quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Honduras tem a maior taxa de homicídios do mundo, diz ONU

Honduras tem a maior taxa de homicídios do mundo, superando El Salvador e Costa do Marfim, e praticamente duplicou o número de mortes violentas em dez anos por conta do aumento do narcotráfico, segundo relatório divulgado nesta quinta-feira pelas Nações Unidas.
O país caribenho, que ficou à frente de El Salvador e Costa do Marfim, passou a contabilizar 92 homicídios por cada 100 mil habitantes, contra 51 homicídios para o mesmo número de pessoas há dez anos, segundo o relatório "Delinquência Organizada Transnacional da América Central e Caribe: Uma Avaliação das Ameaças".
El Salvador, que foi ultrapassado pelo país caribenho, tem média de 69 homicídios por 100 mil habitantes, assim como Costa do Marfim, que tem uma média de 57 mortes violentas.
"Algumas das áreas mais violentas do mundo se encontram ao longo da costa hondurenha e em ambos os lados da fronteira entre Guatemala e Honduras", de acordo com o relatório.
O endurecimento da luta contra o narcotráfico no México, que acarretou no aumento do trânsito de cocaína por Honduras com destino aos Estados Unidos e o estabelecimento de grupos criminosos vinculados aos cartéis mexicanos, fizeram Honduras chegar ao primeiro posto, segundo especialistas do Escritório das Nações Unidas contra Droga e Delito (UNODC).
No documento, está descrito um vínculo entre as zonas em disputas por criminosos de diversos grupos, como aliados locais dos mexicanos "Os Zetas" e o "Cartel do Pacífico", e o número de homicídios.
Além disso, Honduras ainda conta os aspectos políticos, como o golpe de Estado contra o presidente Manuel Zelaya, em 2009.
"As circunstâncias políticas locais também influenciaram nesta tendência. Em 2009, o presidente Zelaya foi deposto pelo exército. Os encarregados de aplicar a lei caíram em desordem, desviaram recursos para manter a ordem e suspenderam assistências antitráfico dos Estados Unidos", afirma a UNODC.
O relatório destaca, em vários pontos, que desde a saída de Zelaya do poder, a situação de violência piorou e o tráfico de cocaína aumentou no país.

http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI6185098-EI8140,00-Honduras+tem+a+maior+taxa+de+homicidios+do+mundo+diz+ONU.html

Câmara dos Deputados do Uruguai aprova projeto que libera aborto

A Câmara dos Deputados do Uruguai aprovou nesta terça-feira por 50 votos a favor e 49 contra um projeto de lei que descriminaliza o aborto até a 12ª semana de gestação e sem limite em caso de risco para a mãe, sempre que for realizado sob a supervisão das autoridades.
Com isso, o país fica a um passo de descriminalizar o aborto, uma vez que o projeto ainda deve ser ratificado pelo Senado, onde provavelmente será aprovado sem dificuldades. Após essa etapa, ficaria faltando apenas a assinatura do presidente José Mujica, que já afirmou que sancionará o projeto
A lei foi aprovada após um longo debate de quase 14 horas, no qual não faltaram momentos de emoção nem duros enfrentamentos entre os parlamentares, o que provou que o tema ainda divide os políticos uruguaios.
A mulher uruguaia que desejar abortar deverá ir a um médico e expressar seu desejo para o profissional. O médico encaminhará a mulher para um comitê formado por ginecologistas, psicólogos e assistentes sociais, que a informará sobre todas as possibilidades que ela tem. A mulher terá cinco dias para refletir.
Se prosseguir com a ideia do aborto, a prática será realizada de forma imediata, sem mais trâmites. Este projeto é uma modificação substancial do projeto de lei votado pelo Senado, já que a governista Frente Ampla (FA), criadora da medida, não contava com os votos suficientes entre os deputados para aprovar a lei.
Desta forma, a FA foi obrigada a chegar a um acordo com o parlamentar Ivan Posada (Partido Independente), cujo voto foi determinante para a aprovação da lei. No final, votaram a favor do projeto 49 dos 50 deputados da Frente Ampla e Posada.
Em seu discurso na Câmara, o deputado Posada defendeu o projeto ao considerá-lo uma iniciativa "idônea para diminuir a quantidade de abortos que são praticados no país". "Este projeto opta pelo caminho do meio, pelo caminho do menor mal", explicou diante dos deputados.
Já o deputado Fitzgerald Cantero argumentou contra, dizendo que "com este projeto a mãe poderá fazer, de acordo com seu estado de ânimo, o que quiser com a gravidez".
Apesar de ser considerado crime, no Uruguai são feitos por ano mais de 30 mil abortos, segundo números oficiais, embora o número real possa ser o dobro, afirmam ONG's.
Em novembro de 2008 foi aprovada uma lei parecida, mas que não entrou em vigor devido ao veto do então presidente, o oncologista Tabaré Vázquez, um gesto que causou indignação na Frente Ampla e nas organizações feministas.

http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI6180482-EI8140,00-Camara+dos+Deputados+do+Uruguai+aprova+projeto+que+libera+aborto.html

Milhares protestam na Grécia

Milhares de pessoas --35 mil, segundo a polícia, e 70 mil, segundo os organizadores-- participaram de protestos nesta quarta em Atenas contra os novas medidas de austeridade que estão sendo planejadas pelo governo grego e a troika (os credores do país, a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional). Os principais sindicatos da Grécia também convocaram para esta quarta uma greve geral de 24h.
Ainda que os protestos tenham começado de forma pacífica, já existem relatos de enfrentamentos entre policiais e pequenos grupos, com o uso de bombas de gás lacrimogênio, coquetéis molotov e pedras. Segundo a polícia, 105 pessoas foram presas. Três manifestantes foram levados a hospitais e oito policiais ficaram feridos.
Segundo os organizadores dos protestos e da greve, a paralisação teve adesão maciça da população. A GSEE, que reúne trabalhadores do setor privado, informou que 100% dos funcionários que trabalham em estaleiros, transporte marítimo e refinaria estão paralisados, assim como 90% dos portuários e da construção civil, 85% da indústria siderúrgica e 80% do setor de hotelaria, comércio, bancos e empresas públicas.
Pela primeira vez, pequenos comerciantes também aderiram à greve geral. Eles fecharam as portas na parte da tarde para protestar contra os cortes salariais e o aumento de impostos que reduziram drasticamente o consumo no país.
Segundo Yorgos Kavvazas, presidente da Confederação Nacional de Pequenos Empresários (GSEVE), nos últimos dois anos 160 mil empresas declararam falência e o volume de negócios diminuiu drasticamente. Para Kavvazas, com novas medidas de austeridade, outras 120 mil empresas fechariam as portas, provocando a perda de 200 mil postos de trabalho.
Segundo números oficiais, 25% dos gregos atualmente estão desempregados, uma das maiores cifras da Europa.
CRISE
A economia grega depende da ajuda internacional dos demais países europeus e do FMI (Fundo Monetário Internacional) desde meados de 2010. Sem esses empréstimos, a Grécia fatalmente seria forçada a suspender o pagamento de suas dívidas, levando a nação a sair da União Europeia.
Os credores cobram mais reformas fiscais para continuar financiando o país. O próximo repasse de recursos --de € 31 bilhões (quase US$ 40 bilhões)-- está condicionado ao compromisso do governo em novos cortes de gastos.
Por enquanto, a troika e a Grécia concordaram sobre onde acontecerá cortes de € 9,5 bilhões (R$ 25 bilhões) de um total de € 11,5 bilhões (R$ 30 bilhões) necessários. Dentre as reduções, € 6,5 bilhões (R$ 17 bilhões) virão de cortes de salários, aposentadorias e benefícios sociais. Outros € 1,1 bilhões (R$ 3 bilhões) serão economizados a partir do aumento da idade mínima de aposentadoria (que subiu de 65 para 67 anos). Mais € 1,9 bi (R$ 5 bilhões) virão na forma de dinheiro poupado em medidas de modernização que foram aprovadas pela troika. Os últimos € 2 bi (R$ 5 bilhões) deveriam vir de economias no setor de saúde, defesa e dos governos locais.
Nesta quarta, o ministro da Finanças grego, Yannis Stournaras, e o primeiro-ministro, Antonis Samara, elaboraram uma proposta de cortes que deve ser apresentada na quinta à coalizão do governo. Entre os funcionários públicos que terão seus salários mais afetados pelas novas medidas estão os professores universitários, os médicos, os juízes e as forças de segurança.
"Nos últimos dois anos, nosso salário diminuiu 40% e a porcentagem do PIB destinada à saúde foi de 1,6% para 0,6%" lamentou o médico Kostas Livados.
"Temos que continuar lutando contra a plutocracia, eles estão resgatando os bancos e não fazem nada por nós", disse um jovem pesquisador da Universidade Politécnica, Kostas Papadópulos.

