Sesi, Senai, Sesc e outros, com o objetivo inicial de financiar programas universais:

- INSS

-seguro acidentes do trabalho

- salário educação

- Incra

- Sesi ou Sesc

- Senai ou Senac

- Sebrae

Tais encargos, aplicados sobre o salário, representam 25,1%. Jamais 102%.

Vamos lembrar disso neste momento em que a grande pauta do empresariado é a “desoneração da folha”

http://www.cnq.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=20530

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Polícia mata um a cada cinco horas, diz jornal

O caso do menino Juan Moraes, morto aos 11 anos pela polícia, não é um caso isolado. Levantamento do jornal Correio Braziliense mostra que uma pessoa é morta no Brasil pela polícia, a cada cinco horas. Estatísticas mostram que 141 assassinatos são realizados por agentes do Estado, ao mês.

O jornal cruzou dados de mortalidade por força policial do Ministério da Saúde e das ocorrências registradas nas secretarias de Segurança Pública do Rio de Janeiro e São Paulo (os dois estados concentram 80% dos assassinatos cometidos por policiais no Brasil que chegam aos registros oficiais). Em 2009, 1.693 pessoas foram mortas por policiais. Em 2010, esse número aumentou: foram 1.791.

Os números mostram que 70% dos mortos são jovens de 15 a 29 anos. Vinte e oito garotos com idade entre 5 e 14 anos, faixa etária de Juan, foram mortos de 2006 a 2009.

Em 2010, foram registradas 545 mortes por força policial, no Rio de Janeiro. Em 2009, foram 495 (116 a menos que os 611 registrados em 2008). Secretaria de Segurança Pública do estado ressaltou em nota que, desde de 2007, 947 policiais civis e militares foram expulsos da corporação – a maioria por homicídio.

Em São Paulo, as autoridades informaram que nos últimos dois anos 30 policiais civis foram punidos por mortes em confronto. Já a PM paulista afirma que houve redução das mortes em confronto. Em 2010, os óbitos representaram 17% do total de intervenções, 6% a menos que no ano anterior.

Milícias paramilitares subiram de 42 em 2008 para 127 em 2009

Desde a tomada de posse de Barack Obama como Presidente dos Estados Unidos, a actividade das chamadas "milícias patrióticas" e outros grupos extremistas de direita que vêem o Governo federal como o inimigo cresceu 244 por cento, segundo os números do Southern Poverty Law Center (SPLC), uma organização apartidária de direitos civis que documenta o ódio e a intolerância na América.

De acordo com o seu último relatório, publicado em 2009 o número de grupos "patrióticos" activos nos EUA aumentou dos 149 do ano anterior para os 512, um crescimento que o SPLC qualifica como "espantoso". O número de milícias - o ramo paramilitar do movimento patriótico - subiu de 42 em 2008 para 127 no ano seguinte.

"Este crescimento extraordinário é motivo para grande preocupação", considera a directora de Pesquisa do SPLC, Heidi Beirich, que lembra que a profusa actividade destes grupos, durante a década de 90, teve repercussões gravíssimas na América: por exemplo, Timothy McVeigh, o bombista que explodiu um edifício federal em Oklahoma City, matando 168 pessoas, era um seguidor do movimento patriótico.

O movimento patriótico despontou nos anos 90, como reacção à Administração de Bill Clinton e ao que qualificavam como uma "tentativa despótica" de aniquilação da dissidência política de extrema-direita. Agora, com um Presidente ainda mais liberal no poder, o movimento renasceu e com maior pujança do que outrora: desta vez, muitas das suas ideias e propostas, que antes estavam apenas disponíveis para uma franja de radicais, são diariamente promovidas por algumas das mais proeminentes figuras da televisão por cabo americana.

"Quando alguém como Glenn Beck [apresentador da Fox News] repete teorias da conspiração como as que dizem que a FEMA quer abrir campos de concentração, as pessoas acreditam. Quando ele diz que Obama é racista, ou que o Governo é socialista, é desconcertante. Mas, como é a televisão, as pessoas acreditam", observa Heidi Beirich.

Segundo esta especialista, existe um padrão que se repete: quando a política nacional vira para a esquerda, a raiva e frustração na extrema-direita disparam. "Sabemos que um outro Timothy McVeigh é sempre possível", lamenta.

