quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

CINCO POLICIAIS SÃO PRESOS POR CHACINAS EM CAMPINAS


quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Uruguai: Ex-presidente será julgado por crimes na ditadura


O presidente do Uruguai José Mujica e o ministro da Defesa, Eleuterio Huidobro, assinaram, nesta segunda-feira (20), uma resolução determinando que o ex-ditador Gregorio Álvarez — de 88 anos, que governou o país de 1981 e 1985 — condenado pelos crimes cometidos durante a ditadura militar (1973-1985), será julgado pelo Tribunal de Honra das Forças Armadas.


Tal medida poderá fazer com que seja rebaixado e tenha sua pensão suspensa, como foi divulgado nesta terça (21) pelo diretor de Assuntos Jurídicos, Notariais e de Direitos Humanos, Roberto Caballero.

O tribunal vai julgar “sua conduta moral e seu comportamento ético e se concluir que não representou as Forças Armadas com honestidade e ética profissional, as sanções podem chegar à perda de sua aposentadoria e do direito do uso de seu uniforme ou de ser atendido no hospital militar”, acrescentou Caballero.

O ex-general Gregorio “Goyo” Álvarez, que foi comandante-em-chefe do exército uruguaio entre 1978 e 1979, e governou o país entre 1981-1985, está preso desde 2007 e foi processado e condenado em 2009 a 25 anos de prisão pela morte de 37 opositores em 1977 e 1978.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Madre Teresa desviava dinheiro de hospitais para o Vaticano

Madre Teresa de Calcutá (1910-1997), na ilustração ao lado,  recebeu de doadores centenas de milhões de dólares para seus hospitais — os quais ela chamava de “casas para doentes” —, mas o grosso (ou parte significativa) desse dinheiro ela mandou para o Vaticano, deixando os doentes em estado precário, sem remédios e cuidados.

Médicos classificaram esses locais de “casas da morte” ou de “necrotérios”. No âmbito da OMS (Organização Mundial da Saúde) houve denúncias de que as “casas” eram locais de epidemias. Uma ex-voluntária escreveu que faltava até AAS para amenizar a dor dos doentes.

Essa são algumas das revelações do estudo “O Lado Escuro de Madre Teresa” feito por Serge Larivee, Carole Senechal e Geneviève Chenard, da Universidade de Montreal, Canadá.

Em 1979, ela foi premiada com o Nobel da Paz e em 2003 beatificada pela Igreja Católica. A missionária já tinha se tornado um símbolo da caridade cristã. 

Mas os pesquisadores canadenses, após examinar mais de 500 documentos, constataram que os alegados altruísmo e generosidade de Madre Teresa não passavam de fantasia vendida como verdade pela imprensa internacional.

A rigor, ela foi “inventada” pelo jornalista Malcolm Muggeridge, da BBC, que lhe dedicou em 1969 o documentário “Algo bonito para Deus”, apresentando ao mundo a figura frágil de uma missionária que se dedicava aos pobres e doentes da Índia. Em 1971, o jornalista publicou um livro com o mesmo título. 


Leia mais em http://www.paulopes.com.br/2013/08/madre-teresa-desviava-dinheiro-de-doentes-para-vaticano.html#ixzz2qzhcXmWc
Paulopes informa que reprodução deste texto só poderá ser feita com o CRÉDITO e LINK da origem. 

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

ONU acusa Vaticano de manter esquema de ocultação de crimes sexuais contra crianças


A ONU acusa o Vaticano de manter um “sistema de ocultação” de crimes sexuais contra crianças, de não colaborar com a Justiça e pede que a Santa Fé revele qual a dimensão dos casos envolvendo padres pelo mundo.
O Vaticano admitiu a existência de abusos sexuais cometidos pelo clero contra crianças. Alertou que os crimes “não podem ser ignorados por outras prioridades ou interesses”. Mas os relatores querem mais transparência por parte do Vaticano. Sara Oviedo Fierro, relatora da ONU, foi uma das que lideraram o questionamento.
“O que tem sido implementado de fato? Quantas pessoas foram consideradas culpadas? Quantos padres foram entregues para a Justiça?”, questionou.
Sara Fierro apontou que sanções adotadas pelo Vaticano são vistas como não sendo da mesma magnitude do crime. “Existe um sistema de ocultação dos crimes”, afirmou.
“Vocês estão dispostos a expor a dimensão do problema ao mundo? Vocês sabem o número de casos. Por que não difundir?”