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1159604-mais-de-cem-pessoas-sao-presas-em-manifestacao-em-atenas.shtml

Copiar música e vídeos na Internet é legal em Portugal

Despacho "demolidor" do Ministério Público arrisca a marcar a história da defesa dos direitos de autor em Portugal ao considerar que é lícito descarregar cópias de filmes e música em redes de Partilha de Ficheiros (P2P) em Portugal.

No início de 2011, a Associação do Comércio Audiovisual de Obras Culturais e de Entretenimento de Portugal (ACAPOR) surgiu nos títulos dos jornais por apresentar queixa na Procuradoria Geral da República de dois mil internautas portugueses que usavam sites de P2P para partilhar cópias de filmes alegadamente ilegais.
Passado pouco mais de um ano, o Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP), que tem por objetivo analisar as queixas apresentadas na PGR , deu a conhecer um despacho demolidor para as pretensões da ACAPOR.
Além dos reparos aos procedimentos seguidos pela ACAPOR, o despacho do DIAP considera que os 2000 acusados pela ACAPOR não tinham cometido nenhum ilícito. Eis um excerto que acaba de chegar à nossa redação: «Acresce que, do ponto de vista legal, ainda que colocando-se neste tipo de redes a questão do utilizador agir simultaneamente no ambiente digital em sede de upload e download dos ficheiros a partilhar, entedemos como lícita a realização pelos participantes na rede P2P para uso privado -  artº 75º nº 2ª) e 81º b) do CDADC, - ainda que se possa entender que efetuada a cópia o utilizador não cessa a sua participação na partilha».
Em Abril, num processo que também envolveu denúncia a partir do número de IP, o Tribunal Criminal de Lisboa aplicou uma pena de prisão suspensa de dois meses na sequência de uma queixa da Associação Fonográfica Portuguesa (AFP).
O IP identifica?
Apesar de considerar que o Código de Direitos de Autor e Direitos Conexos (CDADC) não tornou ilegal o uso de redes de partilha de ficheiros (P2P), o Ministério Público reconhece o mérito à ações levadas a cabo pela ACAPOR por alertarem para a necessidade de repensar as questões jurídicas relacionadas com a defesa dos direitos de autor de filmes, música e software na era digital. Mas também neste ponto os investigadores do DIAP deixam um reparo – e lembram que a defesa dos direitos de autor deve ser aplicada tendo em conta «o direito à educação, à cultura, da liberdade de ação no espaço cibernáutico (sic), especialmente quando tal liberdade se cinge ao individual nada se relacionado (sic) com questões comerciais, com o lucro de atividade mercantil».
No mesmo despacho, os responsáveis do DIAP e do Ministério Público confessam ser impossível investigar a distribuição e o download de cópias ilegais na Internet através do número de IP (que identifica o acesso usado para navegar na Net). Segundo os investigadores, a acusação de alguém com base no número de IP é «errónea», uma vez que o titular do número do Protocolo usado no acesso à Net «não é necessariamente o utilizador naquele momento concreto, não é necessariamente o que disponibiliza a obra, mas o que vê serviço registado em seu nome, independentemente de o usar ou de apenas figurar formalmente como seu titular».
O Ministério Público refere, com base na análise que faz dos artigos do CDADC, que só em situações em que o autor (e depreende-se que mais ninguém, apesar de o CDADC referir igualmente artistas, e produtores) expressamente o proíbe se pode considerar crime a partilha pública de uma obra.
O despacho deixa ainda implícita uma crítica à forma como a ACAPOR lidou com o processo, sublinhando que a associação que representa os clubes e lojas de vídeos não apresentou qualquer documento a comprovar que os autores dos filmes proibiram a «disponibilização pública».
A reação da ACAPOR
Nuno Pereira, diretor da ACAPOR, informa que já requereu a nulidade do inquérito que deu origem a este despacho. «Até porque consideramos que não houve inquérito e que o Ministério Público se limitou a ouvir a ACAPOR e os técnicos da Inspeção Geral de Atividades Culturais (IGAC)». Nuno Pereira acredita que, se for declarada a nulidade, o processo terá de voltar ao início. Caso não seja declarada a nulidade, a ACAPOR vai avançar uma ação contra o Estado Português e apresentar queixa na Comissão Europeia.
O responsável da ACAPOR salienta ainda que as 2000 queixas apresentadas no início do ano passado não tinham por objetivo acusar os titulares das contas de acesso à Internet usadas para o download de obras protegidas pelos direitos de autor. «Mas era importante saber quem eram os titulares dessas contas para depois se investigar quem realmente usou aqueles acessos para fazer o download», explica.
A inexistência de comprovativo de proibição de partilha pública merece a seguinte justificação da ACAPOR:«Estamos a falar de filmes que estavam, nessa altura, nas salas de cinema e no circuito comercial e, por isso, seria público e notório de que não havia autorização de partilha pública», refere Nuno Pereira.
O conceito de partilha de ficheiros também suscita diferentes opiniões entre queixoso e investigadores: Nuno Pereira admite que a Lei da Cópia Privada não exige que as réplicas para uso privado têm de ser feitas a partir de originais legítimos, mas lembra que esta lei apenas se aplica à cópia e não ao ato de partilha. «Tenho dificuldade em perceber como é que se pode fazer uma partilha para uso privado. É um conceito que não entendo», acrescenta.
O responsável da ACAPOR faz uma descrição pouco abonatória da atuação das autoridades em todo este processo:«Para mim, o Ministério Público apenas arranjou uma forma de adaptar a lei ao seu interesse – e o seu interesse é não ter de mandar 2000 cartas, ouvir 2000 pessoas e fazer 2000 perícias a computadores.

http://exameinformatica.sapo.pt/noticias/mercados/2012/09/26/ministerio-publico-diz-que-e-legal-copiar-musicas-e-filmes-na-net

"Processo eleitoral na Venezuela é o melhor do mundo", diz Jimmy Carter

Ex-presidente dos EUA coordena centro de monitoramento de eleições ao redor do mundo há mais de uma década

O processo eleitoral na Venezuela é considerado o melhor do mundo pelo ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter, que coordena uma instituição de monitoramento de eleições ao redor do mundo há mais de uma década. Em conferência anual do Carter Center, o norte-americano também garantiu que Hugo Chávez venceu de forma “justa” o último pleito presidencial, em 2006.

Carter elogiou o sistema de votação venezuelano por incluir duas formas de contagem, o que dificulta qualquer tipo de tentativa de fraude. No país, os eleitores escolhem o seu candidato em uma urna eletrônica e ainda recebem um comprovante, que é depositado em uma caixa vedada, aberta para confirmar os resultados eleitorais. Além disso, um dos dedos é manchado com tinta indelével.
O democrata disse que enquanto os sistemas de financiamento de campanha nos países latino-americanos melhorou significativamente, nos EUA se consolidou uma “corrupção financeira” alimentada por “resoluções que facilitaram o fluxo de dinheiro privado para as contas dos candidatos”.

