terça-feira, 27 de novembro de 2012

Esta é a polícia que nós temos... uma herança da ditadura militar!

É com esta questão que apresentamos três flagrantes de violência policial, ocorridas em lugares e situações diferentes. Como podemos confiar na polícia se ela age dessa forma? E isso parece ser um comportamento rotineiro, é só ver as crescentes denúncias nas corregedorias. Não podemos mais permitir a existência da PM tal como foi herdada da ditadura militar. É hora de avançar o debate sobre a desmilitarização da Polícia Militar.


1- Policiais envolvidos em agressão de torcedora são afastados, diz PM

Com a punição, PMs deixam de trabalhar nas ruas e fazem trabalho interno.
Torcedora agredida relatou que a situação 'foi constrangedora'.

Os policiais militares que agrediram a torcedora Ana Paula Lima antes da partida do Coritiba contra o Vasco da Gama no sábado (17), em Curitiba, foram afastados do serviço operacional. A informação foi confirmada pela Polícia Militar nesta quarta-feira (21).
Parte da agressão foi filmada por outra torcedora que participava da escolta realizada pela PM até o estádio. As imagens mostram um policial batendo a cabeça da vítima contra um portão de ferro.
De acordo com a assessoria de imprensa da PM, com a punição, os policiais deixam de atuar nas ruas e passam a trabalhar em serviços internos da corporação.
Além dos que aparecem na imagem, toda a equipe que participou da escolta também foi afastada dos serviços operacionais. A assessoria não soube confirmar a quantidade de policiais.

Assista o vídeo:

http://g1.globo.com/parana/noticia/2012/11/policiais-envolvidos-em-agressao-de-torcedora-sao-afastados-diz-pm.html

2- Ação da PM em Curitiba termina com agressões a idosa e abuso de poder

Advogada presa na ação diz que foi vítima de tortura e racismo dos policiais.
Família vítima dos policiais se preparava para jantar quando houve invasão.

Moradores do Bairro Alto, em Curitiba, acusam um grupo de policiais de abuso de autoridade. Em uma ação, no início da noite de sábado (24), eles invadiram uma casa, bateram nos moradores e prenderam 11 pessoas. Entre as vítimas das agressões, está uma idosa de 72 anos.
Conforme os moradores, a polícia invadiu a casa após um motociclista se recusar a mostrar os documentos do veículo aos policiais. O homem teria fugido para dentro da casa. Segundos depois, mais de uma dezena de PMs entrou no local. “Já entrou com cassetete para um lado, chutes para o outro. Já foi derrubando tudo. Foram entrando para dentro e massacrando”,  lembra a aposentada Zulmira Floriano.
Ela e a família se preparavam para jantar quando aconteceu a invasão. Zulmira, o marido, os três filhos e a mãe foram agredidos pelos policiais. Em vários locais da casa, as marcas de sangue comprovam a versão das vítimas. Num dos cômodos, três dias depois da confusão, os pedaços de um cassetete quebrado ainda estão no chão.
Vizinhos registraram parte da confusão. Nas imagens, é possível ver quando os policiais invadem a casa e como agem após prender os moradores. Num dado momento, um morador diz aos policiais “Agora vai falar que o piá (garoto) resistiu à prisão”. Um dos PMs, sai em busca de quem proferiu a frase. “Que você falou, hein, seu filho da p...?”, questiona o policial.
Outra vítima das agressões foi a advogada Andréa Vitor. Ela conta que foi ao local para saber o que estava acontecendo, mas acabou detida pelos policiais. Junto com outras 10 pessoas que foram presas, ela foi encaminhada para um módulo da Polícia Militar.
No local, ela afirma que os policiais agrediram novamente os presos. “Eles me deram um tapa no rosto”, lembra. A advogada diz que também foi vítima de racismo. “Advogada, com essa corzinha, sua negra vagabunda, sua preta vadia”, teriam dito os policiais a ela.
O corregedor-geral da Polícia Militar, César Kogut, reconheceu o abuso dos policiais. Segundo ele, o caso será investigado pela corregedoria. “Existem indícios de que houve abuso de poder e abuso de autoridade. Isso vai ser apurado, tanto que foi aberto inquérito”, afirma.
Para o advogado de Andréia, Elias Mattar Assad, o caso configura, além de racismo, crime de tortura. “A atitude da PM não se pautou dentro da lei. E quando não se pauta dentro da lei, é barbárie”, diz.
Assista o vídeo: http://g1.globo.com/parana/noticia/2012/11/acao-da-pm-em-curitiba-termina-com-agressoes-idosa-e-abuso-de-poder.html

3- CPC analisa imagens de PMs agredindo suspeitos rendidos Corregedor-geral afirma que responsáveis poderão ser expulsos da corporação

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O comandante do policiamento da capital, coronel Gilmar Batinga, analisa as imagens de policiais militares agredindo suspeitos já rendidos, que foram divulgadas pela TV Gazeta e pelo Jornal Nacional, da Rede Globo, na noite dessa segunda-feira (26). Segundo a corregedoria da PM, os responsáveis poderão ser expulsos da corporação.
Além da gravação, o coronel também coleta documentos para encaminhar à corregedoria da Polícia Militar, que espera instaurar o processo administrativo até a próxima quarta-feira (27).