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Paquistanesa espanca sua empregada de 10 anos até a morte

A polícia do Paquistão prendeu nesta terça-feira (7) uma mulher que espancou até a morte sua empregada, que tinha apenas 10 anos. As informações são da agência AP.
A garota morreu no último sábado após passar algumas horas internada em um hospital local. Médicos que a atenderam que alertaram a polícia sobre a possibilidade de maus tratos e tortura. Logo após o início das investigações a mulher, que teve sua identidade preservada, confessou que havia espancado a menina com uma barra de aço.
O trabalho infantil é bastante comum no Paquistão, uma vez que as leis locais não exigem idade mínima para que uma pessoa possa trabalhar. Casos de crianças pobres que trabalham como empregadas domésticas de famílias ricas são recorrentes no país, assim como a incidência de abusos físicos e sexuais.
http://br.noticias.yahoo.com/paquistanesa-espanca-sua-empregada-de-10-anos-at%C3%A9-a-morte-163934899.html

domingo, 5 de janeiro de 2014

O desembargador e a miséria humana


O desembargador, o garçom, o bom samaritano e o Brasil

Por Paulo Nogueira

A miséria e a grandeza humana se encontraram numa padaria de Natal neste final de ano.
A miséria foi representada pelo desembargador Dilermando Motta, e a grandeza pelo cidadão Alexandre Azevedo.
Um garçom foi o palco involuntário do combate entre a grandeza e a miséria.
Segundo os relatos, o desembargador pegou o garçom pelos ombros aos gritos e o mandou tratá-lo como “excelência”. Ameaçou “quebrar a cara” do garçom.
O motivo: o garçom não colocara gelo em seu copo.
Alexandre reagiu, e isto está registrado num vídeo que está sendo intensamente visto e compartilhado na internet.
Numa nota sobre o caso, Alexandre citou Darcy Ribeiro. “Ele dizia que só há duas opções na vida: se resignar ou se indignar. E eu não vou me resignar nunca.”
O desembargador chamou a polícia na padaria, depois de dizer que Alexandre seria preso imediatamente. Quatro viaturas logo acudiram. Mas, feitas perguntas aos presentes, ninguém foi preso. Evangélico fervoroso, Motta, como você pode observar no vídeo, berrava palavras como “endemoniado” e “endiabrado” ao bom samaritano que tomara a defesa do garçom.
Bando de cagão”, disse o desembargador aos policiais segundo Alexandre. Um novo vídeo capta o momento em que Motta ofende os policiais. Nele, a voz de uma mulher corrobora a versão de Alexandre. “Todo mundo é testemunha”, diz ela à polìcia.
Numa entrevista posterior ao caso, Alexandre disse que Motta estava armado, e manifestou preocupação com eventuais de um “homem poderoso”.
Num mundo menos imperfeito, uma prisão teria sido feita: a do desembargador, por abuso de autoridade.
Num mundo menos imperfeito, o caso teria conquistado repercussão nacional na mídia. Mas a mídia brasileira não dá voz aos desvalidos, aos humilhados e ofendidos. Eles são nossos irmãos invisíveis.
Na Inglaterra, em 2012, ocorreu um episódio de certa forma assemelhado. Um alto funcionário da equipe do premiê Cameron foi acusado de chamar de “plebeus” os policiais que não o deixaram sair de bicicleta pelo portão principal de Downing Street, a sede do governo. Os policiais pediram que ele usasse a saída dos pedestres.
Foi uma comoção nacional. A mídia chamou o caso de “Plebgate”. Em pouco tempo, o acusado perdera o emprego depois de já haver perdido a reputação.
Na Escandinávia vigora um código — a Janteloven, leis de Jante, cidade fictícia que moldou a cultura igualitária da região — segundo o qual ninguém é melhor — nem pior — que ninguém por força de cargo e dinheiro. O infame comentário de Boris Casoy sobre os lixeiros o teria transformado imediatamente num pária social se tivesse sido proferido na Escandinávia.
No Brasil, a reação ao comportamento do desembargador se restringiu essencialmente às redes sociais, o que mostra o divórcio entre a mídia e a realidade dos brasileiros.
No começo deste ano, a única vítima do episódio era o garçom. Ele foi afastado por estar com problemas psicológicos, segundo a padaria. Foi colocado em “férias”.
O desembargador, numa nota, afirmou que está tomando as “providências cabíveis”. Ora, o mínimo “cabível” era um pedido honesto de desculpas ao garçom e às pessoas da padaria que tiveram que aturar sua arrogância violenta.
Não poderia haver retrato melhor da justiça brasileira e nem da mídia, que só dá voz a quem já a tem em alta escala.
A internet faz seu papel: reage ao abuso e, como Alexandre, defende vigorosamente o garçom.
No momento em que escrevo, nem um único repórter fora convocado para ouvir a história do garçom. Ninguém fora à sua casa, que podemos bem imaginar como seja.
Nenhuma autoridade – federal, estadual, municipal – se pronunciara em favor dele.
E o desembargador viverá em 2014 como sempre viveu, sabedor dos poderes que o cargo lhe dá.

Assista ao vídeo: