segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Paquistão acusa Otan pela morte de soldados

Em retaliação à morte de ao menos 24 militares, Islamabad fecha rotas de apoio a tropas ocidentais; Otan diz ser 'provável' responsável

Autoridades paquistanesas acusaram a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) de ter perpetrado na madrugada deste sábado um ataque aéreo contra um posto militar perto da fronteira com o Afeganistão, deixando ao menos 24 soldados mortos.

Em um sinal de que a ação pode inflamar a já tensa relação do Paquistão com o Ocidente, Islamabad retaliou fechando duas rotas vitais de apoio às tropas da Otan lutando no Afeganistão, interrompendo a passagem de suprimentos e combustíveis. O ataque é o pior incidente do tipo desde que o Paquistão se aliou a Washington imediatamente após os ataques do 11 de Setembro de 2001 contra os Estados Unidos.

O general de brigada Carsten Jacobson, um porta-voz da Otan, admitiu neste sábado que é "altamente provável" que a Aliança tenha sido responsável pelo episódio.

Segundo nota do governo paquistanês, que qualificou o ataque de "não provocado e indiscriminado", helicópteros da Otan dispararam contra o posto de controle paquistanês de Salalah, que fica a cerca de 2,5 km da fronteira com o Afeganistão, na região tribal de Mohmand, na fronteira com o Afeganistão.

O premiê paquistanês, Yusuf Raza Gilani, qualificou a suposta ofensiva ocidental de "ultrajante" e ordenou uma reunião emergencial de seu gabinete. Um comunicado da Chancelaria paquistanesa disse que discutirá o incidente com a Otan "nos termos mais duros".

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/paquistao-acusa-otan-pela-morte-de-soldados/n1597384739151.html

Pela 1ª vez, Xuxa perde para 'Pica-Pau' no ibope

O sábado à tarde foi decepcionante para a Globo em audiência. Primeiro, o desenho Pica-Pau, da Record, derrotou os treinos para o GP Brasil de F-1 por uma hora consecutiva. Em seguida, foi a vez de Xuxa perder para a ave biruta.

Divulgação
Pássaro duro de roer no ibope
Pássaro duro de roer no ibope

Durante o tempo em que se confrontaram, o Pica-Pau marcou 10 pontos de média contra 8 de Xuxa. Cada ponto equivale a 58 mil residências assistindo ao programa. Foi a primeira vez que Xuxa perde a liderança de audiência para o desenho criado por Walter Lantz, e que estreou na TV mundial em 1957.

Contra os treinos de classificação do GP Brasil, o desenho da Record venceu por 9 a 8.

A ave é um espécime piciforme da família Picidae, também conhecida como pica-pau-bico-de-marfim (Campephilus principalis), natural dos Estados Unidos. A espécie já chegou a ser considerada extinta, mas, para alívio dos ambientalistas, foi novamente avistada anos atrás.

http://f5.folha.uol.com.br/televisao/1013284-pela-1-vez-xuxa-perde-para-pica-pau-no-ibope.shtml

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

MPT flagra trabalho escravo em obras da construtora MRV em SP

Elaine Patricia Cruz, Agência Brasil

A construtora MRV Engenharia poderá ser multada em até R$ 11 milhões pela utilização de trabalhadores em condição análoga à escravidão em duas obras no interior de São Paulo.

As ações civis públicas foram propostas pelo Ministério Público do Trabalho, depois que fiscais flagraram a existência de trabalho escravo na construção do empreendimento residencial Beach Park, em Americana, e nas obras do condomínio Spazio Mont Vernon, em São Carlos.

Em entrevista à Agência Brasil, o procurador do Trabalho Cássio Calvilani Dalla-Déa, do Ministério Público do Trabalho em Araraquara (SP), disse que “nos dois casos, o número de irregularidades foi bem grande”.

No caso de Americana, a precarização do trabalho foi decorrente da terceirização dos serviços nas obras. Segundo o Ministério Público, a MRV utiliza-se de empreiteiras para fazer a intermediação da mão de obra e, com isso, tenta transferir a responsabilidade trabalhista às pequenas empresas.

Nessa obra, o Ministério Público observou casos de operários sem receber salários, alojamentos e moradias fora do padrão legal e aliciamento de trabalhadores. Cerca de 60 trabalhadores estão nessa situação.