“Somente pelas imagens, provavelmente não será possível identificar os agressores, mas vamos investigar porque também é nossa vontade punir os responsáveis por isso”, declarou o corregedor-geral da PM, coronel Louverci Monteiro de Oliveira.

Uma vez instaurado, a corregedoria tem 30 dias para concluir as investigações, podendo esse prazo ser prorrogado por mais 15 dias. “As penas possíveis para os atos que eu vi nas imagens podem ser de prisão administrativa [quando o militar fica recluso no quartel da PM] ou licenciamento [expulsão da corporação]”, explicou o corregedor-geral.

O vídeo
O vídeo enviado à TV Gazeta mostra policiais militares agredindo suspeitos já rendidos, durante operação no Trapiche da Barra, em Maceió. Além de socos e pontapés, um dos policiais utiliza um aparelho de choque contra um acusado que está de joelhos. Os militares pertencem ao Batalhão de Radiopatrulha e as cenas foram flagradas por um cinegrafista amador. 

Assista o vídeo: http://gazetaweb.globo.com/noticia.php?c=328471&e=12 

Cerca de 200 policiais militares são denunciados por ano, diz corregedoria

Cerca de 200 denúncias contra policiais militares são registradas anualmente pela corregedoria da PM, afirmou o corregedor-geral, coronel Louverci Monteiro de Oliveira. As punições para casos dessa natureza podem ser de prisão administrativa, quando o militar fica recluso no quartel, até licenciamento, quando o agente é expulso da corporação.
O coronel garantiu que todas as queixas são devidamente apuradas. “Mas o procedimento administrativo demora um pouco porque precisamos respeitar todo o processo legal, garantindo o princípio do contraditório e da ampla defesa”, explicou o corregedor-geral, que informou que o prazo para a conclusão do inquérito é de 30 dias, podendo ser prorrogado por mais 15.

http://gazetaweb.globo.com/noticia.php?c=328474&e=12

Um refrigerante por dia aumenta risco de câncer de próstata


Homens que consomem uma lata de refrigerante por dia estão sujeitos a um risco maior de desenvolver câncer de próstata, segundo um estudo sueco anunciado nesta segunda-feira.
"Entre os homens que consomem uma grande quantidade de refrigerantes ou outras bebidas com adição de açúcar, constatamos um risco de câncer de próstata aproximadamente 40% maior", disse à AFP uma das autoras do estudo, Isabel Drake.
O estudo, que será publicado na próxima edição do American Journal of Clinical Nutrition, baseia-se no acompanhamento de mais de 8.000 homens da região da cidade de Malmö (sul da Suécia), com idade entre 45 e 73 anos, durante uma média de 15 anos. Todos anotaram minuciosamente os alimentos e bebidas que ingeriram.
Aqueles que beberam um refrigerante (330 ml) por dia estiveram 40% mais propensos a desenvolver câncer de próstata, necessitando de tratamento.
Além disso, aqueles que tiveram uma dieta rica em arroz e massas apresentaram 31% mais chances de desenvolver formas mais benignas do câncer. Este risco foi aumentado em 38% para aqueles que ingeriram grandes quantidades de açúcar no café da manhã, relatou a pesquisadora.
Estudos anteriores já haviam indicado que os chineses e os japoneses que viviam nos Estados Unidos, o maior consumidor de refrigerantes do mundo, desenvolveram câncer de próstata com mais frequência do que os compatriotas que permaneceram em seu país.
Uma pesquisa aprofundada sobre a resposta a diferentes dietas de acordo com a genética torna possível "adaptar as recomendações em termos de comida e bebida para certos grupos de alto risco", considerou Drake.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Israel em Gaza: o criminoso que se faz de vítima


Há uma coisa estranha no conflito israelo-palestiniano: apesar de durar há décadas, os ataques israelitas são sempre apresentados como uma resposta a qualquer coisa. Ou seja, a história, que não tem fim e da qual já se perdeu o início, começa sempre a ser contada a partir de um qualquer ataque palestino. E assim se apresenta povo que não tem direito a um Estado, que está impedido de ter forças armadas, comércio externo, economia e território contíguo, que tem grande parte do seu território ilegalmente ocupado, que vive cercado por muros e humilhado em checkpoints dentro do seu próprio País e que não vê nenhuma das deliberações da ONU respeitada pelo seu vizinho como o agressor.
Mesmo para quem não conheça a realidade palestina - sobretudo em Gaza, onde mais de um milhão e meio de pessoas vive amontuada num gueto -, bastaria olhar para a desproporcionalidade dos ataques israelitas para perceber o absurdo desta narrativa. Perante uns rockets artesanais que mataram três israelitas as forças de Israel lançaram uma ofensiva que, em apenas oito dias, provocou noventa mortos e 720 feridos.
Mas a ofensiva mais recente não começou a semana passada nem é uma resposta a coisa alguma. Entre Dezembro de 2008 e Janeiro de 2009, foram mortos centenas de civis em Gaza. As repetidas incursões na faixa de Gaza provocaram, só no ano passado, 108 mortos e 468 feridos. Este ano, até esta ofensiva, e especialmente no mês de Setembro, os ataques israelitas a Gaza provocaram 55 mortos e 257 feridos.
Esta nova onda de violência ganhou uma nova escala com o assassinato, por Israel, do dirigente do Hamas Ahmed al-Jabari, quando este participava, através da mediação egípcia, na negociação para uma trégua nos confrontos. E não corresponde, ao contrário do que é dito pelo governo israelita, a uma reação, mas a um gesto político. A ofensiva militar israelita integra-se numa campanha para boicotar a iniciativa da OLP de propor a elevação do estatuto da representação diplomática da Palestina na ONU. E, tal como aconteceu no final de 2008, dá-se a poucos meses da realização de eleições em Israel. Ou seja, corresponde à criação de um ambiente internacional e interno que favoreça as posições mais radicais nos dois lados. Ambiente que, como se sabe, tem historicamente beneficiado as posições expansionistas do Estado de Israel e a impossibilidade da Palestina ter, como é seu direito, um Estado viável.
Até quando continuará a comunidade internacional a tratar os palestinos como sub-humanos sem direito a tudo a que um povo tem direito? Até quando continuaremos a comprar a narrativa de um agressor crônico que se usa a má-consciência do Mundo para garantir a passividade internacional perante os seus crimes? Até quando continuaremos a justificar o injustificável? 
http://expresso.sapo.pt/israel-em-gaza-o-criminoso-que-se-faz-de-vitima=f768084 

Israelense de 19 anos prefere a cadeia ao ataque a Gaza

O jovem Natan Blanc, de 19 anos, seguiu para a prisão neste domingo porque se recusou a tomar parte neste novo ataque a Gaza. "Como cidadãos e seres humanos, temos um dever moral de recusar a participar desse jogo cínico. É por isso que eu decidi recusar entrar para o Exército Israelense em 19 de novembro de 2012”', diz o jovem em uma carta que denuncia a "onda de militarismo agressivo" em Israel.

No Blog de Moriel Rothman, um escritor e poeta israelense e estadunidense, que mora em Jerusalém e saiu há pouco da prisão militar por ser um "refusenik", está a carta de Natan Blanc. Moriel tem 23 anos e já cumpriu sua pena por ter se recusado a servir, em outubro deste ano. Os "refuseniks" são os cidadãos israelenses que se recusam a ingressar nas Forças de Defesa de Israel para atuar além da fronteira da linha verde, que é a fronteira reconhecida pelas Nações Unidas como legitimamente pertencente ao Estado de Israel, e que datam de 1967.

O movimento surgiu em meio aos bombardeiros entre Israel e o Líbano, em 1982, quando pilotos da Força Aérea Israelense decidiram não bombardear civis e não tomar parte em operações militares fora de Israel. De 1982 para cá, os refuseniks cresceram e criaram uma rede internacional de solidariedade, que hoje em dia conta com uma rede de financiamento para ajudar às famílias dos "refuseniks" que, além de enviados a prisões militares, perdem o direito ao soldo.

A primeira geração de "refusenik" é fundadora do estado de Israel e tem dentre os seus mais ilustres membros o escritor, falecido em novembro do ano passado, Peretz Kidron. Kidron, de origem austríaca e militante de toda a vida da esquerda sionista, era membro da Força Aérea e protagonizou o movimento de recusa de tomar parte nos ataques que “cruzaram a linha vermelha”, na linguagem deles, contra as populações civis no Líbano.

Desde meados dos anos 80, ele e os seus companheiros de resistência criaram o movimento Yesh Gvul (“Há um limite”), e inspiraram muitos outros militares a não ultrapassarem a linha que é de direito israelense.

A segunda onda de "refuseniks" surgiu, não por acaso, por ocasião da Segunda Intifada, que irrompeu durante o governo de Ariel Sharon. Também em 2006, na operação que resultou num ataque ao sul do Líbano, uma nova geração de refuseniks se organizou e, agora, seis anos depois, novos refuseniks, mais jovens, manifestam sua disposição de ir para a prisão militar, mas não combater e não tomar parte nos combates além da linha verde.

No blog de Moriel Rothman, hoje, está a carta de Natan Blanc, 19 anos, que neste domingo, 19, segue para a prisão, porque se recusou a tomar parte neste ataque a Gaza.

Segue a carta de Natan:

“Eu comecei a pensar em recusar a tomar parte no exército israelense durante a operação ‘Chumbo Fundido’ em 2008. A onda de militarismo agressivo que varreu o país, então, as expressões de ódio mútuo e o vácuo de conversas a respeito do caráter de nosso terror e da criação de um efeito de dissuasão, sobretudo, impulsionaram minha recusa.

Hoje, depois de anos cheios de terror, sem um processo político [por meio de conversações de paz], e sem tranquilidade em Gaza e em Sderot, está claro que o governo Netanyahu, assim como o de seu antecessor, Olmert, não estavam interessados em encontrar uma solução para a situação existente, mas, antes, em preservá-la.

Do ponto de vista deles, não há nada errado em iniciarmos a “Operação Chumbo Fundido 2” a cada três ou quatro anos (e então a operação chumbo fundido 3, 4, 5 e 6): nós falaremos em dissuasão, nós vamos matar algum terrorista, nós perderemos alguns civis em ambos os lados, e nós prepararemos o terreno para uma nova geração cheia de ódio de ambos os lados.

Como representantes do povo, os membros do gabinete não têm qualquer dever de apresentarem sua visão para o futuro do país, e podem continuar com esse círculo sangrento, sem fim à vista. Mas nós, como cidadãos e seres humanos, temos um dever moral de recusar a participar desse jogo cínico. É por isso que eu decidi recusar entrar para o Exército Israelense em 19 de novembro de 2012”.


Natan Blanc

http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=21275

Assista o vídeo:
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=-Ga0s936ldU

Turquia acusa Israel de "limpeza étnica" em Gaza

O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, acusou os líderes de Israel de buscar eliminar a população palestina na Faixa de Gaza. Ele disse que as ações israelenses não podem ser classificadas como autodefesa contra os ataques com foguetes do Hamas, como os EUA e outros aliados de Israel fazem. Erdogan descreveu a ofensiva como "terrorismo" e chamou as ações israelenses de uma "tentativa de limpeza étnica".
As declarações de Erdogan vêm à tona no momento em que o ministro das Relações Exteriores da Turquia e ministros das Relações Exteriores da Liga Árabe se dirigem a Gaza para tentar assegurar uma trégua. A Turquia era um dos poucos países muçulmanos que tinham boas relações com Israel, mas elas chegaram ao fim após uma incursão israelense contra um navio de ajuda humanitária em 2010.

http://br.noticias.yahoo.com/turquia-acusa-israel-limpeza-%C3%A9tnica-gaza-143000922.html

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Estado terrorista de Israel massacra palestinos na Faixa de Gaza

Sobe para 100 número de mortos por ataques a Gaza

Novos ataques aéreos de Israel contra regiões da superpovoada Faixa de Gaza elevaram a cem o número de palestinos mortos nos bombardeios dos últimos dias, informaram autoridades locais nesta segunda-feira. Um integrante do alto escalão do grupo islâmico Hamas morreu num bombardeio a um centro de mídia na Cidade de Gaza, mas a maior parte das vítimas dos ataques israelenses é civil.
Israel intensificou os bombardeios durante o fim de semana e passou a atacar casas de líderes do Hamas, agremiação que governa a Faixa de Gaza. Com isso, 24 civis morreram em apenas dois dias, disse um funcionário da secretaria de saúde de Gaza.
A intensificação dos bombardeios israelenses ocorre em um momento no qual o Egito tenta mediar um cessar-fogo entre Israel e o Hamas. Os dois lados se dizem "abertos" a uma solução diplomática, mas os mediadores ainda não conseguiram conciliar as exigências das partes em conflito.
Em seis dias de violência, cem palestinos e três israelenses morreram. Dos cem palestinos mortos, 53 eram civis. Os três israelenses mortos eram civis atingidos por um foguete disparado de Gaza em direção a Tel-Aviv.
Os bombardeios israelenses a Gaza também feriram 840 pessoas, inclusive 225 crianças, segundo Ashraf al-Kidra, da secretaria de saúde de Gaza. Já os disparos de foguetes por militantes palestinos feriram dezenas de pessoas. As informações são da Associated Press.

http://www.dgabc.com.br/Mobile/Noticia.aspx?idNews=5994822

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Turquia acusa Israel de atacar Gaza por interesses eleitoreiros

O primeiro-ministro da Turquia, o islamita moderado Recep Tayyip Erdogan, criticou Israel nesta sexta-feira pelos ataques contra o lado palestino da faixa de Gaza e acusou o governo desse país de agir com interesses eleitoreiros.
"Antes das eleições (de janeiro), estão disparando contra essa gente inocente em Gaza por razões que são inventadas", disse Erdogan em entrevista em Istambul. "A Turquia está com nossos irmãos em Gaza e com a legítima causa do povo palestino. Minha intenção é falar na noite de hoje com (o presidente dos Estados Unidos, Barack) Obama para comunicá-lo sobre isso pessoalmente", acrescentou o primeiro-ministro turco.
Erdogan também revelou que pediu uma reunião com o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, e com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. "Quero que o Conselho de Segurança das Nações Unidas tome as decisões necessárias, e que as potências mundiais ponham fim a este ataque de Israel", afirmou o primeiro-ministro.
"Já não temos qualquer relação com Israel", lembrou Erdogan para explicar por que não procurou diretamente o governo israelense, com o qual a Turquia manteve durante anos uma estreita relação estratégica e militar. Esta relação foi suspensa depois do violento ataque israelense à chamada "Flotilha da Liberdade", que seguia rumo a Gaza, em maio de 2010.
O líder comparou o atual conflito de Gaza com o do ano de 2008, que aconteceu semanas antes das eleições em Israel. Erdogan, que viaja amanhã ao Cairo, também prometeu conversar sobre o conflito com o presidente egípcio, Mohammed Mursi, mas negou que tivesse intenção de entrar em Gaza.
Organizações islamitas turcas convocaram para hoje em Istambul uma manifestação de protesto contra Israel.

http://noticias.terra.com.br/noticias/0,,OI6306600-EI188,00-Erdogan+acusa+Israel+de+atacar+Gaza+por+interesses+eleitoreiros.html

Estado assassino de Israel recomeça a matança anual de palestinos

Israel retoma a carnificina anual com objetivo de exterminar o povo palestino.