Suas declarações vieram no mesmo dia em que jornalistas se reuniram no Carter Center para um workshop sobre a cobertura midiática das eleições venezuelanas. A instituição quer preparar os profissionais para escreverem retratos profissionais e não partidários do próximo pleito no país, que ocorre no dia 7 de outubro deste ano.

http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/24425/processo+eleitoral+na+venezuela+e+o+melhor+do+mundo+diz+jimmy+carter.shtml

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Policiais gregos dizem que não vão mais reprimir protestos de trabalhadores

A categoria protesta contra redução salarial de 6 a 7,5%, aplicada pelo governo de forma retroativa desde julho

A Federação de Sindicatos de Policiais da Grécia anunciou nesta quinta-feira (20/09) que os funcionários filiados não vão reprimir mais as manifestações dos trabalhadores. Há duas semanas, 5 mil trabalhadores dos corpos de segurança se manifestaram em Atenas para protestar contra seus baixos salários.

"Que não pensem em nos pedir para oprimir as manifestações de outros trabalhadores", disse o presidente da organização sindical Poasy, Jristos Fotopulos, em declarações ao canal NET. Fotopulos, que estava acompanhado por outros dirigentes dos sindicatos de Policiais, de Bombeiros e da guarda-costeira, lidou um protesto em frente à sede do governo contra os novos cortes salariais previstos pelo Executivo.

Os agentes que custodiavam o edifício impediram o acesso de seus colegas e, apesar da tensão envolvida, nenhum incidente foi registrado. Isso porque, um membro do gabinete do primeiro-ministro concordou em recebê-los e prometeu uma nova reunião para abordar as reivindicações dos policiais em dez dias.

Segundo os sindicatos das forças da ordem, o Ministério das Finanças propõe uma redução salarial de 6 a 7,5%, aplicada de forma retroativa desde julho. No entanto, a partir de janeiro de 2013, essa redução poderá ser superior aos 13%. Os sindicatos denunciam que se esses cortes forem aprovados, os agentes terão que trabalhar 50 horas semanais, incluindo turnos noturnos, para conseguir um salário máximo de 700 euros.

http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/24428/policiais+gregos+dizem+que+nao+vao+mais+reprimir+protestos+de+trabalhadores.shtml

Milhares de espanhóis saem às ruas para pedir renúncia de Mariano Rajoy

Defendendo a criação de uma nova assembleia constituinte e exigindo a renúncia do presidente de governo Mariano Rajoy, milhares de espanhóis se concentraram nesta terça-feira (25/09) diante do parlamento nacional.
Convocado por vários sindicatos para denunciar o "sequestro da democracia" a partir de cortes orçamentários, o protesto começou com uma passeata pelas ruas do centro de Madri e terminou do lado de fora do Legislativo. Alguns deputados da bancada de esquerda do congresso se aproximaram da multidão que se amontoava do lado de fora do edifício. Ao todo, confrontos com policiais deixaram nove feridos e 15 detidos.
Autoridades estimam que cerca de seis mil pessoas participaram das manifestações, que receberam o nome de "Cerque o Congresso". O projeto inicial dos sindicatos era bloquear a câmara dos deputados durante a sessão ordinária que promove todas as terças-feiras.
Mais de mil policiais, contudo, compareceram ao local para tentar evitar a ocupação do edifício. Manifestantes tentaram furar os bloqueios instalados pela polícia. Oficiais chegaram a golpeá-los com cassetetes. Participantes lançaram objetos contra policiais. O confronto ocorreu nas imediações da Porta do Sol, local que abrigou os acampados do movimento dos "indignados", em 2011.

http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/24523/milhares+de+espanhois+saem+as+ruas+para+pedir+renuncia+de+mariano+rajoy.shtml

sábado, 22 de setembro de 2012

Presidente do Senegal tenta abolir Senado para economizar verbas

Projeto de Macky Sall considera senadores “absurdamente caros” e preserva uma casa representativa

O novo presidente do Senegal, Macky Sall, colocou em prática nesta sexta-feira (21/09) um projeto inusitado para lidar com o restrito orçamento herdado do governo anterior de Abdoulaye Wade. Ele propôs ao legislativo a abolição do Senado e da Vice-Presidência senegalesa para que toda sua verba seja direcionada para programas nacionais de ajuda humanitária.

O principal argumento do presidente é de que os salários dos senadores, bem como o de seu vice-presidente, seriam muito melhor empregados na amenização dos danos causados por recentes enchentes que atingiram todo o país. Para Sall, além de os senadores serem “absurdamente caros para o país”, seu projeto preserva uma câmara representativa em Senegal.

A Câmara Baixa (o equivalente à Câmara dos Deputados, no Brasil) já aprovou a decisão do presidente e encaminhará sua decisão para o Senado. Mesmo que os senadores não aprovem o projeto (o que seria o mais lógico a se supor), a decisão final pode ser encaminhada a uma assembleia na qual os membros das duas casas são reunidos. Nesse caso, a coalizão governista seria a maioria.

“Essa é uma história ideal e que causa bem-estar: 16 milhões de dólares são economizados com o fim do Senado e podem ser destinados a ajuda humanitaria, ajudando na reconstrução de Senegal após uma das piores enchentes de sua história”, alega a Daily Maverick. Para a revista, a iniciativa é tão positiva que já está sendo incorporada por outros países. Na Nigéria, o governador da provincia de Lagos, Asiwaju Bola Ahmed Tinubu, sugeriu que o governo de seu país seguisse os mesmos passos que Senegal. Para a revista, o político muito provavelmente estava sendo sincero, já que sua esposa é uma das 110 senadoras do país e correrá o risco de perder seu emprego.


Não é o que vê David Zounmenou, pesquisador do Instituto para Estudos de Segurança de Senegal. Para o estudioso de Relações Internacionais, “Macky Sall não está fazendo nada que comprometa a arquitetura democrática de Senegal”,  até porque, “é o longo histórico democrático de Senegal – rapidamente ameaçado por Wade – que trouxe Sall para o poder”.

Para The Daily Maverick, “a verdade é que se Wade tem um histórico de repressão às liberdades políticas e representou um grande risco de transformar a Presidência em uma instância herdada e pseudo-monárquica”. Por sua vez, “Sall, novo no cargo, tem uma ficha limpa e elevadas taxas de aprovação popular. Sua reação aos danos causados pelas enchentes foi particularmente boa e deixou claro um contraste com a administração letárgica e apática de Wade”.

http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/24459/presidente+do+senegal+tenta+abolir+senado+para+economizar+verbas.shtml

Igreja Católica admite 620 casos de pedofilia na Austrália

Arcebispo classificou de 'horríveis e vergonhosos' os números.
Comissão parlamentar está investigando outros 45 supostos abusos.

A Igreja Católica confirmou 620 casos de abusos sexuais contra menores cometidos na Austrália por sacerdotes desde a década de 30, uma revelação inédita no país, informou neste sábado (22) a imprensa local.
O arcebispo de Melbourne, Denis Hart, classificou de 'horríveis e vergonhosos' os números que aparecem em um relatório entregue para comissão que investiga no Parlamento do estado de Victoria casos de pedofilia cometidos em várias ordens religiosas.
Por meio de um comunicado, Hart disse que a maioria dos casos ocorreu entre a década de 1960 e de 1980, embora tenham ocorrido inclusive há 80 anos. Desde 1990, só 13 abusos foram registrados.
O arcebispo afirmou que a igreja colaborará plenamente com a comissão parlamentar e acrescentou que está investigando outros 45 supostos abusos sexuais, informou a cadeia 'ABC'.
'É um trauma e uma vergonha que estes abusos, com seu dramático impacto nas vítimas e suas famílias, fossem cometidos por sacerdotes católicos, religiosos e funcionários paroquiais', protestou.
'Este relatório demonstra que a igreja está comprometida a enfrentar a verdade e não se esquivar, diminuir ou evitar as ações daqueles que violaram seus votos sagrados', garantiu Hart.
O Parlamento de Victoria criou em abril uma comissão especial para investigar os casos de pedofilia cometidos em várias ordens religiosas. As conclusões ficarão prontas no ano que vem.
Segundo as associações das vítimas, o número dos menores vítimas de abusos pode superar 6 mil só em Victoria.
Em sua visita à Austrália, em julho do ano passado, o papa Bento XVI se reuniu com algumas das vítimas e pediu perdão em nome da igreja.

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2012/09/igreja-catolica-admite-620-casos-de-pedofilia-na-australia.html

 

Brasil rejeita proposta da ONU de desmilitarizar polícia

Extinção da polícia militar é inconstitucional, diz embaixadora brasileira a Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas

O Brasil rejeitou nesta quinta-feira (20/09) a recomendação do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas de desmilitarizar a polícia militar. De 170 propostas, esta medida foi a única que o governo do país decidiu recusar integralmente, aceitando 10 indicações de forma parcial.

O documento apresentado pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 25 de maio apontou que, entre os principais problemas do Brasil, estão a situação nas prisões e a atuação da polícia militar, que envolve práticas de tortura. A decisão deve decepcionar ativistas e movimentos que lutam pelo fim da polícia militar no país.

(Charge em homenagem ao Cordão da Mentira, movimento que questiona se o Brasil vive em uma ditadura civil-militar)

Maria Nazareth Farani de Azevedo, embaixadora brasileira na sede da ONU em Genebra, explicou que a extinção da polícia militar viola a constituição nacional que prevê a existência de forças civis e militares. Em sessão nesta manhã no Conselho de Direitos Humanos, a diplomata disse que os policiais militares “são responsáveis pelo policiamento extensivo e pela preservação da ordem pública”.

O Ministério das Relações Exteriores já havia anunciado sua decisão nesta quarta-feira (19/09) por meio de comunicado à imprensa. “É significativo que o governo tenha acolhido todas essas manifestações, com exceção de uma, que trata da estrutura das polícias no Brasil e que conflita com a Constituição brasileira”, diz a nota.

Apesar disso, Azevedo assegurou que as autoridades brasileiras estão tomando providências para garantir os direitos humanos no país. “O Brasil melhorou o controle sob suas forças de segurança pública por meio da instalação de corregedorias e de escritórios internacionais, como também pelo treinamento permanente de profissionais em direitos humanos”, afirmou a diplomata. Neste sentido, o governo brasileiro também aceitou parcialmente a recomendação de criar mecanismos de prevenção e combate à tortura, que está sendo discutido atualmente no Congresso. 
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Apesar de ter acatado a grande maioria das indicações, organizações não governamentais criticaram os compromissos assumidos pelo governo brasileiro em reportagem da Agência Brasil. “A impressão é que o Brasil está deixando de aproveitar o momento e deixando passar a oportunidade para avançar em vários aspectos fundamentais”, disse Camila Asano, diretora da ONG Conectas que acompanha as discussões na Suíça.

Outra recomendação polêmica do Conselho de Direitos Humanos que não foi aceita de forma integral pelo governo brasileiro diz respeito a proposta de legalizar a união homossexual, que permanecerá viável somente no civil.

As recomendações foram feitas por 78 delegações estrangeiras que integram o Exame Periódico Universal do Conselho de Direitos Humanos e divididas em dois blocos: o sistema prisional brasileiro e a realização de grandes eventos, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Como já era previsto, o Brasil apresentou nesta quinta (20/09) sua resposta às propostas.

http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/24426/brasil+rejeita+proposta+da+onu+de+desmilitarizar+policia.shtml

STF decide que município não pode ter terceirizados na saúde

RIO - Os 9.500 profissionais da área de saúde terceirizados e que trabalham em clínicas da família, UPAs e hospitais municipais, poderão ter que deixar seus postos em breve. Na última quarta-feira, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) negou, por unanimidade, um recurso do município contra ação movida pelo Sindicato dos Médicos que exige o fim da terceirização na saúde. A prefeitura já havia sido derrotada outras duas vezes.
A Segunda Turma acompanhou o voto de Cezar Peluso, dado em agosto, antes de o ministro se aposentar. Ele concordou com decisão anterior, que dizia que "os cargos inerentes aos serviços de saúde, prestados dentro de órgãos públicos, por ter a característica de permanência e de caráter previsível, devem ser atribuídos a servidores admitidos por concurso público".
O presidente do Sindicato dos Médicos, Jorge Darze, comemorou ontem a decisão. Segundo ele, é um absurdo que a administração municipal, em vez de contratar médicos, enfermeiros e auxiliares de enfermagem, prefira fazer contratos temporários.
- A prefeitura vai ter que repensar toda a sua lógica de contratações. A decisão do STF não impede que as Organizações Sociais continuem gerindo clínicas de família e UPAs. Mas elas terão que ter nos locais médicos e outros profissionais aprovados através de concurso público. Não poderão ter funcionários terceirizados - diz Darze.
Segundo ele, o município tem atualmente 25 mil profissionais da área de saúde concursados e cerca de 9.500 terceirizados.
- É urgente que a Secretaria municipal de Saúde faça logo um concurso público. Os médicos terceirizados devem poder permanecer por mais seis meses, até que a situação toda seja regularizada - estimou Darze.
O Sindicato dos Médicos entrou com a ação no governo Cesar Maia, antes de as Organizações Sociais administrarem unidades de saúde. A prefeitura perdeu em 2005, entrou com recurso e foi novamente rejeitado em 2009. Após a decisão do STF, o município ainda tem direito ao recurso de revista, que não julga o mérito da ação. Procurados, assessores de comunicação da Secretaria municipal de Saúde não foram localizados.

http://br.noticias.yahoo.com/stf-decide-munic%C3%ADpio-pode-ter-terceirizados-sa%C3%BAde-031644921.html

Centenas de manifestantes invadem embaixada dos EUA no Iêmen

Seguranças tentaram conter multidão que protestava contra filme anti-Islã.
Também houve protesto, com feridos, na embaixada americana no Egito.

Centenas de manifestantes invadiram o complexo onde fica a embaixada dos Estados Unidos em Sanaa, capital do Iêmen, nesta quinta-feira (13), em protesto contra um filme considerado blasfemo para o Islã e que vem gerando reações violentas em vários países muçulmanos -na mais grave delas, quatro diplomatas americanos foram mortos na Líbia.
Seguranças do edifício tentaram conter o protesto em Sanaa e chegaram a atirar para o alto.
Os manifestantes atearam fogo em carros estacionados no complexo.
Testemunhas disseram que os manifestantes quebraram janelas de imóveis vizinhos ao da embaixada dos EUA antes de derrubarem o portão principal do prédio americano.
Não houve feridos, segundo as autoridades iemenitas.
Egito
No Egito, novos confrontos em frente à embaixada americana, no Cairo, deixaram 13 feridos.
O presidente egípcio, o islamita Mohamed Morsi, criticou as ofensas ao profeta, mas pediu o fim da violência.
Quatro diplomatas mortos
Na quarta-feira (12), um ataque ao prédio do consulado dos EUA em Benghazi, na Líbia, matou quatro pessoas, entre elas o embaixador Chris Stevens.
Nesta quarta, os EUA anunciaram o envio à costa da Líbia de dois destróieres e uma equipe de fuzileiros especializada na luta antiterrorista.
Antes do ataque, o prédio americano foi cercado por manifestantes que protestavam contra o filme “Innocence of Muslims” (“A inocência dos Muçulmanos”), dirigido e produzido por Sam Bacile, que seria o pseudônimo de um israelense-americano que afirma que o Islã é "uma religião do ódio" e um "câncer".
http://g1.globo.com/revolta-arabe/noticia/2012/09/manifestantes-invadem-embaixada-dos-eua-no-iemen.html?utm_source=g1&utm_medium=email&utm_campaign=sharethis


 

domingo, 16 de setembro de 2012

Mais um massacre da OTAN no Afeganistão

Bombardeios da Otan mataram oito mulheres e deixaram várias feridas neste sábado (15) à noite na província de Laghman, no leste de Cabul, disseram neste domingo (16) fontes afegãs.

A Força Internacional de Assistência para a Segurança (ISAF) disse por meio de um de seus porta-vozes que "havia acabado de saber" que causou a morte de entre "cinco a oito afegãos" durante um bombardeio que, por outro lado, acabou com um "grande número de insurgentes".

O incidente aconteceu antes do amanhecer na localidade de Dilaram, no remoto distrito de Alingar, quando as mulheres recolhiam lenha, disseram fontes afegãs.

Sarhadi Zwak, um porta-voz provincial, denunciou a operação militar unilateral não coordenada pelas forças afegãs, que "matou oito mulheres e feriu outras oito".

O governador de Laghman "nomeou uma delegação para investigar", disse.
http://gazetaweb.globo.com/noticia.php?c=322970&e=16

Veneno na mesa



Há 3 anos, o Brasil é campeão mundial no uso de agrotóxicos. São 850 milhões de litros por ano, ⅕ do do que todo o planeta consome. Na ponta do lápis, significa que cada pessoa ingere 5 litros de veneno por ano. Por aqui, se usa agrotóxicos banidos há tempos em outros países. Estudos toxicológicos confirmam que o coquetel de agrotóxicos ingerido no consumo de frutas e verduras pode causar Mal de Parkinson e Alzheimer e outras doenças degenerativas. Puros ou associados, aumentam casos de câncer, aborto, doenças neurológicas, má formação fetal e mal estar constante entre agricultores, moradores rurais e consumidores.
O uso dos venenos se alastra no campo e nas zonas periurbanas, por terra, ar e água e o efeito dessa carga pesada contamina rios e solos, diminui a biodiversidade e definitivamente não aumenta a produtividade tampouco resolve o gigante problema da fome e da insegurança alimentar e nutricional, como alegam os fabricantes de veneno, pesquisadores financiados por estas empresas e técnicos agrícolas ultrapassados.
O lodo sujo da indústria química agroalimentar vem à tona à medida que a sociedade sofre, se organiza e bota a boca no mundo. Numa condenação histórica, a justiça da cidade de Córdoba, na Argentina, declarou delito penal as pulverizações com agrotóxicos em campos de soja acerca dos bairros povoados. E condenou duas das três pessoas que foram levadas aos tribunais. Há 12 anos, as famílias denunciam mortes e lesões em consequencia do uso de agrotóxicos. A luta em Córdoba começou pela determinação de uma das mães do bairro, Sofía Gatica, que em 1997 perdeu um bebê que havia nascido sem os rins. Ela demorou a juntar uma coisa com a outra, até que percebeu um número pouco usual de mulheres com lenços na cabeça e crianças com máscaras a caminhar pela região. Leia a notícia na íntegra.

Banir o uso indiscriminado e criminoso de veneno está em nossas mãos. E inventar soluções a esse sistema agroalimentar falido também. A agroecologia está aí para provar seu potencial de alimentar as pessoas mais pobres e proteger os recursos naturais. Relatório da ONU apresenta iniciativas agroecológicas em várias partes do mundo e afirma que, se replicadas, podem dobrar a produção de alimentos. Veja no vídeo quais são os mitos que você sempre ouviu sobre agroecologia mas ninguém teve coragem de negar.
Preocupados e indignados com o fato de o Brasil ter se tornado o campeão mundial absoluto no uso de agrotóxicos, representantes de movimentos sociais e ambientais, estudantis e pesquisadores na área da nutrição e saúde criaram a Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida com o objetivo de sensibilizar a população para os riscos que os agrotóxicos representam e tomar medidas para frear seu uso no Brasil.
Estruturada em comitês estaduais e municipais, a campanha promove debates, seminários e encaminha propostas de políticas pública para reduzir o uso dos venonos nos alimentos e abrir espaço para a produção agroecológica. Recentemente, lançou um projeto para ampliar suas ações com a criação de material de divulgação, formação de agentes multiplicadores, cessões de cinema e debates, criação de hortas comunitárias orgânicas, produção de vídeo. O financiamento da campanha é feito em modelo colaborativo, onde cada pessoa escolhe o valor da contriução. Além de apoiar a causa, recebe em troca uma prenda. As cotas vão de 15 a 1200 reais e as recompensas são um prato cheio: adesivo da campanha, DVD com documentário sobre o tema, cesta de alimentos orgânicos, visita a sítios com direito a colheita na horta, materiais educativos, aulas de ioga, etc.
"A escolha dos produtos oferecidos foi feita pensando em valorizar parceiros que produzem com qualidade e enfrentam dificuldades de acesso ao mercado", explica Susana Prizendt, coordenadora da Campanha em SP. Quase 260 pessoas já apoiaram espontaneamente o projeto, querem fazer parte de algo maior e querem fazer da maneira mais direta possível.

http://br.noticias.yahoo.com/blogs/habitat/o-veneno-est%C3%A1-na-mesa-e-o-ant%C3%ADdoto-004630648.html

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

A tentativa de sufocar a blogosfera

No mais recente atentado contra a liberdade de expressão no Brasil, o prefeito de Curitiba (PR) e candidato à reeleição Luciano Ducci processou o blogueiro Tarso Cabral Violin, apenas porque discordou de duas enquetes publicadas na página mantida pelo blogueiro. A Justiça Eleitoral, num gesto inexplicável, deu ganho de causa ao prefeito-censor e estipulou uma multa de R$ 106 mil, o que inviabiliza a continuidade do blog. No mesmo Paraná, o governador Beto Richa também persegue de forma implacável o blogueiro Esmael Morais, que já foi processado várias vezes e coleciona multas impagáveis.

Em outros cantos do país, a mesma tática, a da judicialização da censura, tem sido aplicada visando intimidar e inviabilizar financeiramente vários blogs. Alguns processos já são mais conhecidos, como os inúmeros que tentam calar os blogueiros Paulo Henrique Amorim e Luis Nassif. No fim de 2010 e início de 2011, o diretor de jornalismo da poderosa TV Globo, Ali Kamel, também ingressou na Justiça contra seis blogueiros – o que prova a falsidade dos discursos dos grupos de mídia que se dizem defensores da liberdade expressão. Criticado pelos blogueiros, pelo seu papel manipulador nas eleições de 2006 e 2010, Kamel parece ter escolhido a via judicial para se vingar dos críticos.

Se os juízes de primeira instância parecem pressionados diante de autoridades e empresas de Comunicação tão poderosas, é preciso garantir que os tribunais superiores mantenham-se atentos para garantir que a liberdade de expressão não se transforme num direito disponível apenas para meia dúzia de famílias que controlam jornais, TVs e rádios brasileiras.

Além da judicialização da censura, também está em curso no país uma ação ainda mais violenta contra os blogueiros – com ameaças de morte e até atentados. Em 2011, o blogueiro Ednaldo Filgueira, do município de Serra do Mel, no Rio Grande do Norte, foi barbaramente assassinado após questionar a prestação de contas da prefeitura. Outro blogueiro também foi morto no Maranhão. Há várias denúncias de tentativas de intimidação com o uso da violência, principalmente em cidades do interior onde a blogosfera é o único contraponto aos poderosos de plantão.

Como se não bastassem os processos e as ameaças físicas, alguns setores retrógrados da sociedade também tentam impedir a viabilização financeira da blogosfera através de anúncios publicitários. Recentemente, o PSDB ingressou com ação na Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) questionando os poucos anúncios do governo federal em blogs e sítios de reconhecida visibilidade. A ação foi rejeitada, o que não significa que não cumpriu seu objetivo político de intimidar os anunciantes. Até o ministro Gilmar Mendes, do STF, tem atacado a publicidade nos blogs.

Diante desses atentados à liberdade de expressão, o Centro de Estudos Barão de Itararé manifesta a sua total solidariedade aos blogueiros perseguidos e censurados. É preciso denunciar amplamente os que tentam silenciar esta nova forma de comunicação.

É urgente acionar os poderes públicos – governo federal, Congresso Nacional e o próprio Supremo Tribunal Federal – em defesa da blogosfera. É o que faremos, em parceria com as demais entidades da sociedade civil, em especial com o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), requisitando audiências junto ao STF, STJ, TSE, Congresso Nacional e Ministério da Justiça.

Pedimos, ainda, a atenção da Secretaria Especial dos Direitos Humanos para o tema. Liberdade de expressão não é monopólio de meia dúzia de empresários. É um patrimônio do povo brasileiro, garantido na Constituição. A comunicação é um direito básico do ser humano, que precisa ser respeitado.

Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé.

http://cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=20867

sábado, 8 de setembro de 2012

Açúcar acelera o envelhecimento


Açúcar destrói as fibras de sustentação da pele. Saiba como evitar esse processo.


Envelhecer é tabu, mas não adianta: cedo ou tarde, essa fase natural da vida chega para todo mundo. Se você é aficionado em alimentos ricos em açúcar então, prepare-se: esse é o terreno perfeito para a chegada precoce da pele enrugada, flácida e com fortes marcas do tempo.
Os "doces momentos" são verdadeiras armadilhas que turbinam o processo de envelhecimento. Isso porque o açúcar destrói as fibras de sustentação da pele por estimular a glicação - processo bioquímico que resulta na formação de produtos de glicação avançada (AGEs, na sigla em inglês -advanced glycation endproducts).
Esse processo acontece quando uma molécula de açúcar em excesso - seja por aumento da ingestão, seja por lentidão do metabolismo - adere a uma molécula de proteína (colágeno, elastina, etc.). Daí surgem os AGEs, uma classe de moléculas heterogêneas que altera a estrutura das proteínas. "Isso impede a eficácia no desempenho das funções das proteínas na pele. Além disso, os AGEs são fábricas de radicais livres que se acumulam ao longo do tempo, deixando o organismo como um todo mais envelhecido", explica a nutricionista especialista em Nutrição Clínica Funcional, Roseli Rossi.
A glicação também aumenta com a idade, conforme alerta o médico endocrinologista e membro da Academia Brasileira de Medicina Antienvelhecimento (Abmae) e da Academia Internacional de Medicina Antienvelhecimento (Iaam, na sigla em inglês), Tércio Rocha. "O corpo perde as reservas de antioxidantes. Além disso, o consumo de açúcares e a exposição a fatores glicantes (sol, temperatura elevada, álcool, etc.) é ainda mais prejudicial."
A solução já é bem conhecida: hábitos alimentares saudáveis, atividade física e controle emocional são fatores essenciais para o combate a esse envelhecimento.
Riscos
O acúmulo de AGEs no corpo causa deterioração proteica, envelhecimento, intoxicação e bloqueio metabólico. Os danos celulares podem levar até mesmo ao comprometimento da função dos órgãos. Os altos índices glicêmicos provocam um processo inflamatório generalizado nos vasos sanguíneos, afetando mais os capilares terminais (de menor calibre), o que leva à acidez do tecido, provocando rugas, ressecamento e flacidez da pele e celulite.
No Brasil, o açúcar mais popular é o extraído da cana. Quando digerido, ele se transforma em glicose e frutose, que, em excesso, são extremamente prejudiciais à saúde e podem provocar, além do envelhecimento, vários distúrbios, como o diabetes tipo 2 e o aumento da gordura corporal.
Um outro alerta é a importância da redução da farinha refinada, que entra na receita de quase todos os doces e gera compulsão alimentar. Embora pouca gente saiba, o açúcar não gera compulsão, ao contrário da farinha. Além disso, ela contém triptofano, substância que estimula o cérebro a produzir a serotonina - neurotransmissor que regula o prazer, o sono, o apetite e a própria alegria de viver.
Substitua
Abolir o açúcar e a farinha refinada do cardápio de uma hora para a outra não é uma boa opção. O melhor é diminuir gradualmente as porções. "Um corte radical provoca a queda brusca de serotonina no organismo e a pessoa pode manifestar uma síndrome de abstinência semelhante à de um viciado em álcool ou cocaína. Entre os sintomas mais frequentes, estão a dor de cabeça, a depressão, enjoos e mau humor", destaca Rocha.
O endocrinologista aponta que o mais importante é a ingestão combinada de alimentos com índices glicêmicos baixos e índices proteicos altos, ricos em fibras, bem como grãos integrais, azeite e produtos light.
"Para manter em baixa os índices glicêmicos, deve-se começar as refeições com saladas de verduras e legumes com azeite. As fibras e o azeite retardam o tempo de absorção dos alimentos. O uso de arroz integral, granola, legumes (ao vapor ou grelhados), folhas verdes, frutas in natura e sucos sem coar também é fundamental. Os portadores de alto índice glicêmico devem evitar ao máximo produtos industrializados, lácteos e doces."
Também é importante comer de forma fracionada, para evitar que os níveis de açúcar despenquem. Manter o controle emocional, fazendo exercícios físicos e atividades que proporcionem prazer, é outro ponto fundamental. "Isso aumenta a síntese de serotonina, endorfina e dopamina naturalmente, sem precisar recorrer aos doces", salienta a nutricionista Roseli.
Há uma série de itens que são opções para substituir o açúcar na dieta. Confira os principais:
Frutas in natura ou desidratadas. Prefira frutas quentes, como: banana assada com canela e adoçante; abacaxi assado ou grelhado; compota de maçã ou pera; mousse; pudins de frutas (goiaba, manga). Mel. Chocolate amargo. Adoçantes como sucralose ou estévia. Aumente a ingestão de água.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Brasil é o maior mercado consumidor de crack do mundo, aponta estudo

Por Fernanda Cruz, da Agência Brasil

O Brasil é o maior mercado mundial do crack e o segundo maior de cocaína, conforme resultado de pesquisa do Instituto Nacional de Pesquisa de Políticas Públicas do Álcool e Outras Drogas (Inpad) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Os dados do estudo - que ouviu 4,6 mil pessoas com mais de 14 anos em 149 municípios do país – foram apresentados nesta quarta-feira (05) na capital paulista.
Os resultados do estudo, que tem o nome de Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), apontam ainda que o Brasil representa 20% do consumo mundial do crack. A cocaína fumada (crack e oxi) já foi usada pelo menos uma vez por 2,6 milhões de brasileiros, representando 1,4% dos adultos. Os adolescentes que já experimentaram esse tipo da droga foram 150 mil, o equivalente a 1%.
De acordo com o relatório, cerca de 4% da população adulta brasileira, 6 milhões de pessoas, já experimentaram cocaína alguma vez na vida. Entre os adolescentes, jovens de 14 a 18 anos, 44 mil admitiram já ter usado a droga, o equivalente a 3% desse público. Em 2011, 2,6 milhões de adultos e 244 mil adolescentes usaram cocaína. 
O levantamento do Inpad revelou também que a cocaína usada via intranasal (cheirada) é a mais comum. Aproximadamente 5,6 milhões de pessoas já a experimentaram na vida e, somente no último ano, 2,3 milhões fizeram uso. Entre os adolescentes, o uso é menor, 316 mil experimentaram durante a vida e 226 mil usaram no último ano.
A pesquisa também comparou o consumo de cocaína nas regiões brasileiras em 2011. No Sudeste está concentrado o maior número de usuários, 46% deles. No Nordeste estão 27%, no Norte 10%, Centro-Oeste 10% e Sul 7%. Relatórios com resultado e metodologia estão na página do Inpad na internet.

http://br.noticias.yahoo.com/brasil-%C3%A9-o-maior-mercado-consumidor-de-crack-do-mundo--aponta-estudo.html

Nobel da Paz diz que Blair e Bush deveriam ser julgados em Haia pela Guerra no Iraque

Arcebispo Desmond Tutu se recusou a participar de conferência sobre liderança ao lado do ex-premiê britânico


O arcebispo sul-africano Desmond Tutu, prêmio Nobel da Paz e um dos heróis da luta contra o apartheid em seu país, fez duras críticas ao ex-presidente dos EUA George W. Bush e o ex-premiê britânico Tony Blair. Em um artigo ao jornal semanal britânico The Observer publicado neste domingo (02/09), Tutu diz que os dois deveriam ser julgados na corte internacional de Haia, na Holanda, “pela devastação física e moral causada pela [segunda] guerra do Iraque (2003)”.
No artigo, intitulado “Porque eu devo desprezar Tony Blair”, o líder religioso explica porque se recusou a se sentar ao lado de Blair na última semana durante uma conferência internacional realizada em Johanesburgo sobre "liderança".