“Especificamente no caso da MRV, (a terceirização) não pode ser utilizada como desculpa porque existia uma série de outras empresas, mas os trabalhadores estavam sendo subordinados e recebiam ordens de empregados da MRV. Então, a MRV tinha conhecimento das condições muito degradantes em que estes trabalhadores estavam vivendo”, disse o procurador.

http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2011/11/22/mpt-flagra-trabalho-escravo-em-obras-da-construtora-mrv-em-sp-417827.asp

domingo, 20 de novembro de 2011

Goldman Sachs: como criar uma crise e governar o mundo

A história poderia satisfazer a todas as expectativas dos adeptos das teorias da conspiração: onde está o poder mundial? A resposta cabe num nome e num lugar: na sede do banco de investimentos Goldman Sachs. O banco estadunidense conseguiu uma façanha pouco frequente na história política mundial: colocar os seus homens na direção dos governos europeus e do banco que rege os destinos das políticas econômicas da União Europeia. Mario Draghi, o atual presidente do Banco Central Europeu, Mario Monti, o presidente do Conselho Italiano que substituiu a Silvio Berlusconi, Lukas Papademos, o novo primeiro ministro grego, todos pertencem à galáxia do Goldman Sachs.

Desses três responsáveis, dois, Monti e Papademos, formam o anexo avançado da política pela tecnocracia econômica, pertencem à rede que o Goldman Sachs teceu no Velho Continente e, em graus diversos, participaram nas mais truculentas operações ilícitas orquestradas pela instituição estadunidense. Além do mais, não são os únicos. Pode-se também mencionar Petros Christodoulos, hoje à frente do organismo que administra a dívida pública grega e que no passado recente foi presidente do Banco Nacional da Grécia, a quem o Goldman Sachs vendeu o produto financeiro hoje conhecido como “swap” e com o qual as autoridades gregas e o Goldman Sachs orquestraram a maquiagem das contas gregas.

O dragão que protege os interesses de Wall Street conta com homens chave nos postos mais decisivos, e não só na Europa. Henry Paulson, ex presidente do Goldman Sachs, foi em seguida nomeado Secretário do Tesouro estadunidense, ao passo que William C. Dudley, outro alto funcionário do Goldman Sachs, é o atual presidente do Federal Reserve de Nova York. Mas o caso dos responsáveis europeus é mais paradigmático. A palma de ouro quem leva é Mario Draghi, o atual presidente do Banco Central Europeu, que foi vice presidente do Goldmann Sachs para a Europa entre os anos 2002 e 2005.

Neste posto, Draghi teve um desempenho mais do que ambíguo. O título de seu cargo era “empresas e dívidas soberanas”. Precisamente nesse cargo Draghi teve como missão vender o produto incendiário “swap”. Este instrumento financeiro é um elemento determinante no ocultamento das dívidas soberanas, quer dizer, na maquiagem das contas gregas. Esse engodo foi a astúcia que permitiu que a Grécia se qualificasse para fazer parte da zona do euro. Tecnicamente e com o Goldmann Sachs como operador, tratou-se de então de transformar a dívida externa da Grécia numa dívida em euros. Com isso, a dívida grega desapareceu dos balanços negativos e o Goldmann Sachs ganhou uma vultuosa comissão.

Depois, em 2006, o banco vendeu parte desse pacote de swaps ao principal banco comercial do país, o Banco Nacional da Grécia, dirigido por outro homem do Goldmann Sachs, Petros Christodoulos, ex trader do Goldmann Sachs e...atualmente diretor do organismo de gestão da dívida da Grécia, que o mesmo e os já mencionados contribuíram para primeiro mascarar e depois, incrementar. Mario Draghi tem um histórico pesado. O ex presidente da República italiana Francesco Cossiga acusou Draghi de ter favorecido o Goldmann Sachs em contratos importantes, quando Draghi era diretor do Tesouro e a Itália estava em pleno processo privatizador.

O certo é que o agora presidente do Banco Central Europeu aparece massivamente indicado como o grande vendedor de swaps em toda a Europa.

Nesse entrevero de falsificações surge o chefe do executivo grego, Lukas Papademos. O primeiro ministro foi governador do Banco Central grego entre 1994 e 2002. Esse é precisamente o período em que o Sachs foi cúmplice de ocultamento da realidade econômica grega e, enquanto responsável pela entidade bancária nacional, Papademos não podia ignorar o engodo que estava montando. As datas em que o cargo coincidem com a operação da montagem. Na lista de notáveis Mario Monti o segue. O atual presidente do Conselho Italiano foi conselheiro internacional do Goldmann Sachs desde 2005.

Em resumo, muitos dos homens que fabricaram o desastre foram chamados agora para tomar as rédeas de postos chaves e com a missão de reparar, ao custo do bem estar da população, as consequências dos calotes que eles mesmos produziram. Não cabe dúvida de que existe o que os analistas chamam de “um governo Sachs europeu”.

O português Antonio Borges dirigiu até há pouco – acaba de renunciar – o Departamento Europeu do Fundo Monetário Internacional. Até 2008, Antonio Borges foi vice presidente do Goldmann Sachs. O desaparecido Karel Van Miert – Bélgica – foi Comissário Europeu da Competição e também um quadro do Goldmann Sachs. O alemão Ottmar Issing foi sucessivamente presidente do Bundesbank europeu, conselheiro internacional do Sachs e membro do Conselho de Administração do Banco Central Europeu. Peter O’Neill é outro homem do esquema: presidente do Goldmann Sachs Asset Management, O’Neill, apelidado de “o guru” do Goldmann Sachs, é o inventor do conceito de BRICS, o grupo de países emergentes composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O’Neill é acompanhado por outro peso pesado, Peter Sutherland, ex presidente do Goldmann Sachs Internacional, membro da seção “Europa” da Comissão Trilateral – o mesmo que Lukas Papademos – ex integrante da Comissão de Competição na União Europeia, Procurador Geral da Irlanda e mediador influente no plano que culminou com o resgate da Irlanda.

Alessio Rastani tem toda razão. Este personagem que se apresentou perante o BC como um trader disse há algumas semanas: “os políticos não governam o mundo. O Goldmann Sachs governa o mundo”. Sua história é exemplar, de jogo duplo, como as das personalidades e carreiras dos braços mundiais do Goldmann Sachs. Alessio Rastani disse que ele era um trader londrino, mas que depois se descobriu que trader não era e poderia ser parte do Yes Men, um grupo de ativistas que, através da caricatura e da infiltração na mídia, denunciam o liberalismo.

Entrará para as páginas da história mundial da impunidade a figura desses personagens. Empregados por uma firma estadunidense, eles orquestraram um dos maiores calotes já conhecidos, cujas consequências hoje estão sendo pagas. Foram premiados com o timão da crise que eles produziram.

Tradução: Katarina Peixoto

http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=18998

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Analfabetismo cai no Brasil, mas ainda é maior que no Zimbábue

ANDRÉ MONTEIRO
DE SÃO PAULO

A taxa de analfabetismo entre a população com 15 anos ou mais diminuiu 4 pontos percentuais entre 2000 e 2010, segundo os Indicadores Sociais Municipais do Censo Demográfico 2010, divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira. O número caiu de 13,6% para 9,6%.

Na área urbana, o indicador passou de 10,2% para 7,3% da população. Já nas áreas rurais, ele teve uma melhora de 29,8% para 23,2%.

Nos Estados, a menor taxa de analfabetismo foi encontrada no Distrito Federal (3,5%) e a maior em Alagoas (24,3%).

As maiores quedas entre a população com 15 anos ou mais se deram no Norte (de 16,3% em 2000 para 11,2% em 2010) e no Nordeste (de 26,2% para 19,1%), mas também ocorreram reduções nas regiões Sul (de 7,7% para 5,1%), Sudeste (de 8,1% para 5,4%) e Centro-Oeste (de 10,8% para 7,2%).

Apesar do avanço, o índice de analfabetismo no Brasil ainda está acima do de muitos países. De acordo com dados de 2009 do Banco Mundial, a taxa de analfabetismo era de 8,14% no Zimbábue, país africano com PIB per capita igual a 5% do brasileiro.

A média mundial, segundo as estatísticas, foi de 16,32%. A menor taxa foi encontrada em Cuba (0,17%) e a maior no Chade (66,39%).

RENDA

Entre as crianças brasileiras de 10 a 14 anos, 3,9% ainda não estavam alfabetizadas em 2010, o que representa cerca de 671 mil crianças. Em 2000, o número deste contingente era de 1,2 milhão de crianças, ou 7,3% do total.