Mas, apesar do padrão, Beirich detecta uma novidade na "tradicional" reacção conservadora contra os liberais. "Como Obama é negro, estamos a assistir a uma reacção racista na direita que nunca aconteceu antes", observa. "É uma situação muito perigosa, os próprios Serviços Secretos já disseram que nunca houve tantas conspirações para matar o Presidente como com Obama", acrescenta.

sábado, 23 de julho de 2011

91 MORTOS EM OSLO: AS DIMENSÕES CATASTRÓFICAS DO MASSACRE E O IMPÉRIO DO PRECONCEITO

A primeira reação da chamada grande imprensa diante dos atentados de dimensões catastróficas ocorridos em Oslo, em que morreram cerca de 90 pessoas, foi relacionar sua autoria a grupos terroristas islâmicos. O 'New Yok Times' chegou a divulgar um texto atribuído a um desses grupos, que confirmava a autoria dos massacres. A informação foi rapidamente replicada em todo o mundo, sem qualquer investigação empírica, como algo dotado de uma lógica autoexplicativa. Era falso. Tudo isso aconteceu antes que o próprio governo noruegues fornecesse uma pista para elucidar as motivações dos atentados. Quando se pronunciou, foi para advertir que as maiores suspeitas recaíam sobre um noruegues branco, alto, louro, de olhos claros, islamofóbico associado a grupos de extrema direita em Oslo, onde acontece a festa anual de entrega do Prêmio Nobel da Paz. O enredo não fazia sentido. Na pauta esfericamente blindada da narrativa dominante quase não há espaço para interações entre extrema direita política e violência terrorista. É bom ir se acostumando. O estreitamento do horizonte social produzido por interesses financeiros que levaram o mundo a uma espiral ascendente de incerteza, desemprego e volatilidade gera impulsos mórbidos que a extrema direita historicamente instrumentalizou. Vide as duas guerras mundiais do século 20. Uma precipitação da mídia em circunstancias como essa envolve o risco, nada desprezível, de desencadear represálias violentas contra comunidades etnicas e religiosas em diferentes pontos do planeta. É inevitável lembrar que a manipulação do medo e do ódio nos EUA, através de mídias como a Fox News, de Rupert Murdoch, após o repulsivo atentado de 11 de Setembro, pavimentou o caminho de uma guerra desordenada em busca de 'armas de destruição em massa', de resto nunca encontradas. Sobretudo em situações extremas, a pluralidade da informação de alcance isonômico mostra-se uma salvaguarda indispensável da democracia contra a manipulação do medo e da dor pelo império do preconceito e da intolerancia.

(Carta Maior; Sábado, 23/07/ 2011)

http://www.cartamaior.com.br/templates/index.cfm?alterarHomeAtual=1&home=S

Reforma Política: é preciso dar voz à juventude e aos trabalhadores

Nos jornais, revistas e telejornais, somos confrontados quase todo os dias com várias notícias sobre a reforma política. Muitas mudanças são propostas, como financiamento público para campanha eleitoral, a forma como serão feitas as coligações eleitorais, mas nenhuma palavra é dada sobre mudanças de fato na forma antidemocrática como é estruturado o nosso sistema político.

A primeira coisa a se discutir é o respeito à proporcionalidade no Congresso Nacional. Uma matéria do dia 08/04/2011 do G1 afirma que “Ainda não há um consenso [sobre as mudanças a serem feitas], pois os partidos estão divididos, mas há uma certeza: no Congresso Nacional, ninguém quer que o voto para esses cargos seja proporcional”. Somos um país com 26 estados mais o Distrito Federal, só que estados menores como Roraima, Acre, Amapá (não em extensão territorial, mas em população), tem mais representação que outros Estados, como São Paulo.

A questão é bem simples: 1 voto em Roraima, para eleger um Deputado Federal, tem o mesmo peso que 11 votos de São Paulo. Essa é uma herança da ditadura militar, para manter poderosos ligados, antes de mais nada, a empresários e ao agronegócio, no poder, defendendo os interesses que não são os da maioria. Hoje os 14 menores Estados, com 15% da população tem 51% das cadeiras do senado.

E mais: na discussão sobre reforma política nada é colocado sobre o fim do senado, uma instituição podre, que serve para abrigar raposas como Sarney, Collor e Renan Calheiros. E o pior de tudo, para barrar, enrolar, jogar pra de baixo do tapete todas as reivindicações dos trabalhadores e da juventude, a exemplo da Medida Provisória que dava aumento aos estudantes Residentes, negada em votação no Plenário e foi preciso reeditar uma outra MP.

Muitas reivindicações, com base na pressão, podem ser aprovadas na camara dos Deputados... Mas eis que o Senado entra em cena para “salvar” os interesses da minoria exploradora.

