quinta-feira, 30 de maio de 2013

STF tira do ar dados sobre viagens

O site oficial do Supremo Tribunal Federal retirou do ar as informações referentes aos gastos da corte com passagens aéreas.
A medida foi tomada após a descoberta, pelo jornal O Estado de S.Paulo, de que o Supremo gastou 608 mil reais com viagens das mulheres dos ministros do STF que acompanhavam os maridos entre 2009 e 2012.
Os dados estavam disponibilizados neste link.
De acordo com o Supremo, as informações foram retiradas temporariamente do portal “devido a inconsistências encontradas nos dados anteriormente divulgados”.
Quem conseguiu acessar os dados antes da retirada descobriu que, dos 608 mil reais gastos com as mulheres dos ministros, 437 mil custearam viagens de Guiomar Feitosa de Albuquerque Ferreira Mendes, esposa do ministro Gilmar Mendes.
Entre 2009 e 2011, ela acompanhou o marido 20 vezes ao exterior, com gasto médio de quase 22 mil reais por viagem.

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-essencial/#p5

Requião sobre Civita: “Não há mal que sempre dure”

Pelo Twitter, senador pelo PMDB do Paraná escreve que a morte de alguém jamais lhe causaria alegria, mas que a do empresário Roberto Civita, do Grupo Abril, não lhe "traz nenhuma tristeza"

28 de Maio de 2013 às 06:24

Paraná 247 – Enquanto um grande grupo de políticos lamentou, nesta segunda-feira, a morte do empresário Roberto Civita, diretor do Grupo Abril e fundador da revista Veja, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) não demonstrou exatamente o mesmo sentimento.
Segundo ele, a morte de alguém jamais lhe causaria alegria, mas a do Civita não lhe traz "nenhuma tristeza". Em outra publicação, em seu perfil no Twitter, ele escreve: "Não há mal que sempre dure nem Civita que nunca se acabe..."
Confira abaixo a íntegra das frases postadas pelo senador paranaense:
- Não ha mal que sempre dure nem Civita que nunca se acabe...
- Não me alegra ou entristece a morte de um Civita, alegria me traria a aprovação de meu projeto de lei do direito de resposta.
- A morte de alguém jamais me causaria alegria, mas a do Civita não me traz nenhuma tristeza. Simples assim.

http://www.brasil247.com/pt/247/parana247/103322/Requi%C3%A3o-sobre-Civita-%E2%80%9CN%C3%A3o-h%C3%A1-mal-que-sempre-dure%E2%80%9D.htm

segunda-feira, 27 de maio de 2013

"QUEM QUER LIBERAÇÃO DA MACONHA É A CLASSE MÉDIA"

Afirmativa é do promotor Henry Wagner, conhecido pela atuação no julgamento do ex-goleiro Bruno Fernandes; para o promotor, o Brasil corre o risco de passar a viver sob o domínio de criminosos, o que chamou de "narcocleptodemocracia"; "Quando falo narcocleptodemocracia, faço referência aos corruptos e traficantes, que querem mandar no país"


Conhecido pela atuação no julgamento do ex-goleiro do Flamengo Bruno Fernandes, acusado pela morte e pelo desaparecimento do corpo da modelo Eilza Samudio, o promotor de justiça Henry Wagner Vasconcelos Castro disse neste sábado que é "veemente contra" a proposta de descriminalização da maconha e de outros tipos de drogas. "Quem quer a liberação da maconha é o intelectual ou o universitário, pessoas da classe média".
Para o promotor, o Brasil corre o risco de passar a viver sob o domínio de criminosos, o que chamou de "narcocleptodemocracia" em palestra sobre o tema 'Impunidade, uma ameaça à paz', na conferência do Rotary Clube Internacional em Montes Claros, na manhã de hoje.
"Quando falo narcocleptodemocracia, faço referência aos corruptos e traficantes, que querem mandar no país", disse Henry Wagner em matéria publicada no site do jornal O Estado de Minas.
O promotor disse ainda que o "abrandamento" das penas é um dos fatores que mais contribuem para a impunidade e para o crescimento da criminalidade no Brasil. "Somos extremamente tolerantes com o crime. Também somos extremamente tolerantes com as poucas respostas aos crimes".
Segundo ele, "o estado está visivelmente falido". Por isso, a própria população precisa se mobilizar para o enfrentamento do problema da criminalidade. "A sociedade precisa ter entendimento de que segurança pública é um direito de todos, mas também um dever de toda coletividade".

Arábia Saudita: país queridinho dos EUA provoca indignação por pena de morte

UE lamenta execuções na Arábia Saudita e pede fim da pena de morte no país

Representante da entidade transferiu sua solidariedade aos parentes dor mortos

A alta representante da UE (União Europeia) para a política externa, Catherine Ashton, lamentou nesta sexta-feira (24/05) as execuções de cinco cidadãos iemenitas na Arábia Saudita por crimes de assassinato e roubo, voltando a defender o fim da pena de morte no país.

A chefe da diplomacia europeia reconheceu a "gravidade" dos crimes e transferiu sua solidariedade aos parentes das vítimas. No entanto, assinalou que a pena de morte "representa uma irreversível perda de vidas humanas", segundo um comunicado.

Catherine acrescentou que "vários estudos" demonstram que a pena de morte não tem efeitos dissuasórios e lembrou que a UE defende uma moratória global da pena de morte como "primeiro passo" de sua abolição universal.

"Peço à Arábia Saudita buscar alternativas para pena de morte", concluiu.

http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/29060/ue+lamenta+execucoes+na+arabia+saudita+e+pede+fim+da+pena+de+morte+no+pais.shtml

sexta-feira, 24 de maio de 2013

No pior estado para se viver, cerca de 80 mil crianças estão fora das escolas de Maceió

De quase 80 mil crianças em idade para educação infantil, apenas pouco mais de duas mil frequentam escolas públicas em Maceió. 309 professores estão fora das salas de aulas por problemas de saúde.

A secretária de Educação de Maceió, Ana Dayse Dórea, informou nesta sexta-feira (24) que, de 80 mil crianças em idade para educação infantil, somente 2.400 frequentam as escolas públicas de Maceió. Dórea informou ainda que 309 professores da rede municipal estão afastados das salas de aula por problemas de saúde, o que, aliado à carência, acarreta na contratação de mais de 560 profissionais "horistas". 