15 civis assassinados, entre eles uma grávida e um bebê de sete meses, e mais de cem feridos

Dois dias antes de Israel assassinar líder do Hamas e semear a morte em Gaza, seu ministro do Exterior ameaçou presidente palestino se for mantida proposta de reconhecimento do Estado da Palestina na ONU

No dia 14 de novembro, o exército israelense atacou em vários pontos da Faixa de Gaza, incluindo a principal cidade, Gaza e ainda Khan Younis e Beit Lahia.
A agência de notícias palestina, Ma’an, informa a morte de 15 civis e mais de 100 feridos logo no primeiro dia de bombardeios. Entre os assassinados reportados, um bebê de 7 meses, Ranan Arafat (cujo corpo ficou incinerado), uma menina de 7 anos e mais um garoto de 11 vítima de um obus de tanque. Uma mulher, grávida de gêmeos, também faleceu.
Os ataques, até o fechamento dessa edição, foram através de mísseis lançados por caças israelenses e obuses atirados por tanques na fronteira com a Faixa de Gaza contra uma das regiões mais povoadas do mundo. Em 2008, um ataque criminoso a Gaza, perpetrado pelo mesmo premiê Netanyahu, destruiu cerca 4.000 casas palestinas e atingiu 53 instalações patrocinadas pela ONU. Mais de mil palestinos morreram nos 23 dias de bombardeios constantes, incluindo mais de 400 crianças e adolescentes.
Outro ataque lançado em março deste ano tirou a vida de 25 palestinos.
Antes do bombardeio generalizado, o regime israelense assassinou, Ahmad Al Jabari, uma das principais lideranças e responsável pelo aparato armado do Hamas na Faixa de Gaza, com um míssil sobre o carro onde se encontrava.
O assassinato de Jabari foi um dos mais absurdos já cometidos pelos israelenses, uma vez que ele era a liderança indicada pelo Hamas para acompanhar o cessar-fogo acordado entre esta facção palestina (que detém o poder na Faixa de Gaza) e o governo de Israel. Jabari também fora o negociador pelos palestinos de Gaza nas conversações que levaram a liberação do soldado israelense Gilad Shalit (que fora detido pelas forças de resistência palestinas) mediante a soltura de presos palestinos nas prisões israelenses. A soltura de Shalit era um anseio não só de seus familiares, mas de todos os israelenses.
Os primeiros misseis lançados por Israel logo após a morte de Jabari foram contra instalações da polícia e outras forças de segurança palestinas em Gaza.
O governo de Israel já sinaliza com uma escalada ainda maior contra Gaza e seus reservistas já foram convocados e o exército, segundo a agência de notícias, Rússia Today, "não descarta a expansão do ataque, incluindo com o uso de forças terrestres em invasão", como ocorreu em 2008. Depois do desgaste do morticínio de 2008, uma chacina confessa até no nome da operação, "Chumbo derretido", Israel agora chama a nova agressão de "Pilar de defesa".
Mesmo depois da morte de crianças e mulheres palestinas Netanyahu disse que se tratavam de "operações cirúrgicas com armas de alta precisão" e que Israel estava "fazendo todo o possível para não causa danos a civis".
Obama ligou para Netanyahu para dizer que "Israel tem o direito à defesa" e também se disse preocupado "que os civis não sejam prejudicados".
Tudo isso ocorre dois dias depois do ministro do Exterior de Israel, Avigdor Lieberman, ter contatado todos os embaixadores de seu regime e afirmado que se a Autoridade Nacional Palestina (ANP) mantiver a proposta de reconhecimento do Estado Palestino na ONU "todos os acordos de Oslo serão rompidos".
A ANP conclamou o Conselho de Segurança da ONU a se posicionar diante das "ações criminosas e ilegais" de Israel.
O enviado palestino à ONU, Riyad Mansour, chamou o CS da ONU – através de seu atual presidente, o embaixador da Índia, Hardeep Singh Puri - a "deter Israel que provoca outro ciclo de violência e derramamento de sangue".
"Mais uma vez a comunidade internacional é testemunha de um malfadado massacre por parte de Israel, através do uso dos meios militares mais letais e medidas ilegais contra a indefesa população civil palestina", declarou ainda Mansour.

http://www.cut.org.br/destaque-central/50575/israel-retalia-estado-palestino-na-onu-com-chacina-em-gaza

 

 

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Mais um crime monstruoso da PM de São Paulo

Provas mostram que PMs tiveram intenção de matar, diz delegado. Diretor do DHPP pedirá à Justiça a prisão preventiva dos policiais detidos. 

A investigação da Polícia Civil tem provas de que policiais militares tiveram intenção de matar o servente Paulo Batista do Nascimento, segundo o delegado Jorge Carrasco, diretor do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). O crime aconteceu no Campo Limpo, na Zona Sul de São Paulo, no sábado (10). Parte da ação da PM foi filmada por um morador da região. Os cinco policiais suspeitos estão presos administrativamente desde domingo (11) no prédio da Corregedoria da PM.
Ao registrar a ocorrência, os policiais alegaram que abordaram suspeitos em um carro roubado,  houve troca de tiros e o corpo do servente foi encontrado depois em uma viela. Entretanto, um cinegrafista amador registrou os policiais prendendo o servente em uma casa e o levando para o carro da corporação. Neste momento, o vídeo registra o barulho de um disparo.
Em entrevista nesta terça-feira (13) ao Bom Dia Brasil, Carrasco disse que os fatos contradizem a versão dos policiais.  “Nós temos um inquérito aqui que se iniciou como uma resistência [à prisão seguida de morte], e, posteriormente, dadas as provas já colhidas nos autos, depreendeu-se que se trata um homicídio doloso [quando há intenção de matar] contra a vida. Ou seja: homicídio", disse Carrasco.
Os cinco PMs envolvidos são o tenente Halstons Kay Yin Chen e os soldados Francisco Anderson Henrique, Marcelo de Oliveira Silva, Jailson Pimentel de Almeida e Diógenes Marcelino de Melo.
"Os autores são essa guarnição. Todos tomaram conhecimento daquela imagem", disse o delegado. Segundo o diretor do DHPP, um dos suspeitos foi ouvido pela Polícia Civil na segunda-feira. Nesta terça, outros integrantes da equipe serão ouvidos. "Posteriormente, será pedida a prisão preventiva de todos”, disse Carrasco.
"As provas estão nos autos já dão, inconteste, que houve um crime doloso contra a vida, homicídio”, argumentou. “Todos os casos de resistência são investigados no DHPP e já tivemos casos em que houve uma simulação de resistência e os seus autores foram responsabilizados perante a Justiça”, comentou.


http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2012/11/para-delegado-ha-provas-de-que-pms-tiveram-intencao-de-matar-servente.html

Comentáio do blog: Tá na hora de desmilitarizar as polícias no Brasil, até a ONU reconhece isso. Não podemos mais tolerar isso. A ditadura militar já passou e este entulho continua.
É necessário a desmilitarização das polícias e o reconhecimento do direito de organização e de greve dos policiais.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

2º ENCONTRO PELA REVOGAÇÃO DA LEI DAS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS - OSs

Movimento sindical realizará encontro nacional contra as chamadas "organizações sociais", nova fachada da privatização da saúde. Veja abaixo a convocatória.

No ano passado em julho realizamos o Encontro pela revogação da lei das organizações sociais em Florianópolis (SC), onde reunimos 75 representantes, sindicatos, movimentos de saúde, movimentos populares, parlamentares de SC, SP,PR, MT, MG E AL e aprovamos uma série de encaminhamentos para fazer frente a política de destruição dos serviços públicos através das OSs. 


Nos estados várias atividades foram realizadas, comitês constituídos, intervimos nos congressos da CUT para apoiarem a luta e na Conferência Nacional da Saúde (dezembro) uma delegação entregou ao Ministro da Saúde Alexandre Padilha mais de 10.000 assinaturas no abaixo assinado dirigida a Presidente Dilma pedindo a revogação da Lei 9637/98, que criou as OSs em território nacional e também o Dossiê que elaboramos sobre as consequências das OSs nos serviços públicos. Na audiência o Ministro ouviu e respondeu as questões e se comprometeu a continuar a discussão em São Paulo, infelizmente esta continuidade não se deu. Mas a luta não parou... 

Baixar Panfleto
Nos estados e municípios, governadores e prefeitos continuam a ofensiva de implantar as OSs para privatizar os serviços públicos, em especial da saúde, entregando hospitais, UBS, centro de diagnósticos a terceiros cujo interesse são os recursos públicos. Nas propagandas eleitorais todos dizem defender a saúde, mas não dizem se manterão ou revogarão as OSs, enquanto a saúde agoniza. De nosso lado estamos ao lado de todos que lutam para defender os serviços públicos e contra esses ataques que visam privatizar os serviços públicos. 



Desta forma o compromisso assumido em Florianópolis está de pé: “continuar lutando em defesa do serviço público contra a implantação das OSs”. 
E avaliamos que chegou o momento de nos reunirmos novamente nacionalmente para avaliar nossas lutas até o momento e discutir novos passos na luta pela revogação da lei que criou as OSs.

Convidamos assim aqueles que estiveram em Florianópolis e chamamos também outros companheiros, sindicalistas, parlamentares, movimentos de saúde e populares a se somarem a esta luta e se reunirem em São Paulo no II ENCONTRO PELA REVOGAÇÃO DA LEI DAS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS (OSs) em 24 de novembro a partir das 9 horas, local SIMESP, sindicato dos médicos de SP.
http://organizacaosocialnao.blogspot.com.br/2012/10/2-encontro-pela-revogacao-da-lei-das.html

domingo, 11 de novembro de 2012

Estada assassino de Israel mata cinco palestinos em Gaza

GAZA - Bombardeios de tanques israelenses mataram pelo menos cinco palestinos e feriram 25 na Faixa de Gaza neste sábado, após um suposto ataque a uma patrulha do Exército de Israel na fronteira, disseram médicos palestinos e testemunhas locais. O número de mortos foi um dos maiores em um único incidente em Gaza nos últimos meses.
Moradores disseram que uma tenda lotada usada como local de um velório no bairro de Shijaia, perto da Cidade de Gaza, estava cheia de pessoas prestando homenagens a um homem enlutado, quando uma bomba os atingiu. Ambulâncias, carros privativos e motocicletas levaram os feridos às pressas para o hospital, disseram testemunhas. Dentre os mortos estava um rapaz de 18 anos.
- A mira da ocupação contra civis foi uma grave escalação, que não deve passar em silêncio - disse o porta-voz do Hamas Fawzi Barhoum. - A resistência deve ser reforçada para bloquear a agressão.
A Faixa de Gaza, um populoso território costeiro com mais de 1,5 milhão de pessoas, a maioria deles refugiados, é controlada pelos islamitas do Hamas, que rejeitam o direito de existência do Estado de Israel.
O Exército israelense negou-se a comentar imediatamente, porém, a mídia local informou que um carro de patrulha do Exército havia sido atingido e gravemente danificado por um míssil anti-tanque no leste da Cidade de Gaza, pouco antes do ataque em Shijaia.Em um incidente separado em outro local, quatro pessoas ficaram feridas em um ataque aéreo israelense na cidade de Khan Younis.
Em um ataque na quinta-feira, um menino de Gaza foi morto por um tiro israelense enquanto tropas travavam um tiroteio com militantes palestinos. Pouco depois, militantes explodiram um túnel cheio de explosivos perto da fronteira.

http://br.noticias.yahoo.com/ataque-israelense-mata-ao-cinco-palestinos-gaza-005345080.html

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Espanhola suicida-se no País Basco após ordem de despejo

Amaya Egaña, que hoje se suicidou no momento em que ia ser desalojada, atirando-se da varanda do seu apartamento em Barakaldo, Biscaia, era casada com o ex-conselheiro local do PSE , José Manuel Asensio.

Nas últimas três semanas, é a segunda morte em Espanha relacionada com uma execução hipotecária. Amaya Egaña, 53 anos, funcionária do Bizkaibus, o serviço interurbano de autocarros, atirou-se esta manhã do seu apartamento no bairro de Burtzeña, em Barakaldo, no País Basco, no momento que ia ser desalojada. Caiu numa zona ajardinada junto ao edifício de seis andares onde morava, mas não teve morte imediata. O INEM local chegou quase de imediato, mas não conseguiu salvá-la.
Egaña, que era militante socialista e foi durante um ano e meio conselheira da localidade de Eibar, nos anos 80, era mulher de José Manuel Asensio - ex-conselheiro do PSE de Barakaldo - com quem tinha um filho de 21 anos. 
"Destroçado pela morte de uma amiga. Os despejos estão a converterem-se na face mais cruel da crise", escreveu na sua conta no Twitter o lehendakari (presidente do governo autonómico do País Basco espanhol), Patxi López, que conhecia pessoalmente a vítima e o seu marido.

Nos primeiros seis meses deste ano, foram expulsas das suas casas 137 famílias baracaldesas.
No passado dia 26, um homem de 53 anos, desempregado há quatro anos, atirou-se da varanda da sua casa em Burjassot, Valência, mas sobreviveu. No dia anterior, José Miguel Domingo, 53 anos, foi encontrado morto no pátio do edifício onde residia em Chana, Granada. Pouco depois, chegaram os agentes que iam proceder ao despejo.
As ações de protestos contra os despejos sucedem-se um pouco por todo o país.

Greve geral contra austeridade paralisa a Grécia


Paralisação deve durar dois dias. Manifestação afetará transportes, índústrias e empresas públicas.

A Grécia despertou paralisada nesta terça-feira (6) devido ao início de uma greve geral de dois dias contra as novas medidas de austeridade que o governo de Antonis Samaras pretende aprovar no Parlamento nesta quarta (7).
Hoje não funcionarão metrô, ônibus, trólebus, bonde e trens nas principais cidades do país, Atenas e Salônica.
As embarcações, tanto de transporte de mercadorias como de passageiros, não sairão dos portos devido à adesão de marinheiros, estivadores e funcionários portuários.
Os controladores aéreos realizarão uma greve de três horas, o que levou ao cancelamento de uma dúzia de voos, enquanto outros 30 sofrerão atrasos.
Espera-se também uma paralisação em massa no setor industrial, nas empresas de titularidade pública e na administração.
Os centros de saúde e hospitais, por sua vez, só funcionarão para casos urgentes. Por fim, os advogados continuam a sua greve, que começou ontem e irá até sexta-feira (9).

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Alta no preço dos combustíveis faz gregos enfrentarem inverno mais gelado

Aumento do custo de sistemas de calefação obriga população a comprar aquecedores elétricos ou lenha

A decisão do governo de grego de elevar a carga tributária sobre os combustíveis fósseis que alimentam sistemas de calefação aumentou em 40% o custo de manutenção desse tipo de aquecimento e poderá tornar mais frio o inverno da maior parte da população.
Hoje, um litro do óleo de calefação custa de 1,3 a 1,4 euros. Em abril, esse valor girava em torno da marca de 1,05 euros. Nesse inverno, o custo mensal para o aquecimento pode chegar a cerca de 200 euros.
"Este ano não vamos acender a calefação central do prédio porque não temos dinheiro para pagar a barbaridade que está custando", disse em entrevista ao El Mundo Panagiotis Conti, morador do centro de Atenas. "Aqueles que quiserem se aquecer terão que comprar um aquecedor elétrico", revela. Desde o outono de 2011, o poder aquisitivo dos gregos já caiu 25%, o que tornou a questão do aquecimento uma prioridade para muitos.
Protestos contra a alta dos preços dos combustíveis de calefação não se limitaram a Atenas e foram particularmente mais intensos no norte do país, região montanhosa e, portanto, mais fria. Na última terça-feira, moradores das duas cidades mais frias da Grécia, Florina e Kastoria, despejaram cubos de gelo em frente ao edifício do Parlamento.
Entre os estudantes e os aposentados, o quadro é ainda mais crítico. Com aposentadorias cortadas devido às medidas de austeridade, os mais idosos tem cada vez menos condições de arcar com os custos do aquecimento. Entre os estudantes, a pergunta mais comum no momento de alugar um apartamento é se a calefação central do edifício será ligada durante o inverno.
Desde 2011, a venda de lenha praticamente dobrou na Grécia. A maior demanda fez com que seu preço crescesse 10% no período, mas, ainda assim, trata-se de um combustível 60% mais econômico que o óleo fóssil.
Sob a perspectiva ambiental, esse crescente consumo de madeira trouxe efeitos negativos. O governo registrou um aumento no número de casos de exploração ilegal e agora é maior o risco de áreas florestais sofrerem com processos de desmatamento.
Nos supermercados de Atenas, a demanda por aquecedores elétricos é cada vez maior. De acordo com uma vendedor consultada pelo El Mundo, os aparelhos “estão vendendo bem e venderão ainda mais”. Também cresceu a venda de edredons e cobertores, especialmente em zonas periféricas da capital.

http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/25238/alta+no+preco+dos+combustiveis+faz+gregos+enfrentarem+inverno+mais+gelado.shtml


sábado, 3 de novembro de 2012

Sob críticas, Portugal aprova elevação de impostos

E ainda quer cortar 4 bilhões de euros em 2013 e 2014. A economia desse valor implica em maior redução dos gastos com proteção social, saúde, educação e ciência

A assistente administrativa Fátima Silva, 44 anos, prepara-se para emigrar em fevereiro para a Inglaterra, onde irá trabalhar como faxineira em um hospital em Londres e ganhar mais do que recebe trabalhando em um escritório em Lisboa. Segundo ela, o salário atual (em torno de 500 euros por mês, cerca de R$ 1.350) não tem sido suficiente para viver em Portugal.
A assistente administrativa era uma das centenas de pessoas entre desempregados e militantes de partidos de esquerda que, convocadas por meio das redes sociais, protestavam até a noite de ontem (31) contra o Orçamento do Estado proposto pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e aprovado na Assembleia da República de Portugal.
"Mais uma vez vamos continuar a ser penalizados. Vão nos retirar o ordenado, vão nos retirar benefícios sociais, vamos pagar bens de consumo mais caros. Empresas vão continuar fechando e as pessoas continuarão com salários em atraso. Nós não sabemos se vamos receber auxílio de Natal [equivalente ao décimo terceiro salário]", reclamava Fátima.
O quadro descrito pela assistente administrativa ilustra as opiniões e as expectativas de grande parte da população de Portugal que, por causa da crise econômica na zona do euro, teme o agravamento da recessão. O próprio governo admite piora do quadro econômico. "Tendo em conta o padrão de ajustamento em 2012, prevê-se uma contração adicional da procura interna (...) No que diz respeito ao consumo privado, a quebra de 2,2% explica-se pelo agravamento do desemprego e pelo aumento de impostos sobre o rendimento", disse o ministro de Estado e das Finanças, Vitor Gaspar, ao defender esta semana a proposta do governo na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública da Assembleia.
O Orçamento aprovado ontem visa a reduzir a dívida pública por meio do aumento de impostos das pessoas físicas. No entanto, especialistas acreditam que a medida não será suficiente para que o país tenha superávit fiscal como nos últimos anos.
Por isso, o governo quer editar medidas adicionais e economizar mais 4 bilhões de euros no próximo ano e em 2014. "Foi iniciado um processo de análise detalhada das contas públicas com objetivo de identificar 4 bilhões de euros. Estamos fortemente empenhados em garantir que esse processo seja bem sucedido e que as suas conclusões sejam traduzidas tão cedo quanto possível em 2013 e 2014", disse Gaspar.
A economia desse valor implica em maior redução dos gastos com proteção social, saúde, educação e ciência - o Orçamento de 2013 estabelece o corte de mais de 1,3 bilhão de euros nesses setores (51% dos cortes aprovados pela Assembleia da República). Para tanto, o governo terá de reformar a Constituição e reduzir os gastos com o Estado de bem-estar social. "Reformar é defender o Estado social", disse ontem no Parlamento o ministro de Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, principal liderança do Centro Democrático Social/ Partido Popular (CDS/PP) a legenda que forma com o Partido Social Democrata (PSD), de Passos Coelho, a base de sustentação do governo.
A reforma da Constituição é um passo estratégico para o governo que tenta evitar que as decisões venham a ser desautorizadas pela Justiça (como ocorreu recentemente com a decisão de diminuir salários e benefícios dos funcionários públicos e aposentados). A iniciativa exigirá apoio da oposição. O governo, antes mesmo da aprovação do Orçamento, já fazia acenos ao Partido Socialista (que sucedeu) propondo uma "refundação" do programa de ajustamento econômico imposto pelo Fundo Monetário Internacional, pela União Europeia e pelo Banco Central Europeu.

http://www.brasil247.com/pt/247/mundo/84404/Sob-cr%C3%ADticas-Portugal-aprova-eleva%C3%A7%C3%A3o-de-impostos-Sob-cr%C3%ADticas-Portugal-aprova-eleva%C3%A7%C3%A3o-impostos.htm