O ideial na minha opinião é defender a unicameralidade, proporcional (onde realmente um homem seja igual ao outro, isto é, um voto é um voto). Além de acabar com a história de vai e vém, “a culpa não é minha”, tudo ficaria mais claro para todo o povo: quem são os nossos verdadeiros representantes, quem são os nossos inimigos.

Vale uma palavra sobre o financiamento público de campanha. Longe de resolver o problema do corre-corre atrás de dinheiro entre os partidos, o principal problema não será resolvido: o da independência financeira dos trabalhadores. Um partido que fale em nome dos trabalhadores, com o rabo preso com o Estado, que financiará a sua campanha, pode ser levado a sério?

É um mecanismo que viria para complementar o Fundo Partidário. Os partidos que o recebem deixam de depender dos trabalhadores, logo não precisam mais defendê-los. É o jogo. Mas não podemos jogá-lo com as armas de nossos inimigos!

Por fim, é importante destacar um elemento importantíssimo: a reforma será uma auto-reforma. Ou seja, as mudanças para acabar com privilégios serão feitas pelos privilegiados: os próprios deputados do PMDB, PSDB, PR, DEM (e agora também PSD) que dirigirão essa reforma. Alguém pode levar uma mudança dessa a sério?

Para que seja feita uma reforma de verdade, é preciso dar ouvido para o povo, para os jovens e trabalhadores. A única forma de fazer isso, é chamando uma Assembléia constituinte Soberana, onde um homem vale um voto, em que todos disputem em pé de igualdade, com mandatos claros, o mandato de ser um constituinte.

É tema, este, delicado. Por isso voltaremos a escrever mais a respeito.


Carlos Henrique, militante da JR-IRJ de São Paulo

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Estudantes e trabalhadores lutam pelo ensino publico e gratuito no Chile!

A onda de manifestações que tem acontecido no Chile no último mês destaca a necessidade dos estudantes chilenos de terem direito ao acesso ao ensino público e gratuito em todos os níveis. Universitários exigem acesso e mais verbas para a educação pública e secundaristas exigem desmunicipalização do ensino e estatização do ensino básico e médio.

Aconteceram manifestações convocadas pela Confederação dos Estudantes do Chile (CONFECh), que agrupa as Federações dos estudantes de 29 universidades chilenas. Junto com os estudantes universitários tem acontecido também a participação de entidades secundaristas: Assembléia Coordenadora dos Estudantes Secundaristas (ACES) e a Federação Metropolitana dos Estudantes Secundaristas (FEMES).

A primeira manifestação aconteceu no dia 12 de maio com cerca de 15 mil estudantes nas ruas. Depois uma nova manifestação no dia 26 de maio. No dia 01 de junho teve paralização geral que levou 20 mil estudantes para as ruas de Santiago. No dia 15 de junho mineiros da mina El Teniente, da estatal CODELCO (Coorporação Nacional de Cobre do Chile) em greve fizeram ato junto com estudantes secundaristas que juntou 7 mil pessoas.

No dia 16 de junho nova marcha convocada pela CONFECh que juntou cerca de 100 mil estudantes e professores em Santiago e mais de 200 mil em todo o país.No dia 23 estudantes secundaristas realizaram nova mobilização com 20 mil estudantes. Logo depois o Ministro da educação anuncia proposta que foi rejeitada por universitarios e secudnaristas em suas assembleias. No dia 30 de junho, 200 mil estudantes e professores ocupam as ruas de Santiago e cerca de 400 mil mobilizados em todo o país.

No meio da luta o presidente Piñera tem reprimido fortemente as manifestações. O que se combina com as perseguições políticas nas escolas. A estudante Lorena Mussa do Colégio Alemão da cidade de Arica foi expulsa da escola e ameaçada pela dona da escola por convocar assembleia estudantil em sua escola. Luz Marina Osorio ameaçou Lorena dizendo que se estudantes ocupassem o colegio "poderia até matar ela, bater a paulada e que não receberia nenhuma solicitação contra sua decisão porque o recinto era privado."

- Livre acesso, gratuidade e mais verbas para a educação pública universitária no Chile.
- Federalização e estatização do ensino básico e médio no Chile.
- Abaixo a repressão e a perseguição! Reintegração imediata da Lorena Mussa em sua escola!