Tutu diz que os argumentos usados por EUA e Reino Unido para liderar uma coalizão internacional e atacar o país árabe foram baseados em mentiras. O objetivo seria, segundo Tutu, unicamente derrubar o regime de Saddam Hussein. “Não posso sentar ao lado de alguém que justifica a invasão ao Iraque com uma mentira”. 
“A imoralidade da decisão dos Estados Unidos e do Reino Unido em invadir o Iraque em 2003, sob a premissa mentirosa de que o Iraque possuía armas de destruição em massa, desestabilizou e polarizou o mundo com uma extensão jamais vista em outro conflito na história”, escreveu o líder religioso.
Em 2003, Bush, com apoio incondicional do governo britânico, invadiu o Iraque sob a justificativa de que Saddam estaria guardando armas de destruição em massa, o que se comprovou, anos depois, que não era verdade. A invasão, no entanto, não foi aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU e rechaçada por grande parte da população mundial. Uma das grandes dificuldades dos norte-americanos foi enfrentar uma forte oposição da França e da Alemanha, tradicionais aliados.
Tutu lembra também as consequências do conflito na sociedade iraquiana de hoje. “6,5 pessoas morrem por dia em ataques suicidas provocados por explosões de automóveis, de acordo com o projeto Iraqi Body Count; mais de 110 mil iraquianos morreram nesse conflito depois de 2003, e milhões ficaram desabrigados. Até o fim do último ano, cerca de 4500 soldados norte-americanos morreram e mais de 32 mil ficaram feridos”, acrescenta.
Por essa razão, ele afirma que os responsáveis por esses números e perdas de vidas humanas “deveriam seguir o mesmo caminho que alguns de seus pares africanos e asiáticos, que tiveram de responder por seus atos diante da corte internacional de Justiça em Haia (Holanda)”, defende.
Resposta
O premiê britânico, no entanto, parece irredutível em suas convicções.  A resposta veio em seu site na internet, na qual Blair afirma que tem “um profundo respeito pela luta do Arcebispo contra o apartheir – onde estivemos do mesmo lado da luta”. “Mas repetir a velha história de que nós mentimos sobre [as conclusões dos serviços de ] inteligência é completamente errado, como todas investigações independentes já demonstraram”.
O ex-líder trabalhista também disse considerar bizarro o fato de Tutu ter dito que era “irrelevante” se Saddam “era bom ou mau”, pois isso não justificaria a “moralidade” da coalizão para invadir o Iraque, citando diversos massacres atribuídos ao ex-ditador.
Outra justificativa usada por Blair foi  que a economia iraquiana, segundo ele, cresceu três vezes mais do que na época do regime de Saddam, “e os investimentos cresceram enormemente em regiões como Basra”.



segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Valdemiro Santiago faz cara de choro e pede R$ 30 milhões a fieis

Apóstolo Waldemiro Santiago, líder da igreja evangélica que mais cresce no Brasil, apela aos fieis para pagar suposta dívida milionária com rede de televisão

Valdemiro Santiago, da igreja Mundial, voltou a fazer cara de choro na TV ao pedir aos fiéis dinheiro para pagar uma suposta dívida de R$ 30 milhões com a Band, entre outras emissoras.
É muito dinheiro, mesmo considerando que se trata do custo de horário de TV, que, no caso da Mundial, se concentra nas madrugadas.
Mas Santiago, chefe da igreja que mais cresceu nos últimos anos, poderá conseguir a soma em poucas semanas, ainda mais se ele continuar com a cara de chorão, a mesma que fez recentemente para arrecadar R$ 7 milhões.
Não se sabe por que a Mundial está ou estaria de caixa baixa, se por descontrole administrativo ou se as contribuições dos fiéis diminuíram. O fato é que funcionários que trabalham na sede da igreja em São Paulo andaram reclamando de atraso no pagamento do salário.
Já a Band, apesar das supostas dificuldades financeiras da Mundial, não tem do que reclamar. Além da igreja de Valdomiro, a emissora fatura com a Assembleia de Deus Vitória em Cristo do Silas Malafaia e com a Igreja da Graça de Deus, do R.R. Soares, e agora está sendo assediada pela Universal, de Edir Macedo.
Fatura alto com investimento zero na programação.

http://www.pragmatismopolitico.com.br/2012/08/apostolo-valdemiro-pede-dinheiro-fieis.html

Sucção oral de bebês pode ser proibida pela justiça; ultraconservadores protestam


Ultraortodoxos insistem em sugar sangue de bebês em ritual de circuncisão. Conselho de saúde quer impedir prática devido a risco de transmissão de doenças


A comunidade de judeus ultraortodoxos de Nova Iorque (EUA) está protestando contra a decisão do Conselho Municipal de Saúde de colocar em setembro em votação proposta para que a sucção oral de sangue de bebê durante o ritual de circuncisão só seja feita com autorização por escrito dos pais.
O conselho quer que os pais assumam a responsabilidade pelo risco de transmissão de herpes por intermédio do contato da boca dos rabinos com o pênis dos bebês. O HSV-1, vírus da herpes, pode ser fatal para bebês, além da possibilidade de causar danos cerebrais.
Michael Tobman, consultor político que se tornou porta-voz dos ultraortodoxos nessa questão, acusou as autoridades de estarem tentando inibir o metzitzah b’peh (ritual da circuncisão em crianças de oito dias).
Ele afirmou que os religiosos não aceitam qualquer restrição porque se trata de uma tradição divina. Disse que os mohels (rabinos que realizam esse tipo de ritual) estão dispostos a recorrer à desobediência civil, se preciso.
O prefeito Michael Bloomberg disse que ninguém tem o direito de colocar a vida de uma criança em risco. “Há determinadas práticas que os médicos dizem que não são seguras, e nós não vamos permiti-las.”
Cristopher Hitchens (1948-2011), em seu livro “Deus não é Grande – como a religião envenena tudo” (Ediouro, 304 págs, R$ 52), criticou o metzitzah b’peh pela “sua natureza anti-higiência ou suas associações (sexuais) perturbadoras”.


Padre norte-americano diz que crianças e jovens são culpados por “seduzir” pedófilos

Para padre franciscano, agressores não deveriam ser presos, pois não cometeram crimes

Algumas crianças são vítimas de pedofilia por terem "seduzido" seus agressores. Essa é a opinião do padre franciscano norte-americano Bernard Groeschel, de Nova York, que escreveu um artigo chocante no site da revista católica NCR (National Catholic Register), colocado no ar na última segunda-feira (27/08) e retirado pouco depois. A publicação se desculpou em seguida, admitindo um erro editorial. Em razão da revolta causada por suas declarações, e do pedido de retratação da revista, Groeschel voltou atrás em suas declarações.
O padre, de 79 anos, afirmou que quando se pensa em um pedófilo, “as pessoas normalmente imaginam uma pessoa que planejou seus atos, um psicopata. (...) Mas não é o caso. Imaginem um homem que se encontra em plena depressão nervosa e um jovem chega para consolá-lo. Em muitos desses casos, o jovem é que é o sedutor”, diz o franciscano. “As crianças vêm, muitas vezes, procurar uma relação romântica, e não relações sexuais”.
Groeschel defendeu que os padres católicos não deveriam ser presos caso fossem descobertos desde que não repetissem seus atos, “porque a intenção deles não era de cometer um crime”.
O franciscano chegou a citar um caso específico, de um ex-treinador de um time de futebol americano, defendendo Jerry Sandusky, acusado por uma série de abusos contra menores de idade, e que pode ser condenado à prisão perpétua. Para ele, trata-se de um “pobre homem”.
Pedido de desculpas
A redatora-chefe da NCR, Jeanette de Melo, pediu desculpas pela publicação do artigo, afirmando que, devido ao passado de Groeschel, seu artigo foi ao ar sem uma edição apropriada. “Abuso infantil é indesculpável. Os editores da NCR se desculpam por publicar sem a devida clarificação ou questionamento as declarações do Padre Bernard Groeschel, que pareciam sugerir que as crianças são, de alguma forma, responsáveis pelos abusos. Nada é mais fora da verdade”. Segundo Melo, a revista exigiu a retratação do padre.