 “Este ano, saímos de 1.800 para 2.400 matrículas”, disse a secretária, ao ressaltar que não estão inclusos, nesse número, os alunos matriculados em instituições particulares e filantrópicas. “Apesar desse aumento, ainda temos que atingir a meta de colocar essas crianças na escola e fazer com que, até os oito anos de idade, elas saibam ler e escrever”, disse a gestora ao comentar o déficit de professores.

Entre as medidas previstas pela Secretaria Municipal de Educação (Semed) para diminuir o índice de evasão escolar está à construção de creches. No Diário Oficial do Município (DOM) desta sexta-feira (24), foi publicada a súmula do contrato para a edificação de uma creche pré-escola no conjunto Eldorado, situado no bairro do Feitosa.

Ela explica que a prefeitura está fazendo um levantamento das necessidades e planeja a realização de concurso público. “Já estamos trabalhando no sentido de levar essa situação para o prefeito e vamos planejar a realização de concurso público, não para este ano, mas para o próximo. Os horistas são aqueles professores que são da rede, mas são contratados para dar mais horas do que aquilo que consta no seu contrato”, explicou Ana Dayse. 

A obra está orçada em R$ 1,3 milhão e o prazo para a execução é de nove meses a contar a partir da expedição da ordem de serviço. Esta não foi a única creche que teve a súmula publicada no Diário Oficial, esta semana. Outros contratos referentes a obras em vários bairros de Maceió foram divulgados no DOM.

http://www.brasil247.com/pt/247/alagoas247/103064/Cerca-de-80-mil-crian%C3%A7as-est%C3%A3o-fora-das-escolas-de-Macei%C3%B3.htm

quarta-feira, 22 de maio de 2013

As mordomias aéreas que o contribuinte paga sem saber a JB e companheiros de Supremo

O Estadão acaba de trazer parte do pacote.


É uma parte expressiva, mas limitada às viagens. Por ela você pode imaginar o que emergirá quando o pacote de despesas com dinheiro do contribuinte for revelado.
O Supremo gastou 2,2 milhões de reais de recursos públicos no pagamento de passagens aéreas para os ministros da Corte e suas mulheres entre os anos de 2009 e 2012.
Segundo o levantamento do jornal, feito com dados oficiais do STF, o dinheiro foi gasto até  no período de férias no Judiciário, chamado de recesso forense.
O principal nome que surge nas mordomias é, naturalmente, Joaquim Barbosa.
De cara fica o seguinte: faleceu espetacularmente qualquer pretensão presidencial, tal o poder dos fatos.
Observemos as atitudes de Barbosa, segundo o Estadão.
“Ele utilizou passagens aéreas pagas pela Corte em períodos nos quais estava licenciado do tribunal.
Barbosa fez 19 viagens para quatro cidades nos anos de 2009 e 2010 em datas nas quais estava afastado de seus trabalhos na Corte.
O Estado solicitou dados sobre as passagens emitidas para os ministros em janeiro deste ano, com base na Lei de Acesso à Informação. A resposta enviada pela Corte omitiu as viagens de Barbosa, apesar de listar as realizadas por outros magistrados.
Somente neste mês de maio o tribunal publicou na internet dados sobre as passagens usadas pelo ministro.
Barbosa tirou licenças médicas em 2009 e 2010 em razão de problemas de saúde. Ele sofre de dores crônicas na coluna e se submete a diversos tratamentos.
As seguidas licenças de Barbosa mereceram críticas reservadas de colegas à época, a ponto de o então presidente da Corte, Cezar Peluso, cogitar a possibilidade de pedir uma perícia médica.
Essa intenção de Peluso foi uma das razões para o embate entre ambos em declarações à imprensa no fim de 2011.
A lista divulgada pelo Supremo mostra 19 viagens de Barbosa pagas pelo STF em três períodos nos quais estava licenciado. Em agosto de 2009, o ministro foi ao Rio e a Fortaleza. Em dezembro de 2009, foi ao Rio, a Salvador e a Fortaleza. Entre maio e junho de 2010, os deslocamentos pagos pela Corte foram para São Paulo e Rio.
O atual presidente do STF, assim como seus colegas, utilizou-se de passagens pagas pela Corte em períodos de recesso, quando os ministros estão de férias.
De 2009 a 2012, antes de assumir o comando do tribunal, foram registradas 27 viagens feitas por Barbosa durante o recesso tendo como destinos Rio, São Paulo, Fortaleza e Salvador.
Os dados divulgados mostram que o ministro também tem o hábito de usar passagens pagas com recursos públicos para passar finais de semana em sua residência, no Rio.”
Ao ler as mordomias do Supremo, você entende a sofreguidão com que Joaquim Barbosa e Luiz Fux batalharam por uma posição nele.
Os ministros do Supremo vivem numa realidade paralela.
Considere: além das passagens, os ministros recebem verba denominada diária 1 mil reais, quando se trata de viagens internacionais.
Claro que as passagens são de 1.a classe. Veja. O papa viajou de Buenos Aires para o Vaticano de econômica, mas para nossos campeões da justiça sequer a executiva é suficiente.
Não bastasse isso, Barbosa, como presidente do STF, tem a prerrogativa de requisitar aeronaves da FAB em viagens oficiais.
O SFF vem legislando em causa própria.
Uma resolução de 2010, o Estadão revela, permite o pagamento de passagens aéreas – de primeira classe —  a dependentes de ministros em viagens internacionais.
O contribuinte paga a conta quando “a presença do parente é “indispensável” para o evento de que o ministro participará.
Pausa para risadas.
A festa do Supremo com o dinheiro público levanta uma série de questões.
a) Por que administração nenhuma — de FHC a Dilma, para ficar nas mais recentes — verificou o que estava acontecendo e colocou ordem nas mamatas?
b) Por que a mídia demorou tanto a fazer o óbvio? A resposta aqui é relativamente fácil: pelas grotescas relações de camaradagem entre jornalistas e juízes do Supremo. Quantas vezes você viu Merval Pereira abraçado a Gilmar Mendes e Ayres Britto, para ficar num caso simbólico? Você acha que, consolidada a amizade, o jornalista vai investigar qualquer coisa?
Várias vezes o Diário lembrou a grande divisa de um dos maiores editores da história do jornalismo, Joseph Pulitzer: “Jornalista não tem amigo”.
Bem, é evidente que as mordomias não se limitam às viagens.
O Diário espera novos fatos.
E, modéstia à parte, se orgulha de ter contribuído para que se levantasse um tema de enorme interesse público quando a mídia se ocupava de louvar, como escreveu a Veja numa capa que vai para a antologia do mau jornalismo, “o menino pobre que mudou o Brasil”.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Mercenário confessa na televisão síria autoria de atos terroristas


Damasco, (Prensa Latina) Mohammed Abdullah Alhaty, integrante dos grupos mercenários que lutam para derrotar o governo sírio, constitui hoje uma nova prova do caráter do componente terrorista que adquirido aqui o atual conflito armado.
Durante uma reportagem divulgada neste domingo pela televisão estatal, Alhaty confessou ter participado de numerosos atentados contra estabelecimentos públicos e moradias, além de colocar explosivos em vários pontos desta capital.
Revelou que no início da crise, em março de 2011, participava de manifestações pacíficas, mas depois decidiu pegar em armas e formar um grupo com o qual atacava pessoas que apoiavam o governo e roubava seu dinheiro e automóveis.
Acrescentou que quando o Exército Árabe Sírio entrou no distrito de Kadam, nesta capital, esconderam as armas e falsificaram os documentos de identidade para evitar serem capturados pelas forças de segurança.
Executei vários ataques, como o assalto à delegacia de Kadam junto com dois grupos armados que se autodenominam Suqur al-Cham e a Brigada de Tawhid, explicou.
Da mesma forma, o extremista detalhou que em algum momento mudou para outro grupo de mercenários chamado Abubaker Al-Sadiq, na região de Swieka, e sua missão era semear artefatos explosivos.
Semeamos numerosas bombas em várias zonas, por exemplo, na Comandância da Polícia e no Palácio de Justiça, detalhou.
Acrescentou por último que o líder de outro grupo chamado Ahrar Swieka distribuía pastilhas estupefacientes antes de saírem para qualquer missão, para evitar que entrassem em pânico e desertassem.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

MORRE VIDELA, O MAIOR GENOCIDA DA AMÉRICA LATINA

"O inferno é pouco", definiu o jornal argentino Página 12, sobre a morte do ditador Jorge Videla; responsável por milhares de assassinatos, pelos quais foi condenado a prisão perpétua, Videla morreu de causas naturais aos 87 anos, na Penitenciária Marcos Paz; ele próprio admitiu a responsabilidade pelas "mortes e desaparecimentos de entre 7 mil e 8 mil pessoas" durante seu governo; "Tenho peso na alma, mas não estou arrependido de nada", declarou

Monica Yanakiew
Correspondente da Agência Brasil/EBC
Buenos Aires - O ex-ditador argentino Jorge Rafael Videla morreu nesta sexta-feira (17), às 6h30, de causas naturais, na Penitenciária Marcos Paz. Ele cumpria pena de prisão perpétua por crimes de lesa-humanidade.
Videla, que tinha 87 anos, presidiu a Argentina no período de 1976 a 1981. Ele foi o líder do golpe de 24 de março de 1976. Quando a democracia foi restabelecida no país, em 1993, o ex-ditador e outros membros das juntas militares que governaram o país foram processados por crimes contra a humanidade. Videla foi condenado à prisão, mas acabou sendo anistiado no governo Carlos Menen.
Em 2003, Néstor Kirchner assumiu a Presidência da Argentina e revogou as leis de anistia em vigor no país. Com isso, Videla foi novamente processado. Em dezembro de 2010, ele foi condenado à prisão perpétua. A pena, desta vez, teve de ser cumprida em cela comum e não mais em uma prisão militar.
O ex-ditador foi acusado de ser o responsável pelo desaparecimento de pessoas e por roubos de bebês. Essas crianças eram filhos de desaparecidos, e nasceram em cativeiro ou foram sequestradas enquanto estavam com os pais e entregues para adoção, muitas vezes a famílias ligadas ao regime.
Cerca de 30 mil pessoas desapareceram na ditadura argentina, segundo organizações de direitos humanos. Até os últimos dias de vida, Videla defendeu a atuação dos militares na ditadura. Para ele, a "guerra suja" era necessária contra a guerrilha armada. O ex-ditador nunca informou o paradeiro dos corpos dos desaparecidos nem dos bebês sequestrados.
Confira aqui a reportagem sobre a morte de Videla no principal jornal do país, o Clarín.

“Hoje”: filme retrata drama das vítimas da repressão na ditadura


Vera abre a porta do apartamento e uma garrafa de champanhe para comemorar a aquisição do imóvel para o qual está mudando. Assim começa o filme Hoje, de Tata Amaral, que entra em cartaz dia 19 de abril. Em outra cena, Vera rasga, mastiga e engole a página do Diário Oficial da União com o decreto de 1995 onde o governo brasileiro sanciona a lei reconhecendo como mortas pessoas desaparecidas durante o regime militar.
Nas duas cenas as contradições que vive a personagem. O filme se passa em 1998. No dia da mudança, Vera, interpretada por Denise Fraga, exprime os conflitos e dúvidas, as sequelas deixadas pela repressão do regime militar, em particular pela perda de seu companheiro Luiz, interpretado por Cesar Troncoso.
Militantes contra a ditadura, Vera e Luiz foram presos e torturados, Luiz desaparece em 1974. A compra do apartamento é feita com a indenização, após o governo reconhecer Luiz como morto pela ditadura.
Durante o dia da mudança, num diálogo com Luiz que reaparece, Vera exprime seus tormentos: a perda da pessoa amada, a dúvida sobre sua sobrevivência, as condições de sua prisão, a lembrança viva da tortura que ela sofreu e o próprio questionamento sobre a compra do apartamento com a indenização.
Tudo se desenvolve no diálogo com o ex-companheiro, num processo onde, ao remoer o drama passado, ainda presente, Vera vai tecendo o caminho para chegar ao dia de hoje, numa ensolarada avenida São Luiz, no centro de São Paulo. Tata Amaral dirige o filme como quem tece, junto com Vera, a superação de um drama.
O filme é dedicado a Serguei, Luiz Carlos, seu companheiro, morto em 1979, quando ambos eram militantes da Organização Socialista Internacionalista, hoje Corrente O Trabalho.
Tata falou ao nosso jornal: 
“‘Hoje’ fala da necessidade de iluminarmos o passado. Vera – e acredito que a sociedade brasileira – não pode mais seguir em frente sem levantar o que havia escondido debaixo do tapete. A verdade é revolucionária! A história de amor de Vera e Luiz vem à luz neste momento, quando todos estamos diante dos trabalhos da Comissão Nacional da Verdade. Fiat lux”.