Marcius Siddartha, militante da JR-IRJ

http://www.juventuderevolucao.org/index.php?option=com_content&task=view&id=988

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Brasileiro será taxado em R$ 510 para governo pagar juros em 2012

Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2012 aprovada pelo Congresso obriga governo federal a reservar R$ 97 bilhões em tributos que recolher no ano que vem, para pagar exclusivamente juros da dívida pública. Valor representa 9% da arrecadação esperada, cinco vezes mais do que gasto para erradicar miséria e taxação de R$ 510 sobre cada brasileiro. Desde 1998, governo federal já gastou R$ 695 bilhões com juros. Despesa perde para conjunto das políticas sociais, mas supera investimento individual em saúde, educação e assistência social.

BRASÍLIA – Deputados e senadores aprovaram, nesta quarta-feira (13/07), lei proposta pelo governo federal que obriga o próprio governo a separar, no orçamento do ano que vem, R$ 97 bilhões em tributos que irá recolher, para usar exclusivamente no pagamento de juros da dívida pública.

A quantia representa 9% de todos os impostos e contribuições que devem ser arrecadados, segundo a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2012. Cinco vezes mais do que o governo planeja investir no recém lançado programa de erradicação da miséria (R$ 20 bilhões por ano até 2014). E uma taxação de R$ 510 de cada um dos 190 milhões brasileiros.

A LDO 2012 aumenta para R$ 828 bilhões o montante de recursos coletados pela Receita Federal e depois usados para pagar credores da dívida desde que esta prática, conhecida como “superávit primário”, começou a ser adotada pelo governo federal, em dezembro de 1998.

Segundo estatísticas do Banco Central (BC), de 98 até maio de 2011, o governo federal já pegou R$ 695 bilhões em tributos recolhidos para direcionar ao pagamento de juros da dívida - quando prefeituras, estados e empresas estatais entram na conta, já foram R$ 947 bilhões. Só em 2011, foram R$ 45 bilhões. Até dezembro, faltam R$ 36 bilhões para o governo cumprir o que determina a LDO 2011.

Na última sexta-feira (09/07), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicadadivulgou estudo sobre investimentos federais em políticas sociais que permite comparar e dimensionar o significado do tamanho do pagamento de juros da dívida.

De 1999 a 2009, último ano utilizado pelo Ipea na pesquisa, o governo federal aplicou um total de R$ 4,1 trilhões em política social. Nestes mesmos onze anos, o pagamento de juros da dívida recebeu R$ 572 bilhões em dinheiro arrecadado pela Receita Federal.

O primeiro tipo de gasto foi sete vezes maior do que o segundo, graças aos benefícios da Previdência Social, que representaram metade do investimento em política social no período (R$ 2 trilhões).

As despesas federais com saúde somaram R$ 505 bilhões de 1999 a 2009, o equivalente a 89% do gasto com juros da dívida. Os investimentos em educação e assistência social foram inferiores à metade do gasto com juros. No primeiro caso, totalizaram R$ 250 bilhões (43%). No segundo, R$ 227 bilhões (40%).

Com a LDO aprovada em sessão conjunta da Câmara e do Senado, os congressistas já podem começar o recesso parlamentar, que oficialmente vai de 18 a 31 de julho. Para comemorar o encerramento dos trabalhos legislativos no semestre, os líderes dos partidos aliados do governo federal vão participar de um coquetel com a presidenta Dilma Rousseff no Palácio da Alvorada, residência oficial dela, na noite desta quarta-feira.

http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=18051

domingo, 10 de julho de 2011

Escândalo: Juíza ataca os direitos humanos

Juíza desautoriza a libertação de 817 trabalhadores em situação análoga à escravidão

Escrito por: Renato Santana - Brasil de Fato

Por decisão da juíza Marli Lopes Nogueira, da 20ª Vara do Trabalho do Distrito Federal (DF), 817 trabalhadores, entre eles 275 indígenas, seguirão em condições análogas a escravidão numa fazenda de cana de açúcar no município de Naviraí, em Mato Grosso do Sul (MS). Do contrário, deverão pedir desligamento da usina Infinity Agrícola abrindo mão de seus direitos – a rescisão indireta dos contratos não acontecerá como parte do pacote da posição da juíza.

A juíza atendeu a liminar - em mandado de segurança - da usina Infinity onde é pedida a suspenção da libertação dos trabalhadores pelo grupo móvel de fiscalização composto por auditores do trabalho, procuradoria do trabalho e Polícia Federal (PF). No impetrado, a usina pediu a retomada dos 817 trabalhadores à atividade produtiva da usina.