A pesquisa apurou que as crianças que vivem em famílias pobres demoram mais para serem alfabetizadas.

Considerando as crianças de 10 ou mais, o analfabetismo atinge 17,5% das que vivem em famílias com renda per capita de até um quarto do salário mínimo, 12,2% nas que vivem com renda de um quarto até meio salário, 10% nas de meio a um salário, e 3,5% nas de um a dois salários.

Nas faixas seguintes, a taxa de analfabetismo prosseguiu em queda, passando de 1,2%, na classe de 2 a 3 salários mínimos, a 0,3%, na de 5 salários mínimos ou mais.

Na faixa entre 15 e 19 anos, a taxa de analfabetismo atingiu 2,2% em 2010, mostrando uma redução em relação a 2000, quando era de 5%.

Por outro lado, no contingente de pessoas de 65 anos ou mais, este indicador ainda é elevado, alcançando 29,4% da população nesta faixa de idade em 2010.

CENSO

Participaram do Censo 2010 cerca de 190 mil recenseadores, que visitaram os mais de 5.500 municípios brasileiros. Ao todo, foram entrevistados representantes de 67,5 milhões de domicílios no período de 1º de agosto a 31 de outubro --outras 899 mil residências foram consideradas fechadas.

Os primeiros dados da pesquisa, que identificou uma população de 190 milhões de pessoas, foram revelados em abril deste ano. Nesta quarta-feira, o IBGE divulgou dados consolidados e novos recortes nas estatísticas.

http://www1.folha.uol.com.br/saber/1007173-analfabetismo-cai-no-brasil-mas-ainda-e-maior-que-no-zimbabue.shtml

sábado, 12 de novembro de 2011

Pela retirada imediata das tropas da ONU do Haiti!

Ato em São Paulo reúne lideranças nacionais e internacionais e centenas de militantes do movimento social

Escrito por: Paula Brandão

Em outubro deste ano, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) apresentou um relatório da “Missão pela Estabilização do Haiti (MINUSTAH), indicando a renovação por mais um ano da permanência das tropas. Diante desta notícia, movimentos sociais de vários países se mobilizaram em defesa do Haiti, pela dignidade e soberania de seu povo.

Neste sábado (5), mais de 400 (quatrocentas) pessoas entre lideranças nacionais e internacionais, e militantes de várias entidades do movimento social, reuniram-se no salão nobre da Câmara Municipal de São Paulo em um ato continental pela retirada imediata das tropas da ONU do Haiti. A Minustah é formada por contingentes de 42 (quarenta e dois) países, que juntos totalizam mais de 12 mil soldados. O Brasil, além de dirigir as tropas tem o maior efetivo, com mais de 3 mil homens.

O evento foi organizado pelo Comitê “Defender o Haiti é defender a nós mesmos” e Assembleia Legislativa de São Paulo, com o apoio de diversas entidades, entre elas a Central Única dos Trabalhadores, representada no ato por Julio Turra, da Executiva Nacional da CUT.

Um vídeo documentário com denúncias sobre a situação do povo haitiano foi exibido antes da cerimônia. Em seguida, apresentações de grupos de rap reforçaram o coro da juventude presente: “O Haiti não precisa de soldado, soberania para o povo massacrado” e “Oh oh oh Dilma, escuta aqui, retire as tropas do Haiti”.

O ato foi aberto pelo deputado estadual Adriano Diogo (PT-SP), representando a ALESP. Bárbara Corrales, do Comitê, e Claudinho Silva, do setorial de Combate ao Racismo do PT-SP coordenaram a mesa.

Fignolé St Cyr, secretário da Central Autônoma dos Trabalhadores do Haiti (CATH), relatou a verdadeira situação de seu país, há sete anos ocupado pelas tropas militares da Minustah. Fignolé denunciou a brutalidade e as consequências cruéis que recaem sobre o povo haitiano com a ocupação. “São milhares de mortes, pessoas doentes, especialmente, por conta da epidemia de cólera, além de desaparecimentos e ataques permanentes”, disse.

A ONU destinou US$ 854 milhões para a ocupação militar no exercício 2010/2011. Desde o início da ocupação, no final de 2010, a epidemia de cólera que assolou o país, trazida pelo contingente de soldados do Nepal, matou mais de 5 mil pessoas e contaminou 310 mil.

"O Haiti não tem problema de segurança”, denuncia Fignolé. “O principal problema do país é a ocupação, sob a égide dos EUA, França e Canadá. Sabemos que o verdadeiro caráter desta ocupação é promover a agenda política das instituições financeiras internacionais, como o FMI e o Banco Mundial. O povo haitiano quer a retirada imediata das tropas e está nas ruas exigindo isso. Por isso, para nós é muito importante contar com o apoio de entidades como as aqui presentes, dispostas a pressionar seus governos, eleitos com o voto popular, para que retirem seus soldados do Haiti e para que a ONU acabe com a Minustah de uma vez por todas”, finalizou.

Julio Turra reiterou que “o único setor social capaz de reconstruir o Haiti é o povo trabalhador daquele país e não sua elite, corrupta e vendida. A reconstrução só será possível.

sem a presença das tropas. A ocupação é uma afronta à soberania do povo e dilacera sua dignidade. A CUT é solidária à luta pela retirada imediata das tropas, por um Haiti livre e com seu povo soberano”.

“Já passou da hora de a ONU retirar suas tropas do Haiti”, declarou a fundadora do NAACP - movimento pelos direitos civis nos Estados Unidos, Colia Clark, que participa da Comissão de Inquérito sobre o Haiti. “O Haiti não precisa da ‘ajuda’ dos EUA e da ONU para se reconstruir, mas de ajuda material, técnica e de infraestrutura, necessária para que a reconstrução seja feita pelos próprios haitianos”, reforçou.

Também participaram do ato representando os movimentos internacionais, Jean-Charles Marquiset, do Partido Operário Independente da França; Nelson Guevara, do Sindicato dos Mineiros da Bolívia; Natalia, representante do Comitê pela retirada as Tropas Argentinas do Haiti; Hugo Dominguez, do Sindicato dos Metalúrgicos do Uruguai.

Entre os movimentos sociais e entidades presentes no ato, lideranças e militantes da CUT, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), de entidades sindicais, do movimento negro, do hip hop, da juventude, de partidos e outras organizações populares da sociedade civil.

O ato foi finalizado com a leitura de um manifesto assinado pelas entidades presentes.

Para conhecer um pouco mais sobre a situação do Haiti, assista aos documentários “O que se Passa no Haiti”, do jornalista estadunidense Kevin Pina e “Haiti: estamos cansados”, documentário de Daniel Santos, lançado pela Juventude Revolução. Os vídeos estão disponíveis na internet pelos links:http://goo.gl/kVk7L e http://goo.gl/kWIOW.

http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=8595629110608716281&postID=6350870328055455126


Juros: A Itália e o Brasil. A mídia e os tucanos

ogada nas cordas pelos mercados, ameaçada de insolvência, obrigada a destituir il Cavalieri porque nem alguém com a desenvoltura moral de um Berlusconi dá conta de cumprir o arrocho requerido pelo diretório financeiro europeu, a Itália gastará este ano cerca de 4,8% de seu PIB, 76 bilhões de euros com o pagamento de juros aos rentistas da dívida. Em reais, isso significa R$ 182,5 bilhões.

O Brasil, nesse mesmo quesito, gastará 5,5% do PIB este ano; ou cerca de R$ 226 bilhões para honrar o serviço da dívida pública. Portanto, R$ 43,5 bilhões mais do que o alquebrado Tesouro italiano. Não é pouca a diferença. Trata-se de soma suficiente para financiar quase dois anos e meio de Bolsa Família, o programa de transferência de renda que beneficia 50 milhões de brasileiros mais pobres.

Em 31 de agosto, o governo Dilma, ancorado numa percepção correta de agravamento do quadro mundial, cortou a taxa de juro pela primeira vez em seu mandato. O dispositivo midiático-tucano reagiu então, como disse o economista Luiz Gonzaga Belluzzo em debate promovido por Carta Maior, entre 'indignado e estupefato'.

Em 28 de setembro, o grão-tucano Fernando Henrique Cardoso, por exemplo, declarou ao jornal Valor Econômico que considerava a decisão do BC 'precipitada'. Expoentes menores mas igualmente aplicados na defesa dos mercados autorreguláveis, como o economista de banco Alexandre Schwartzman, já haviam se manifestado na mesma linha da percepção tucana das coisas. Em sua douta análise dos fatos, veiculada em 4-09, Alexandre Schwartzman, também conhecido como 'o professor de Deus' pontificou em pedra e cal:" não há indícios de que a crise econômica global de 2011 seja tão grave quanto a de 2008". Que não o ouçam os 16 milhões de desempregados europeus.

Outros sábios de bico longo e o mesmo olhar de lince, como Luis Carlos Mendonça de Barros, o Mendonção, ex-presidente do BNDES e expoente das privatizações no sistema de comunicações na gestão FHC, consideravam, até a semana passada, que o BC brasileiro ficou refém de um agravamento da crise mundial que justificasse a sua decisão." "O BC passou a torcer pela crise", diziam, argüindo a estratégia brasileira de priorizar o enfrentamento da crise e não o combate a inflação, que tenderia a recuar por conta do desaquecimento econômico global.

Bem, a economia mundial hoje está no seguinte pé, segundo um leque de avaliações mais ecumênicas: "A crise é gravíssima. A economia mundial está à deriva" (Paulo Nogueira Batista Junior; Estadão -7-11); "A situação da economia mundial tem todos os ingredientes para continuar se agravando" (Delfim Netto -Valor 08-11);"A economia mundial corre o risco de cair numa espiral descendente de incerteza e instabilidade financeira e ter pela frente uma década perdida" (Christine Lagarde, diretora- gerente do FMI; agencias 10-11).

Ademais, todos os índices de preços mostram recuo e perda de fôlego. Sugestivamente, a mesma cepa de opinião que classificava como 'precipitado' o corte na Selic até a semana passada, agora cobra do governo cortes maiores; o dispositivo midiático-conservador anota e repercute; sem um pio de espanto. Ou de decência.

sábado, 5 de novembro de 2011

CIA anda a espiar Twitter e Facebook

Afinal, o Big Brother existe mesmo. Pertence aos serviços secretos norte-amercianos, CIA, que controlam diariamente milhões de mensagens partilhadas através de redes sociais como o Twitter e o Facebook.

Carlos Abreu (www.expresso.pt), AP

Os serviços secretos norte-americanos controlam diariamente cinco milhões de mensagens enviadas através do serviço de microbloging Twitter. Mas há mais. A rede social Facebook, sitesnoticiosos e de canais de televisão, estações de rádio e salas de conversação em tempo real (chat rooms) também estão na mira da CIA.

A notícia foi hoje avançada pela agência de notícias norte-americana Associated Press, que, pela primeira vez, visitou as instalações fabris na Virgínia, EUA, que servem de quartel-general aos ciberespiões da CIA.

A informação que recolhem online é posteriormente cruzada com outros dados obtidos, por exemplo, através de escutas telefónicas, com o objetivo de caracterizar o ambiente em determinadas regiões. Foi o que aconteceu nos dias que se seguiram à morte de Osama Bin Laden, abatido numa operação dos SEAL.

BIBLIOTECÁRIOS POLIGLOTAS

As recentes revoluções no mundo árabe também foram acompanhadas a par e passo pelo Open Source Centre , assim se chama o big brother da CIA, e os responsáveis por esta estrutura até garantiram à AP que conseguiram prever a revolução egípcia.

Criada na sequência dos ataques do 11 de setembro, o Open Source Centre tem como principal missão o contraterrorismo, mas as centenas de analistas de informação que aqui trabalham (o número exato é confidencial) também monitorizam, por exemplo, os internautas chineses.

Os mestres em Ciências da Documentação e Informação que falem diversas línguas estrangeiras têm mais hipóteses de se tornarem ciberespiões, explicou à AP o diretor do Open Source Centre, Doug Naquin.

http://aeiou.expresso.pt/cia-anda-a-espiar-twitter-e-facebook=f685474

TODOS COM O POVO GREGO!

É com a maior indignação que os trabalhadores e o povo francês rejeitam o discurso de Sarkozy. Este pretende dictar ao povo grego o que tem direito de fazer, dizer-lhe se um referedum é possivel ou não, qual é a pergunta que deve ser feita, e até a resposta que convem lhe dar!

Não, senhor Sarkozy, é pura usurpação da vossa parte pretender falar em nome do povo francês neste diktat dirigido ao povo grego, “culpável” de se rebelar contra o plano mortífero dictado pelos especuladores e banqueiros. É pura usurpação da sua parte pretender actuar em nome da democracia, dado que o senhor já pisou o voto do povo francês no referendum de 2005 sobre a Constituição europeia e que, hoje, ameaça o povo grego dos piores raios com a única evocação da palavra: referendum.

Ninguém se engana. Quando Sarkozy (e com ele Merkel, Obama e os dirigentes do capital financeiro internacional) exige do povo grego que renuncie a toda soberania, todos os povos de Europa e do mundo são ameaçados. A brutalidade do aviso de Sarkozy aponta, a través do povo grego, o proprio povo francês dado que intervem à véspera do anuncio por Fillon (primeiro ministro francês) de um plano de austeridade reforçado.

Por isso é que o Partido Operário Independente julga urgente que seja organizada em França a mobilização dos trabalhadores, dos jovens e de todo o povo ao lado dos trabalhadores gregos contra os representantes do capital financeiro e contra o proprio governo dos bancarroteiros e especuladores.

Os trabalhadores e o povo grego têm o direito de dizer não a um plano dictado pela troïka (FMI-União Europeia-BCE) que diminui os salários e as pensões (até 40% !), liquida sectores inteiros da função pública (30 000 despedimentos imediatos), liquida todos os convénios coletivos no sector privado, e quer reduzir um povo livre e soberano a um estatuto de povo submisso e miserável!

O povo grego, como todos os povos da Europa, quer viver livre. Quer decidir ele mesmo do seu proprio futuro. Recusa ver-se “sacrificado” no altar dos aproveitadores, especuladores, banqueiros e capitalistas do mundo inteiro. O povo grego fala para todos os povos da Europa e diz: “Esta dívida não é a dos trabalhadores e dos povos. Que os capitalistas paguem a sua dívida! Que os banqueiros e especuladores paguem a conta das suas operações arriscadas! Não reconhecemos a nenhum governo o direito de impor-nos os seus planos!”

O povo grego abriu a única via que permite sair da “armadilha” da dívida (e dos critérios de Maastricht que garantem a estabilidade do euro) em que querem encerrar todos os povos da Europa: a via do levantamento legítimo que já produziu treze greves gerais e que, duma maneira ou de outra, (até pelo referendum), varrerá amanhã as medidas mortíferas. Abriu a via ao povo português, ao povo espanhol, ao povo italiano... e preparou a via que deverá também tomar o povo francês para salvar o seu sector público, os seus hospitais, a sua Segurança social e a industria das deslocalizações. Abriu a via à reconquista da soberania popular e da democracia que exige emancipar-se das travas da União Europeia, do Banco Central Europeio e do FMI.

Ao momento em que é ameaçado de ser excluido da “comunidade internacional”, é a nós que corresponde, trabalhadores de toda Europa – em particular a nós trabalhadores franceses – de manifestar toda a nossa solidariedade activa e de dizer ao nosso governo: “Não toquem ao povo grego!”.

Na continuidade do ato internacionalista que foi realizado o 1° de outobro em Paris (ato no qual militantes e responsáveis operários da Grecia, Grã Bretanha, Alemanha, Espanha, Portugal, Irlanda falaram conjuntamente com oradores franceses), o secretariado nacional do Partido Operário Independente, na sua reunião do sábado 5 de novembro, decidirá das formas apropriadas de organizar a mobilização em solidariedade com o povo grego. Desde já, toma contacto com todos os partidos e organizações que se reclamam da defesa dos interesses operários de modo a preparar uma resposta forte, na mais ampla unidade, à provocação do presidente da República francesa representando unicamente os interesses dos bancarroteiros e especuladores sem escrúpulos.

Os secretários nacionais do POI

Claude Jenet, Daniel Gluckstein, Gérard Schivardi, Jean Markun

Paris, 3 de novembro de 2011, às 12 horas

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Wikileaks: William Waack, da Globo, é citado três vezes como informante dos EUA

Jornal do BrasilJorge Lourenço

O jornalista William Waack, da Rede Globo, se tornou um dos assuntos mais discutidos no Twitter nesta quinta-feira graças a supostos documentos da Wikileaks que o apontariam como informante do governo americano. Apesar de vagas e desencontradas, algumas informações são verdadeiras. O Informe JB entrou em contato com a jornalista Natalia Viana, responsável pela Wikileaks noBrasil, que confirmou a história. Waack é citado não apenas uma, mas três vezes como informante da Casa Branca. Dois dos documentos que o citam são considerados "confidenciais".

Consulta sobre as eleições

Um dos arquivos é sobre a visita de um porta-aviões dos Estados Unidos em maio de 2008. Na ocasião, a Embaixada Americana classificou como positiva a repercussão na mídia do evento, citando William Waack diretamente por ter ajudado a mostrar o lado positivo das relações do Brasil com os Estados Unidos em reportagens para o jornal "O Globo". Os outros dois documentos são sobre informações repassadas por Waack a representantes americanos sobre as eleições presidenciais do ano passado.

Documento relata reunião na qual Waack dá detalhes sobre os presidenciáveis em fevereiro
Documento relata reunião na qual Waack dá detalhes sobre os presidenciáveis em fevereiro

Dilma incoerente

O jornalista da Rede Globo reportou aos americanos em fevereiro de 2010 que um fórum econômico em São Paulo deixou as seguintes impressões sobre os possíveis candidatos à presidência: Ciro Gomes era o mais preparado, Serra era "claramente competente" e Dilma era... incoerente.

Bola fora

Em agosto de 2009, novamente Waack manteve contatos com funcionários americanos, mas passou uma informação errada. Ele apontou que Serra e Aécio Neves já haviam selado a paz para uma candidatura a presidente e vice, respectivamente, no ano seguinte. A profecia, como todos sabem, não se confirmou. Aécio tentou encabeçar a candidatura tucana à presidência, mas acabou tentando o Senado por Minas Gerais.

http://www.jb.com.br/informe-jb/noticias/2011/10/27/wikileaks-william-waack-da-globo-e-citado-tres-vezes-como-informante-dos-eua/

Tribunal Superior autoriza extradição de Assange para Suécia

Londres, 2 nov (EFE).- O Tribunal Superior de Londres manteve a decisão de primeira instância nesta quarta-feira sinal que autoriza a extradição do fundador do portal WikiLeaks, Julian Assange, para Suécia, onde tem expedido mandato de captura acusado de estupro e supostos abusos sexuais.

Os advogados de Assange têm 14 dias para recorrer diante da Corte Suprema, máxima instância judicial britânica.

Essa decisão significa que o tribunal rejeitou o recurso apresentado pelo fundador do WikiLeaks contra a sentença do juiz Howard Riddle, do tribunal de Belmarsh (sul de Londres), que em fevereiro autorizou a extradição do australiano à Suécia.

Dois juízes do tribunal consideraram válidos a ordem europeia de detenção, motivo da prisão de Assange em dezembro, e o processo judicial que se seguiu.

Os advogados de Assange questionavam a validade do mandato por ter sido emitido por um promotor e não por uma "autoridade judicial".

Na decisão desta quarta, os magistrados argumentaram que as decisões do promotor sueco estão submissas à apuração dos juízes da Suécia, "juízes de outro estado-membro (da União Europeia)" que devem ser respeitadas. Os juízes também não aceitaram a justificativa de Assange de que a forma de descrever os delitos não foi precisa.

Vestido com um impecável terno azul e uma papoula na lapela em lembrança aos mortos nas duas guerras mundiais, Assange chegou nesta quarta ao tribunal para ouvir a sentença dos juízes, entre os gritos de apoio de seus seguidores, que o aguardavam na porta do tribunal e reagiram aos gritos à decisão desfavorável.

A Promotoria sueca acusa Assange, de 40 anos, de três delitos de agressão sexual e uma de estupro após a denúncia de duas mulheres, supostamente ocorridos em agosto de 2010.

Por sua vez, a defesa de Assange alega que sua extradição à Suécia seria "injusta e ilegítima" e considera que o processo judicial é político.

Assange, cujo site revelou milhares de informações confidenciais de embaixadas dos Estados Unidos no mundo todo, foi detido em Londres em dezembro de 2010 depois que as autoridades britânicas recebessem a ordem de extradição das autoridades suecas.

Na semana passada, o Wikileaks anunciou que deixará de divulgar segredos oficiais por falta de recursos. WikiLeaks publicou nota justificando que suspendia a divulgação de segredos oficiais diante do "bloqueio arbitrário e ilegal" feito por entidades americanas como o Bank of America, Visa, MasterCard, PayPal e Western Union que o deixaram sem acesso a financiamento. EFE

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