Venezuela investiga massacre de 80 ianomâmis por brasileiros


Líder indígena diz que mineradores ilegais no país cometeram os crimes.
Ataque ocorreu após tentativa de estupro que teve resistência.



A Promotoria da Venezuela investiga um suposto massacre de índios ianomâmi em uma aldeia situada na fronteira com o Brasil, num caso em que garimpeiros brasileiros são apontados como suspeitos da morte de até 80 de pessoas.
O suposto massacre, segundo testemunhas e sobreviventes, teria sido desencadeado pela tentativa dos garimpeiros de estuprar mulheres indígenas.
A Promotoria Geral da Venezuela indicou nesta quarta-feira (29) uma comissão para investigar o suposto ataque, que teria sido cometido em julho, mas cujos detalhes só vieram à tona nos últimos dias.
De acordo com a ONG Survival International, os índios, que teriam encontrado os corpos carbonizados das supostas vítimas do massacre, só conseguiram reportar a ação muito tempo após ela ter sido cometida, já que os ianomâmi vivem em uma região isolada e as testemunhas levaram dias para chegar a pé até o povoamento mais próximo.

'Corpos carbonizados'
Ainda segundo o relato de Luis Shatiwë, 'no último dia 5 de julho, um grupo de garimpeiros queimou a aldeia irothatheri. Em seguida, três visitantes chegaram à comunidade e encontraram os corpos carbonizados''.
''Ao tomarem outro caminho para voltar, os visitantes encontraram três sobreviventes no meio da selva, que narraram que os garimpeiros pretendiam abusar sexualmente de mulheres ianomâmis. Diante da resistência dos ianomâmis, que conseguiram resgatar as jovens, os mineiros começaram a murmurar e a se organizar para matar e destruir a comunidade. Foi assim que o ataque ocorreu'', afirmou Shatiwë.
''Os três sobreviventes disseram que não podiam abandonar a aldeia, já que tinham ali os corpos sem vida de seus entes queridos. E pediram aos visitantes que transmitissem a informação ao exterior e pedissem ajuda. Assim começou o itinerário de volta, que culminou nesta semana, com a apresentação da denúncia formal do massacre perante as autoridades de Puerto Ayacucho (na Venezuela)'', contou Shatiwë.
A denúncia foi apresentada perante a Promotoria-Geral e a Defensoria Popular, em Puerto Ayachucho, e também perante a 52ª Brigada de Guarnição Militar, que registrou os depoimentos.
Leia mais:

Polícia sul-africana reprime novo protesto de mineiros por melhores condições de trabalho

Manifestações em minas são consideradas ilegais pela justiça do país desde junho deste ano

A polícia sul-africana voltou a reprimir um protesto de trabalhadores nesta segunda-feira (03/09) na mina de Springs, ferindo pelo menos 4 manifestantes com tiros de bala de borracha e estilhaços de bombas de gás lacrimogêneo. 
Segundo as informações fornecidas pela Gold One, empresa responsável pela extração no local, um grupo de antigos funcionários, demitidos por conta de uma greve em junho deste ano, se reuniu na entrada da mina a fim de impedir pelo menos 500 pessoas de trabalharem.
Para dispersar os manifestantes e desbloquear o acesso aos operários, as forças policiais dispararam balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo. Depois do episódio, a produção na mina foi reestabelecida e todos os mineiros voltaram a realizar o seu trabalho. Não há informações se trabalhadores aderiram ao protesto desta segunda (03/09), mas a empresa reiterou que possui autorização para demitir grevistas.
Os operários de Aurora estão envolvidos em longa luta por melhores condições de trabalho e aumento de salário. Na semana passada, o líder político sul-africano Julius Malema pediu que os mineiros do local tornassem a mina “ingovernável” até que suas demandas fossem atendidas.
Em junho deste ano, depois de uma série de manifestações, a Gold One conseguiu uma interdição judicial proibindo qualquer tipo de protesto em suas minas. Como consequência disso, dezenas de trabalhadores foram demitidos, mas muitos continuam a se manifestar contra a política da empresa.

Massacre de Marikana
A repressão vem apenas duas semanas depois de policiais abrirem fogo contra 3 mil mineiros em greve em Marikana, matando 34 e ferindo 78 trabalhadores em um dos piores episódios de violência desde o fim do apartheid. O episódio gerou comoção nacional e internacional, com dezenas de protestos contra a violência policial.
Na quinta-feira (30/08), os promotores do país acusaram os próprios grevistas pelo assassinato de seus colegas, em vez das forças policiais.  “Isso é intimidação pura”, disse Patrick Cravez, porta-voz de federação sindical sul-africana. 
“Os advogados têm de ser muito estúpidos se acham que essas denúncias podem ser aceitas. A noção de que estes mineiros são responsáveis pelas mortes de seus companheiros é um absurdo”, acrescentou Cravez, segundo o jornal norte-americano New York Times.  
Depois dos protestos, a Procuradoria da África do Sul retirou no domingo (02/09), em caráter provisório, as acusações de assassinato contra os 270 mineiros que foram detidos durante o massacre. Nesta segunda (03/09), 162 dos 270 mineiros detidos após o massacre na mina de Marikana foram libertados.
http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/24095/policia+sul-africana+reprime+novo+protesto+de+mineiros+por+melhores+condicoes+de+trabalho.shtml

Major Curió e doutor Asdrúbal denunciados por crimes na ditadura

Brasília - O coronel da reserva do Exército Brasileiro, Sebastião Rodrigues de Moura, o Major Curió, e o major da reserva Lício Augusto Maciel, o doutor Asdrúbal, serão os primeiros militares brasileiros a responder pelos crimes de lesa-humanidade cometidos durante a ditadura militar. Em uma decisão inédita e histórica, a juíza da 2ª Vara Federal de Marabá, Nair Pimenta de Castro, recebeu as denúncias formuladas pelo Ministério Público Federal (MPF) contra dois dos agentes da ditadura apontados por vítimas e familiares como os maiores carrascos do período. 

Na denúncia, os dois são apontados como responsáveis pelo sequestro qualificado de militantes que atuaram na Guerrilha do Araguaia, na década de 1970, e estão desaparecidos até hoje. O major Curió é acusado de comandar as tropas que prenderam Maria Célia Corrêa (Rosinha), Hélio Luiz Navarro Magalhães (Edinho), Daniel Ribeiro Callado (Doca), Antônio de Pádua Costa (Piauí) e Telma Regina Cordeira Corrêa (Lia), entre janeiro e setembro de 1974. Todos eles foram capturados no Araguaia, levados a bases militares, submetidos à tortura e nunca mais foram vistos.

O doutor Asdrúbal é responsabilizado pela captura de Divino Ferreira de Souza, o Nunes. De acordo com as investigações do MPF, Divino foi emboscado no dia 14 de outubro de 1973 pelos militares chefiados por Lício, quando estava ao lado de André Grabois (o Zé Carlos), João Gualberto Calatroni (o Zebão) e Antônio Alfredo de Lima (o Alfredo). Apesar de ferido, Divino foi interrogado e torturado. Tal como os demais, não foi mais visto.

Na denúncia, o MPF defende que a responsabilização penal de Sebastião Curió e Lício Maciel é obrigação do Estado brasileiro diante da sentença da Comissão Interamericana de Direitos Humanos sobre o tema e não contradiz a Lei de Anistia ou o julgamento do Supremo Tribunal Federal, que a revalidou, em 2010. Para a acusação, os acusados são responsáveis por crimes contra a humanidade, que são imprescritíveis e não passíveis de anistia.

Ustra e Gravina
Em São Paulo tramita uma terceira ação penal relativa a crimes da ditadura, contra o ex-chefe do Doi-Codi, Carlos Alberto Brilhante Ustra, e o delegado da Polícia Civil, Dirceu Gravina, pelo crime de sequestro qualificado do bancário Aluizio Palhano Pedreira Ferreira, ocorrido em maio de 1971. A Justiça Federal, entretanto, negou o recebimento da denúncia. O MPF recorreu e aguarda julgamento de recurso.
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=20805