Grávida terá estabilidade durante o aviso prévio

A presidente Dilma Rousseff sancionou nesta sexta-feira, 17, a lei que garante estabilidade no emprego à trabalhadora que tiver a gravidez confirmada durante o período de aviso prévio.

A lei acrescenta o artigo 391-A à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para dispor que "a confirmação do estado de gravidez advindo no curso do contrato de trabalho, ainda que durante o prazo do aviso prévio trabalhado ou indenizado, garante à empregada gestante a estabilidade provisória prevista na alínea b do inciso II do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias."
Esse trecho do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias proíbe a dispensa arbitrária ou sem justa causa da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. A Lei 12.812 está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira, 17.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

ALAGOAS LIDERA RANKING DE TRABALHO ESCRAVO NO NE

Os dados são do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Com 141 resgates, Alagoas aparece no topo do ranking no Nordeste e o oitavo na lista nacional. O Pará, com 563 casos, encabeça a relação. Apesar de ter uma população com pouco mais de 60 mil habitantes, a cidade de Penedo, interior de Alagoas, aparece como a terceira com maior número de trabalhadores resgatados em 2012. Foram 110 pessoas que estavam sendo escravizadas pelo setor da Construção Civil. O município alagoano aparece na frente de São Paulo (95 casos). A cidade paraense de Marabá é a primeira no ranking com 150 casos, na área siderúrgica.


Alagoas247 - Um balanço divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), nesta segunda-feira (13), revelou que, em 2012, 141 trabalhadores mantidos em condições análogas à escravidão foram libertados em Alagoas. A quantidade de pessoas libertas no Estado foi à maior de todo o Nordeste.

Segundo os dados divulgados pelo MTE, 37,5% de todos os resgatados realizados na região eram mantidos em condições análogas à escravidão em ambientes de trabalho localizados em Alagoas. Ao todo, duas operações foram feitas no Estado.

A terceira maior operação realizada em todo Brasil aconteceu no município de Penedo, quando 110 pessoas que trabalhavam em um empreendimento no setor da construção civil foram resgatadas por equipes do MTE.
Em nível nacional, houve um aumento de 14,37% em relação a 2011, no número de trabalhadores libertos. Em 2012, 2.849 pessoas foram resgatadas em todo o Brasil.

O MTE atribui o aumento de número de resgatados ao fato de as ações fiscais terem sido realizadas em regiões até então não inspecionadas com habitualidade. Além disso, o Ministério explicou que ocorreu um aprimoramento da triagem das denúncias e do planejamento das ações.

A região onde houve a maior quantidade de pessoas libertadas foi a região Norte (1.100), seguida pelas regiões Sudeste (496), Nordeste (376), Sul (367) e Centro-Oeste (333).

Já a maior operação ocorreu no município de Marabá, no Pará, onde 150 trabalhadores de uma siderúrgica foram resgatados. Já na cidade de Perobal, no Paraná, 125 pessoas do setor sucroalcooleiro foram libertadas. Esta foi a segunda maior fiscalização realizada pelo MTE em todo o Brasil.

"Rebeldes" sírios cometem crime contra a humanidade



O vídeo mostrando o rebelde Abu Sakkar comendo o que parece ser um pedaço do coração de um soldado foi postado no último domingo e é um dos mais chocantes já divulgados em mais de dois anos de guerra na Síria

Um vídeo que parece mostrar um rebelde sírio comendo um pedaço do coração de um soldado morto foi duramente criticado.
O grupo americano de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch identificou o rebelde como Abu Sakkar, um conhecido insurgente da cidade de Homs. De acordo com a organização, o ato de Sakkar constitui um crime de guerra.
“Juro por Deus que vou comer seus corações e seus fígados, soldados de Bashar, o cão”, afirma o homem no vídeo junto ao corpo do soldado, se referindo ao presidente sírio, Bashar al-Assad.

Líder rebelde

O Human Rights Watch (HRW) diz que Abu Sakkar é o líder do grupo chamado Brigada Independente Omar al-Farouq.
“A mutilação de corpos de inimigos é um crime de guerra. Mas, uma questão ainda mais séria, é o agravamento da retórica sectária e da violência (na Síria)”, disse Peter Bouckaert, da HRW, à agência de notícias Reuters.
Segundo o grupo, não importa qual dos lados na Síria esteja envolvido em crimes de guerra, todos precisam saber que não existe impunidade e que serão levados à Justiça.
O HRW diz que Abu Sakkar já tinha sido filmado disparando foguetes contra áreas xiitas do Líbano e posando ao lado de corpos de combatentes do grupo militante libanês Hezbollah – que estão ajudando forças do governo sírio.
O vídeo mostrando Sakkar comendo o que parece ser um pedaço do coração de um soldado foi postado no domingo e é, segundo o correspondente da BBC em Beirute, Jim Muir, um dos mais chocantes já divulgados em mais de dois anos de guerra na Síria.
A ONU diz que 70 mil pessoas foram mortas desde o início da rebelião contra o governo de Bashar al-Assad em março de 2011.
Muitos sírios já fugiram do país e mais de um milhão de pessoas foram registradas como refugiados, segundo a ONU. Destes, pelo menos 300 mil estariam na Turquia.

http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/05/video-de-rebelde-sirio-comendo-coracao-de-soldad.html

sábado, 11 de maio de 2013

JORNAL O GLOBO PEDE DESEMPREGO EM EDITORIAL

Jornal comandado por João Roberto Marinho diz que a inflação persiste, que o governo deve fazer escolhas e que manter o mercado de trabalho aquecido é uma "tentação" a ser evitada


247 - O Globo quer desemprego. E explicitou seu desejo em editorial publicado nesta sexta-feira, em que comenta a "persistência da inflação". Leia abaixo:
A persistência da inflação
Na visão otimista de Brasília, a inflação, depois de ultrapassar o limite superior da meta (6,5%), com 6,59%, recuará. De fato, mas o 0,55% do IPCA de abril veio acima das previsões, subiu em relação a março (0,47%) e, assim, o índice em 12 meses recuou menos que o esperado, estacionando na fronteira dos 6,49%. O centro da meta, de 4,5%, continua distante, e as melhores expectativas apontam para um índice pouco acima de 5% este ano, ainda alto.
O Banco Central saiu da letargia na última reunião do Copom, elevou os juros básicos (Selic) em 0,25 ponto, para 7,5%, por não desconhecer como a persistência de uma inflação elevada, numa economia ainda bastante indexada, pode deteriorar as expectativas e manter os preços sob pressão.
O momento é cada vez mais de escolhas do governo. É evidente a tentação de manter o mercado de trabalho aquecido com vistas às eleições do ano que vem. Porém, num quadro de quase pleno emprego, o crescimento dos salários acima da produtividade deprime a indústria — o setor deu sinais de vida em março, porém, em relação ao mesmo mês do ano passado, continua com números negativos (retração de 3,3%). Faz com que "vaze" demanda para as importações, ajudando a desequilibrar a balança comercial. E, por paradoxal que seja, isto contribui para mais um "pibinho".
Além de tudo, impulsiona a inflação nos serviços. Em abril, este item do IPCA subiu 0,54%, mais que a média. Em bases anualizadas, a alta é de 8,13%. Com os salários em ascensão, e sem que haja concorrência externa — não se importam manicures, oficinas etc —, os serviços ostentam razoável fôlego para se tornar mais caros.
Pelo menos até agora, a aposta oficial na redução da pressão vinda dos alimentos ainda não se confirma na dimensão esperada. Há retrações, mas o encarecimento de vários produtos funciona como um anteparo às quedas. Só em abril, por exemplo, a batata inglesa deu um salto de 60,4%.
No saldo final deste surto de inflação são punidas as famílias mais pobres, clássicas vítimas da carestia na alimentação. Aquelas, por ironia, com as quais o governo conta para a reeleição de Dilma.
Diretores do BC têm procurado reafirmar o compromisso da instituição com a defesa do poder aquisitivo da moeda — é o que se espera de um banco central. Justifica-se, porém, o mantra devido ao déficit de credibilidade na autonomia da instituição. A próxima reunião do Copom, na última semana do mês, será novo teste para o BC.
Fica claro que se trata de uma falácia o argumento de que a inflação brasileira foi impulsionada pela quebra de safras americanas e em outras regiões do mundo. Afinal, este impacto inflacionário não se observou nos demais países. As causas são mais internas que externas.

Comentário do blogueiro: Haja cinismo! Nada no Brasil é concessão, os poucos avanços são frutos da luta da classe trabalhadora. Mas, para a mídia dominante, capacha dos banqueiros e especuladores, o Brasil, não pode ter "O mercado de trabalho aquecido... num quadro de quase pleno emprego, o crescimento dos salários"

Grécia e Portugal batem novos recordes de desemprego

Principais atingidos são os jovens; em Portugal, situação piora entre os que estão há mais de um ano desocupados

Dois dos países mais afetados pela crise das dívidas soberanas na União Europeia apresentaram mais uma vez, recordes históricos e negativos em suas taxas de desemprego. Em Portugal, o índice geral alcançou 17,7% no mês de março, o que significa 952,2 mil pessoas sem trabalho, segundo o INE (Instituto Nacional de Estatística). Na Grécia, com dados de fevereiro fornecidos pela Elstat, esse número chegou a 27% da população ativa, afetando 64,2% dos jovens no país.

Entre os portugueses, mais 29 mil ficaram desempregados nos três primeiros meses de 2013, uma piora de 3,1% na comparação com dezembro de 2012. A diferença em relação a março do ano passado sobe para 16,2%. A projeção do Ministério das Finanças é a de que a taxa de desemprego chegue a 19% no final do ano.

Esse levantamento não inclui pessoas desempregadas que declararam não ter procurado vagas nos últimos 30 dias. Se fossem consideradas, o país já teria atingido a marca de um milhão de pessoas sem trabalho.

O número é ainda mais alarmante quando se considera a taxa de desemprego de longa duração (que inclui pessoas desempregadas há mais de um ano e que não tem direito a seguro desemprego). Nos últimos três meses, ela registrou um crescimento de 0,9 ponto percentual, atingindo já 10,4% da população ativa ou 560 mil pessoas. É a primeira vez que a barreira dos 10% foi ultrapassada neste indicador.

A tendência de aumento do desemprego entre os jovens também se manteve no primeiro trimestre de 2013, passando de 40% para 42,1%. Há um ano, este valor estava em 36,2%. Portugal se aproxima da barreira dos 50% neste indicador, que já foi ultrapassada por Espanha e Grécia.

Mais da metade das pessoas desempregadas (69,8 mil) entre março do ano passado e março deste ano têm, no máximo, o equivalente ao ensino fundamental completo no Brasil. Mais de 30 mil cursaram até o ensino secundário (médio) e 32,3 mil pessoas entre os novos desempregados têm curso superior.

Portugal ocupa a terceira pior posição na Europa em percentual e volume de pessoas desempregadas – atrás apenas dos gregos e espanhóis.

Pior resultado

Na Grécia, o desemprego de fevereiro representa um aumento de pouco mais de cinco pontos percentuais em relação ao mesmo mês do ano passado, quando foi de 21,9%.

Entre os menores de 25 anos, o novo número representa um recorde histórico: cinco pontos percentuais acima da taxa de desemprego de janeiro (59,3%) e dez acima da de fevereiro de 2012 (54,1%). Na faixa de idade de 25 a 34 anos o desemprego chega a 36,2%.

O Ministério do Trabalho da Grécia informou ontem que o número de novos contratos superou em quase 30 o de postos de trabalho perdidos em abril. No entanto, o principal partido da oposição, o esquerdista Syriza, acusou o Ministério de maquiar as estatísticas, uma vez que computaria como novos contratos os que se renovam aos empregados temporários.

Cerca de 450 mil famílias em todo o país estão com todos os membros desempregados.