Conforme o despacho da juíza, as frentes de trabalho, determinadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego para tratar da questão, também estão interditadas. Por fim, Marli proibiu que a Infinity seja relacionada na lista suja do trabalho escravo – cadastro mantido pelo Governo Federal para indicar empregadores que cometem esse tipo de crime.

“É a primeira vez que se tem uma decisão desse tipo, tão escandalosamente contra os direitos humanos. Aqui no Mato Grosso do Sul se isso virar mania vai ser uma festa porque é recorrente se encontrar trabalhadores em situação análoga a escravidão”, diz Flávio Vicente Machado, integrante da equipe do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) no Estado.

Os 817 trabalhadores atuam no corte da cana. Desse total, 542 são migrantes mineiros e pernambucanos e os outros 275 são indígenas de povos distintos. No MS, mais de 10 mil indígenas cumprem jornadas extensas nos canaviais. “Os índios entram nessa situação porque não estão em suas terras de originárias e por falta de opção se submetem ao trabalho em condições degradantes das usinas”, explica Machado.

Para a juíza, os auditores extrapolaram: “(...) os limites de sua competência ao interditar os trabalhos do corte manual de cana em todas as frentes de trabalho da propriedade e ao determinar a rescisão indireta dos contratos de trabalho, quando poderiam apenas propor as ditas medidas”. Jonas Ratier Moreno, procurador do trabalho, afirma que a Justiça ignorou laudo sobre as condições degradantes que justificaram a interdição imposta a usina Infinity.

Os usina é velha conhecida da lista suja do governo. Em Conceição da Barra, Espírito Santo (ES), em 2008, 64 trabalhadores foram libertados de condições degradantes de trabalho, numa usina do grupo controlador da Infinity, por operação igual a suspendida em MS pela juíza Marli. Uma liminar judicial a retirou da lista suja em fevereiro deste ano. O governo recorreu.

A Advocacia Geral da União (AGU) trabalha agora para caçar a decisão da juíza Marli para que o grupo móvel de fiscalização volte à usina para libertar os trabalhadores que lá estiverem.

http://www.cut.org.br/agencia-de-noticias/45383/juiza-desautoriza-a-libertacao-de-817-trabalhadores-em-situacao-analoga-a-escravidao

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Igreja e Pedofilia

Pastor preso por abusar de menina de 12 anos é da Assembleia de Deus

Segundo a polícia, ele teria oferecido R$ 1 e um saco de biscoitos

Acusado de ter abusado sexualmente de uma menina de 12 anos, o pastor evangélico Dionísio da Silva Mattos, de 57 anos, foi preso nesta sexta-feira (01/07), por policiais da 65ª DP ( Magé). A prisão ocorreu quando ele sai de sua casa no bairro BNH-Santo Aleixo, em um carro Astra.

De acordo com os policiais, parentes da menor procuraram a delegacia para dar queixa do pastor, que é da Assembléia de Deus de Santo Aleixo, por orientação médica, após a menina ser examinada naquele município. Ela foi levada ao serviço de medicina depois que seus parentes a viram saindo de um matagal em companhia do pastor.

Ainda segundo os agentes, a menina foi atraída na rua do bairro, por Dionísio, que estava em uma bicicleta, a acompanhá-lo até um rio para pegar um sabonete, prometendo que lhe daria um saco de biscoito e R$ 1.

O delegado de Magé, José Moraes, disse que além do flagrante, o pastor Dionísio será investigado para descobrir se ele já praticou outros abusos a menores, pois depois de sua prisão, foram feitas algumas denunciais.

http://www.jb.com.br/rio/noticias/2011/07/02/pastor-preso-por-abusar-de-menina-de-12-anos-e-da-assembleia-de-deus/

Pedofilia na Igreja Católica – Denúncias aumentam no Brasil e no mundo e assombram a Igreja Católica

No Brasil e no mundo o aumento do número de denúncias de abusos sexuais por padres católicos assombra a Igreja Católica. Nos últimos dias, os religiosos acusados tiveram que dar explicações aos fiéis e à polícia.

Em Franca, no interior de São Paulo, um padre de 74 anos é acusado de abusar de trêsmeninos de 13 a 16 anos. Na entrevista cedida ao Domingo Espetacular, o padre se defende e diz que é “uma pessoa carinhosa”.
No interior de Alagoas, um DVD com cenas depedofilia de um padre de 84 anos com um coroinha foi parar nas casas dos moradores da cidade.

Na Irlanda, casos antigos chegam à imprensa ao lado de novas notícias de abusos sexuais em orfanatos mantidos pela Igreja.

Em carta, o Papa Bento 16 pediu desculpas aos fiéis pelas acusações. Em seu país, a Alemanha, foi criada uma linha telefônica exclusiva para denúncias de abusos cometidos por padres católicos.

http://www.saiunojornal.com.br/pedofilia-na-igreja-catolica-denuncias-aumentam-no-brasil-e-no-mundo-e-assombram-a-igreja-catolica.html

domingo, 3 de julho de 2011

Flotilha quer levar ajuda humanitária para a Faixa de Gaza

Partida de flotilha para a Faixa de Gaza é adiada para a próxima semana

JERUSALÉM - RIO - A disputa entre Israel e a missão internacional que tentará furar o bloqueio naval à Faixa de Gaza ganhou um novo capítulo nesta quinta-feira e ficou mais longe do fim depois que a organização da flotilha adiou sua partida para a próxima semana. Os ativistas que pretendem levar ajuda a palestinos afirmam que uma nova sabotagem a um de seus navios provocou o adiamento.

Depois de terem detectado danos nas hélices do navio grego Juliano, ancorado no porto grego de Pireo, os ativistas afirmam agora que foram localizados problemas no navio MV Saoirse, que está no porto turco de Gocek. Os organizadores acusam o governo israelense de estar por trás das sabotagens.

- Quando o motor foi iniciado, ficou completamente dobrado. Se ele tivesse sido dobrado dessa forma, o barco poderia afundar - afirmou o ativista Huwaida Arrafa à Rádio do Exército de Israel.

Os 12 barcos que pretendem levar 3 mil toneladas de ajuda humanitária para Gaza partiriam entre esta quinta e sexta-feira. No ano passado, uma flotilha que tentou furar o bloqueio ao território israelense foi atacada por militares. Os confrontos provocaram a morte de nove ativistas.

http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2011/06/30/partida-de-flotilha-para-faixa-de-gaza-adiada-para-proxima-semana-924804489.asp


Nova Flotilha da Liberdade irá a Gaza sem embarcação atacada no ano passado

Grupo desafiará bloqueio de Israel para levar ajuda humanitária aos palestinos

A segunda Flotilha da Liberdade, que pretende desafiar o bloqueio de Israel à Faixa de Gaza para levar ajuda humanitária ao povo palestino, partirá sem a embarcação Mavi Marmara, que foi atacada no ano passado por um comando israelense. O anúncio foi feito pela coalizão internacional da Flotilha da Liberdade, em comunicado no qual afirma que a organização turca IHH "continua sendo parte da pequena frota", mas que a Mavi Marmara" não está em condições de navegar".

"Com campanhas nacionais em mais de 20 países e 10 navios, a segunda Flotilha da Liberdade está pronta para partir rumo a Gaza a fim de romper o bloqueio ilegal israelense", destaca a nota. Os organizadores desta iniciativa asseguram que, apesar da ausência do Mavi Marmara, a nova flotilha terá mais navios do que a primeira.

A Mavi Marmara liderou a flotilha anterior e foi abordada em 31 de maio de 2010 por um comando do Exército israelense em uma operação que resultou na morte de nove ativistas. Aparentemente, a embarcação turca não contaria, hoje, com as capacidades técnicas para participar da operação.

(Com agência EFE)

http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/nova-flotilha-da-liberdade-ira-a-gaza-sem-embarcacao-atacada-no-ano-passado


Israel nega ter sabotado flotilha para Faixa de Gaza

Israel negou as acusações de que teria sabotado embarcações que tentam furar seu bloqueio marítimo à Faixa de Gaza. Ativistas acusam Israel de danificar dois barcos aportados na Turquia e Grécia que são parte de uma flotilha que tenta levar ajuda humanitária ao território palestino. Na sexta-feira, a Grécia impediu a saída dos navios.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Yigal Palmor, classificou as acusações de sabotagem como "ridículas" e "tristes teorias da conspiração". Israel alega ter imposto o bloqueio em 2007 para impedir que armas chegassem ao grupo militante islamita Hamas, que governa Gaza. Ativistas consideram o bloqueio como uma forma de encarceramento dos palestinos.

No ano passado, nove ativistas foram mortos num ataque de Israel a uma flotilha semelhante. As informações são da Associated Press.

http://oestadodoparana.pron.com.br/mundo/noticias/30312/?noticia=israel-nega-ter-sabotado-flotilha-para-faixa-de-gaza