(*) com informações das agência Efe, Agência Brasil e o jornal Público

http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/28794/grecia+e+portugal+batem+novos+recordes+de+desemprego.shtml

Número de mortos no desabamento de Bangladesh chega a 1.006


O registro de mortes do maior desastre industrial de Bangladesh chegou a 1.006 nesta sexta-feira, depois que mais corpos foram encontrados no prédio de nove andares que desabou perto da capital Dacca.
O porta-voz do Exército, capitão Shahnewaz Zakaria, disse à AFP que o "balanço de mortes chega a 1.006", no momento em que as operações de resgate entraram no 17º dia desde que o edifício desabou na cidade de Savar, 30 quilômetros ao sudoeste de Dacca.
Zakaria disse que os operários dotados de "gruas, pás mecânicas e escavadoras" retiraram, na quinta-feira, cerca de 130 corpos em decomposição, funcionárias das confecções em sua maioria, enquanto continuavam avançando para níveis inferiores do prédio.
O oficial Siddiqul Alam Sikder, que supervisiona as operações de busca, disse à AFP que espera terminar o trabalho nesta sexta. "Falta apenas fazer a busca no subsolo", informou Sikder.
O Rana Plaza, que abrigava cinco confecções, desabou em 24 de abril, um dia depois da advertência de operários sobre enormes rachaduras nas paredes. Mais de 3.000 pessoas estavam trabalhando.
Na quinta-feira, em outra tragédia ligada às condições precárias de trabalho no setor têxtil no país, pelo menos oito pessoas morreram no incêndio de uma confecção no bairro de Darussalam de Dacca.
O incêndio, de causas ainda desconhecidas, começou de madrugada no terceiro andar de um prédio de 11 andares, onde funcionam duas confecções.
Presas em uma escada, as vítimas morreram por asfixia pela "fumaça tóxica emitida pelo tecido sintético", explicou à AFP o diretor de Operações dos Bombeiros de Bangladesh, Mahbubur Rahman.
O proprietário da fábrica de suéteres Tung Hai está entre as vítimas. "O incêndio foi importante, mas conseguimos reduzi-lo para um único andar", contou Rahman.
O setor têxtil é fundamental para a economia de Bangladesh, gerando US$ 29 bilhões de receita ao ano. Em 2012, correspondeu a 80% das exportações do país. Os baixos salários e a abundante mão de obra tornam o segundo maior produtor de roupas do mundo, atrás apenas da China.
Há anos, as ONGs denunciam as péssimas condições de trabalho e as normas de segurança dessa indústria no país. Os incêndios costumam ser frequentes nas cerca de 4.500 confecções de Bangladesh. Em novembro de 2012, pelo menos 111 pessoas morreram em um incêndio em uma empresa têxtil.
Na quarta-feira, o governo de Bangladesh anunciou o fechamento de 18 fábricas têxteis em Dacca e Chittagong, a segunda cidade do país, depois de se comprometer com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) a tomar medidas imediatas para reforçar a segurança nas fábricas.
Também na quarta-feira, um grupo de especialistas da ONU pediu às grandes marcas internacionais do setor que não deixem Bangladesh, e sim que cooperem com o governo, com as organizações internacionais e com a sociedade civil para melhorar as condições trabalhistas.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

18 policiais são presos por envolvimento com mortes e tráfico


Eles não têm ligação com denúncias de que policiais estejam envolvidos em assassinatos de moradores de rua


Dezoito policiais militares de Goiás foram presos nesta quinta-feira, acusados de envolvimento em crimes como homicídios e tráfico de drogas. As prisões foram feitas pela Polícia Civil do Estado que deu início à operação Dilúvio na madrugada de hoje, como parte da operação nacional PC27, que acontece em todo o País. A Operação Dilúvio acontece simultaneamente em 33 municípios goianos e prendeu, além do policiais, 83 suspeitos.

Os militares foram presos na cidade de Goianira, a cerca de 20 quilômetros da capital, Goiânia. Aproximadamente 500 policiais civis foram escalados para, com o apoio da Polícia Militar, cumprir 160 mandados de prisão e de busca e apreensão no Estado.
Segundo a assessoria da Secretaria Estadual da Segurança Pública e Justiça, as prisões dos militares não têm qualquer ligação com as denúncias de que policiais estejam envolvidos em assassinatos de moradores de rua ou no desaparecimento de pessoas, após abordagem policial. Os casos foram registrados na região metropolitana de Goiânia.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

PASTOR MARCOS É PRESO ACUSADO DE ESTUPRO

Investigação, que durou um ano, aponta a participação de Marcos Pereira, da Assembleia de Deus dos Últimos Dias, em quatro estupros, além de quatro homicídios, envolvimento com tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro; ele foi pego na noite desta terça-feira


O pastor Marcos Pereira da Silva, da Assembleia de Deus dos Últimos Dias, foi preso na Rodovia Presidente Dutra, em São João de Meriti, Baixada Fluminense, na noite desta terça-feira (7) acusado de cometer estupros. A investigação, que durou um ano, ainda aponta a participação de Marcos Pereira em mais quatro estupros, quatro homicídios, além de envolvimento com tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro. Esses últimos três crimes baseados em denúncias do coordenador do Afroreggae, José Júnior.
De acordo com informações da Dcod, o pastor realizaria 'orgias' no apartamento de Copacabana, avaliado em R$ 8 milhões. A maior parte das vítimas seria fiéis da igreja, chamadas até o local para a realização de cultos, em que Marcos Pereira, com ações violentas, obrigava as mulheres a fazerem sexo com ele e com outros homens da igreja. Também haveria sexo de mulheres com mulheres e homens com homens.
Das seis vítimas, três teriam sido atacadas quando eram menores de idade. Os crimes foram denunciados na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Em um dos seis casos de estupro, a vítima seria a sua própria ex-mulher, Ana Madureira da Silva, que também revelou ter sofrido abuso sexual. Os dois ficaram casados até 1998.
Um dos homicídios que o pastor está sendo acusado seria de uma jovem que descobriu as 'orgias' e teria tentado fazer denúncias. De acordo com o delegado da Dcod, Márcio Mendonça, um sobrinho de Marcos Pereira também está envolvido no assassinato.
Na sede da delegacia, o pastor Marcos Pereira não quis falar com a imprensa. No entanto, atendendo ao seu chamado, cerca de 30 dos seus seguidores foram até o local, além de seis advogados.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

América Latina: As mãos dos EUA sobre a região


A administração Obama não aceita que a região mudou e objetiva afastar governos de esquerda; também o Brasil precisa se manter vigilante
Acontecimentos recentes indicam que a administração Obama intensificou sua estratégia de "mudança de regime" contra os governos latino-americanos à esquerda do centro, promovendo conflito de maneiras que não eram vistas desde o golpe militar apoiado pelos EUA na Venezuela em 2002.
O exemplo mais destacado é o da própria Venezuela na última semana. No momento em que este artigo está sendo impresso, Washington está mais e mais isolada em seus esforços para desestabilizar o governo recém-eleito de Nicolás Maduro.
Mas a Venezuela não é o único país vitimado pelos esforços de Washington para reverter os resultados eleitorais dos últimos 15 anos na América Latina.
Está claro agora que o afastamento do presidente paraguaio Fernando Lugo, no ano passado, também teve a aprovação e o apoio do governo dos Estados Unidos.
Num trabalho investigativo brilhante para a agência Pública, a jornalista Natalia Viana mostrou que a administração Obama financiou os principais atores do chamado "golpe parlamentar" contra Lugo. Em seguida, Washington ajudou a organizar apoio internacional ao golpe.
O papel exercido pelos EUA no Paraguai é semelhante a seu papel na derrubada militar, em 2009, do presidente democraticamente eleito de Honduras, Manuel Zelaya, caso no qual Washington dominou a Organização de Estados Americanos e a utilizou para combater os esforços de governos sul-americanos que visavam restaurar a democracia.
Na Venezuela, na semana passada, Washington não pôde dominar a OEA, mas apenas seu secretário-geral, José Miguel Insulza, que reiterou a reivindicação da Casa Branca (e da oposição venezuelana) de uma recontagem de 100% dos votos.
Mas Insulza teve de recuar, como teve de fazer a Espanha, única aliada importante dos EUA nessa empreitada nefanda, por falta de apoio.
A exigência de uma recontagem na Venezuela é absurda, já que foi feita uma recontagem das cédulas de papel de uma amostra aleatória de 54% do sistema eletrônico. O total obtido nas máquinas foi comparado à contagem manual das cédulas de papel na presença de testemunhas de todos os lados. Estatisticamente falando, não existe diferença prática entre essa auditoria enorme já realizada e a recontagem.
Jimmy Carter descreveu o sistema eleitoral da Venezuela como "o melhor do mundo", e não há dúvida quanto à exatidão da contagem.
É bom ver Lula denunciando os EUA por sua ingerência, e Dilma juntando sua voz ao resto da América do Sul para defender o direito da Venezuela a eleições livres.
Mas não apenas a Venezuela e as democracias mais fracas que estão ameaçadas pelos EUA.
Conforme relatado nas páginas deste jornal, em 2005 os EUA financiaram e organizaram esforços para mudar a legislação brasileira com vistas a enfraquecer o PT. Essa informação foi descoberta em documentos do governo americano obtidos graças à lei americana de liberdade de informação. É provável que Washington tenha feito no Brasil muito mais e siga em segredo.
Está claro que os EUA não viram o levemente reformista Fernando Lugo como um elemento ameaçador ou radical. O problema era apenas sua proximidade excessiva com os outros governos de esquerda.
Como a administração Bush, a administração Obama não aceita que a região mudou. Seu objetivo é afastar os governos de esquerda, em parte porque tendem a ser mais independentes de Washington. Também o Brasil precisa se manter vigilante diante dessa ameaça à região.

Cão de guarda dos EUA ataca Síria


Israel bombardeia Damasco mais uma vez. Rússia reage


O ataque de Israel à Síria na sexta-feira à noite parece ter sido somente o prólogo de um bombardeio de grandes proporções em Damasco, a capital do país árabe. Pouco antes das duas da madrugada deste domingo, 5 de maio, aviões israelenses invadiram o espaço aéreo sírio e atiraram cerca de 12 mísseis perto do monte Qasioun (veja aqui http://youtu.be/f_j8ID-m1pUe aqui http://youtu.be/e84pVGsP6YU), a menos de 20 quilômetros do centro de Damasco e onde se localiza o centro de pesquisa científico-militar de Jamraya.

O ataque, segundo uma fonte dos serviços de inteligência ocidentais ouvida pela agência de notícias Reuters, teve como alvo 100 mísseis Fateh, supostamente armazenados em Jamraya, que também supostamente seriam enviados ao Hezbollah, grupo militar da resistência libanesa, vindos do Irã. 

Outra fonte afirmou à rede russa RT que o bombardeio também visou atingir a 104ª e a 105ª brigadas da Guarda da República Síria.

Abdallah Mawazini, jornalista que vive em Damasco, declarou que quatro explosões foram ouvidas na capital, “fazendo todas as casas tremerem”. A poeira se espalhou pela cidade e os moradores acordaram, “correndo para a rua, em pânico”. Testemunhas afirmaram que o ataque, sem precedentes, lembrava “um terremoto”. O cheiro forte e a asfixia sentida pelos habitantes levou alguns especialistas a suspeitar que os mísseis atirados por Israel conteriam material radioativo.

As primeiras notícias informaram que cerca de dois civis e 300 militares sírios perderam a vida no bombardeio, e que várias casas foram atingidas. A vista privilegiada do monte Qasioun – de onde se vê toda Damasco – levou para a região milhares de pessoas e dezenas de restaurantes, sempre cheios. O local também é carregado de simbolismo religioso: diz-se que Adão, personagem bíblico considerado o primeiro homem, viveu numa caverna situada na encosta do monte; que Abrão e Jesus costumavam rezar ali e que aquele foi o lugar onde Caim matou Abel. Diz-se também que as preces feitas no Qasioun são sempre atendidas.

Caças abatidos e reação russa
William Parra, jornalista da TeleSur, publicou no Twitter que o Exército sírio teria derrubado dois caças israelenses e conseguido capturar os pilotos. As TVs de Israel confirmaram que a força aérea do país perdeu contato com dois aviões (essa informação ainda não foi confirmada oficialmente).

A reação da Rússia não tardou: segundo a agência de notícias Interfax, um navio russo deixou o Mar Negro com destino ao porto de Tartur, na Síria. Na outra ponta do conflito, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyhau, parte na tarde de domingo para uma visita de cinco dias à China, outra aliada da Síria. Em pauta, além de assuntos econômicos, a discussão dos conflitos na região.

domingo, 5 de maio de 2013

O novo flagelo da África se chama Edir Macedo

Seu império ascendente nos países lusófonos é a prova de que tudo o que é ruim sempre pode piorar.


Se, como quer aquele pastor de cabelo lambido, a África é amaldiçoada, já se sabe qual é o seu maior flagelo hoje: as igrejas pentecostais – especialmente a Igreja Universal do bispo Macedo.
Em seu plano de expansão mundial, a chamada IURD encontrou um terreno fértil na África lusófona. Em Angola e Moçambique (onde foi apelidada “igreja dos ladrões), os cultos lotam estádios para 50 mil pessoas, sempre com gente do governo. No dia 31 de dezembro do ano passado, 16 pessoas morreram e 120 ficaram feridas num tumulto em Luanda durante uma certa “Vigília da Virada – Dia do Fim”, uma picaretagem que prometia acabar com “todos os problemas que estão na sua vida: doença, miséria, desemprego, feitiçaria, inveja e olho grande”. Depois de dois meses impedida de operar por causa de “propaganda enganosa”, a IURD reabriu em 1º de abril. Acredita-se que as boas relações com o governo foram fundamentais para que a suspensão caísse.
De acordo com o jornalista e ativista Rafael Marques, o presidente angolano José Eduardo dos Santos, do MPLA (no poder desde 1975), teria conexões com a igreja. Marques afirma que a Universal angaria votos para o MPLA e ajuda a lavar dinheiro.
Segundo o site religioso The Revealer, “em Moçambique, tal como em outros lugares, o credo da Universal tem levado à bancarrota alguns dos seus crentes. Os fiéis têm deixado chaves de carros, títulos de propriedade e salários no altar, na esperança de alcançar um milagre prometido, apenas para abandonar a Igreja meses ou anos depois sentindo-se enganados”.
Os pastores, muitos deles importados do Brasil, fazem aquele circo clássico de exorcismos, “milagres”, ataques a deuses africanos e à “feitiçaria”. Pagando o dízimo, fica tudo em casa. Se aqui a Universal dispõe de poder político, lá não é diferente. Num evento no final de 2011, com mais de 500 mil espectadores, estavam o então primeiro ministro moçambicano, Aires Ali, o ministro da Justiça e o ministro dos Desportos e Cultura.
Edir Macedo não se manifestou publicamente sobre a tragédia em Luanda. Mas apareceu há dias na revista Bloomberg numa extensa reportagem sobre seu império. “Do ponto de vista de minha fé em Jesus Cristo, eu sou o homem mais rico do mundo”, disse cinicamente, por email, ao repórter Alex Cuadros. Sua fortuna é estimada em 1,2 bilhão de dólares. Tudo graças à teologia da prosperidade, a aberração que foi definida pelo próprio Macedo de maneira sucinta: “O Deus desse mundo é o dinheiro”. Ele mesmo continua: “Uma oferta é um investimento. Aquele que dá tudo, recebe tudo de Deus. É inevitável. É toma lá, dá cá”.
Lá como cá, a IURD é dona, em Moçambique, do canal de TV mais popular, de um jornal que está entre os mais lidos e de emissoras de rádio. No final dos anos 90, um jornalista chamado Carlos Cardoso escreveu uma série de artigos argumentando que as práticas financeiras da Universal se assemelhavam mais às de uma empresa do que às de uma igreja e por isso ela deveria recolher impostos. Não deu em nada, naturalmente.
Pobre África, tão longe de Deus, tão perto do bispo Macedo.

STF paga viagem de jornalista do Globo

O STF DEVE PAGAR VIAGENS? E O GLOBO DEVE ACEITAR?

Eis um caso inaceitável de infração de ética de mão dupla

Um asterisco aparece no nome da jornalista do Globo que escreve textos sobre Joaquim Barbosa em falas na Costa Rica.
Vou ver o que é o asterisco.
E dou numa infração ética que jamais poderia acontecer no Brasil de 2013.
A repórter viaja a convite do Supremo.
É um dado que mostra várias coisas ao mesmo tempo.
Primeiro, a ausência de noção de ética do Supremo e do Globo.
Viagens pagas já faz tempo, no ambiente editorial mundial e mesmo brasileiro, são consensualmente julgadas inaceitáveis eticamente.
Por razões óbvias: o conteúdo é viciado por natureza. As contas do jornalista estão sendo bancadas pela pessoa ou organização que é central nas reportagens.
Na Abril, onde me formei, viagens pagas há mais de vinte anos são proibidas pelo código de ética da empresa.
Quando fui para a Editora Globo, em 2006, não havia código de ética lá. Tentei montar um, mas não tive nem apoio e nem tempo.
Tive um problema sério, na Globo, em torno de uma viagem paga que um editor aceitou.
Era uma boca-livre promovida por João Dória, e o editor voltou dela repleto de brindes caros, outro foco pernicioso de corrupção nas redações.
Fiquei absolutamente indignado quando soube, e isso me motivou a fazer de imediato um código de ética na editora.
Surgiu um conflito do qual resultaria minha saída. Dias depois de meu desligamento, o editor voltou a fazer outra viagem bancada por Dória, e desta vez internacional.
Bem, na companhia do editor foi o diretor geral da editora, Fred Kachar, um dos maiores frequentadores de boca livre do circuito da mídia brasileira.
Isto é Globo.
De volta à viagem de Costa Rica.
Quando ficou claro que viagens pagas não podiam ser aceitas eticamente, foi a Folha que trouxe uma gambiarra ridícula.
A Folha passou a adotar o expediente que se viu agora no Globo: avisar que estava precaricando, como se isso resolvesse o caso da prevaricação.
A transparência, nesta situação, apenas amplia a indecência.
A Globo sabe disso. Mas quando se trata de dinheiro seus limites morais são indescritivelmente frouxos.
Durante muito tempo, as empresas jornalísticas justificaram este pecado com a alegação de que não tinham dinheiro suficiente para bancar viagens.
Quem acredita nisso acredita em tudo, como disse Wellington. Veja o patrimônio pessoal dos donos da Globo, caso tenha alguma dúvida.
É ganância e despudor misturados – e o sentimento cínico de que o leitor brasileiro não repara em nada a engole tudo.
Então a Globo sabe que não deveria fazer o que fez.
E o Supremo, não tem noção disso?
É o dinheiro público torrado numa cobertura jornalística que será torta moralmente, é uma relação promíscua – mídia e judiciário – alimentada na sombra.
Para usar a teoria do domínio dos fatos, minha presunção é que o Supremo não imaginava que viesse à luz, num asterisco, a informação de que dinheiro do contribuinte estava sendo usado para bancar a viagem da jornalista do Globo.
Como dizia meu professor de jornalismo nas madrugadas de fechamento de revista, quando um texto capital chegava a ele e tinha que ser reescrito contra o relógio da gráfica, a quem apelar?