quarta-feira, 19 de março de 2014

“Açúcar é a droga mais perigosa do nosso tempo”, diz especialista

Para os apaixonados por doces, um alerta: “açúcar é a droga mais perigosa do nosso tempo”, de acordo com Paul van der Velpen, chefe do serviço de saúde de Amsterdã, na Holanda. Ele explica que o seu uso deve ser desencorajado porque é viciante e que os produtos açucarados deveriam vir com alertas de saúde, assim como os maços de cigarro. Os dados são do jornal Daily Mail.
 Velpen afirmou que é “tão difícil de largar [o açúcar] quando o cigarro”. Segundo ele, quando as pessoas comem gorduras e proteínas, param quando se sentem satisfeitas, mas, no caso do açúcar, ingerem por mais tempo, até que o estômago comece a doer. 

A solução, na opinião do especialista, é tributar o açúcar da mesma forma que o álcool e o cigarro. Também sugeriu que a quantidade de açúcar que pode ser adicionada aos alimentos processados deve ser regulamentada.


Estudo: excesso de açúcar é tão prejudicial quanto o cigarro


Pesquisadores acreditam que a regulamentação para a venda do açúcar deveria ser mais rígida, evitando diversos problemas de saúde
Foto: Getty Images
O açúcar é um veneno e deveria ter sua venda controlada assim como o cigarro e o álcool. A radical afirmação é a conclusão de cientistas americanos, que atribuem o consumo excessivo de açúcar em alimentos e bebidas ao crescimento de doenças como obesidade, câncer, problemas no coração e no fígado. As informações são do jornal britânico Daily Mail.
Eles acreditam que isso contribui para a morte de 35 milhões de pessoas por ano, em todo o mundo, o que na opinião dos pesquisadores é motivo suficiente para haver um maior controle e uma legislação mais rígida neste sentido. Em um artigo intitulado “A verdade tóxica sobre o açúcar”, publicado no jornal Nature, os cientistas afirmaram: “um pouco não é um problema, mas muito mata – lentamente”, sentenciaram.
Eles alertam, ainda, que a obesidade atualmente representa um problema maior do que a desnutrição em todo o mundo. Eles reforçam que o açúcar não só contribui para a obesidade, mas afeta o metabolismo como um todo, aumenta a pressão arterial, desequilibra os hormônios e faz mal ao fígado. Os danos causados também estão associados ao abuso do álcool – feito com açúcar destilado.
Os pesquisadores mostram que, assim como o álcool, o açúcar está disponível em larga escala, o que induz o abuso. Eles acreditam que a restrição seria mais efetiva do que educar as crianças sobre dietas ou exercícios físicos.
Sendo assim, o estudo sugere que a taxa sobre os refrigerantes seja dobrada, o que poderia reduzir sua venda; assim como regulamentações mais rígidas em escolas e lanchonetes. O artigo mostra também que o consumo de açúcar atual representa o triplo do que era consumido há 50 anos. Outras linhas de pesquisa se opõem a esta teoria, afirmando que a chave para a boa saúde está em uma dieta variada, incluindo atividades físicas.
http://comidaecologica.com.br/bemvindo/acucar-e-a-droga-mais-perigosa-do-nosso-tempo-diz-especialista/

sábado, 15 de março de 2014

Como a Globo manipula a justiça brasileira através do Instituto Innovare


Poucas coisas são tão destrutivas quanto uma má iniciativa disfarçada de boa.
É o caso do Instituto Innovare, com o qual as organizações Globo mantêm relações abjetamente promíscuas com o sistema judiciário brasileiro.
O Innovare é uma iniciativa da Globo alegadamente dedicada a reconhecer boas práticas nos tribunais. O que ocorre no entanto é a negação da melhor prática que pode haver em qualquer justiça de qualquer país: a distância saudável e intransponível entre juízes e mídia.
O ministro Ayres Britto é o atual presidente do conselho superior do Innovare.
Ele saiu diretamente do supremo – no qual teve trágico papel no julgamento do mensalão — para os braços do Innovare, portanto da Globo.
Na última premiação do Innovare estavam presentes Joaquim Barbosa, Gilmar Mendes e Roberto Irineu Marinho, presidente da Globo. A cerimônia recebeu uma cobertura extraordinariamente longa do Jornal Nacional. Foram 2 minutos e meio de reportagem.
Numa demonstração de quando é ambivalente a relação do governo com a Globo, também o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, estava lá. O Ministério da Justiça é um dos patrocinadores de uma entidade que conspurca a noção essencial de justiça.
Como você pode pretender que a justiça brasileira julgue qualquer processo da Globo com o mínimo de isenção? O fato é de que com seu estilo de não deixar feridos a Globo ocupou o judiciário brasileiro.
São vividas as lembranças de Ayres Britto abraçado a Merval Pereira, quando este lançou um livro sobre o mensalão. Era uma imagem repulsiva quando se pensa na independência que o judiciário tem que manter da mídia, mas mesmo assim, Ayres e Merval trataram de divulgá-la alegremente.
Fora tudo o Innovare promove palestras – uma fonte certeira de dinheiro fácil.
E quem são os palestrantes em sua maior parte? Exatamente aqueles em que você está pensando, Barbosa, Mendes e por aí vai.
Qualquer prática na justiça brasileira é insignificante se ela não for precedida da mãe de todas a boas práticas – a independência, em relação à a mídia e por extensão ao poder econômico.
O Innovare, por isso, muito mais que uma premiação, é uma chaga para o país.

quinta-feira, 6 de março de 2014

Ativista negro é solto após 43 anos preso nos EUA


Depois de passar mais de quatro décadas atrás das grades, o ex-líder do grupo radical negro Panteras Negras em Baltimore, Marshall "Eddie" Conway, foi libertado ontem. Em janeiro de 1971, ele foi condenado à prisão perpétua pela morte do policial Donald Sager, assassinado dois anos antes.
Conway, hoje com 67 anos, sempre defendeu sua inocência, dizendo que a emboscada que terminou com a morte do policial foi montada para incriminá-lo. Conway nega qualquer envolvimento com o ataque. Há anos existe um campanha para que ele fosse perdoado.
O jornal The Sun explicou que sua libertação foi possível depois que a Corte de Baltimore passou a reconhecer, desde o semestre passado, que os jurados de julgamentos anteriores a 1980 foram instruídos erroneamente. Com base nesse entendimento, Conway fez um acordo com a promotoria, segundo o qual sua sentença foi comutada para prestação de serviço. Ele deverá ficar sob liberdade condicional pelos próximos cinco anos. De acordo com o Sun, 12 condenados já foram soltos graças a esse posicionamento e outros 200 poderão se beneficiar dele.
A mais importante organização de defesa dos direitos civis nos EUA, a NAACP, divulgou comunicado comemorando a libertação de Conway. "Hoje é um dia monumental para milhares de cidadãos de Maryland e milhões pelo mundo que têm defendido, há tanto tempo, a liberdade de Marshal "Eddie" Conway. Sua libertação é uma importante página virada nessa trágica história", destacou a entidade.
Fundado na Califórnia, em 1966, o grupo revolucionário Panteras Negras tinha, inicialmente, o objetivo de proteger a comunidade negra da brutalidade policial, ainda marcada pela segregação nos EUA. A organização, porém, ganhou notoriedade nos anos 70, após envolver-se com o movimento Black Power e ter recorrido a ações violentas. / AP e REUTERS

terça-feira, 4 de março de 2014

"Ditadura tinha uma máquina de ocultar cadáveres"

Em audiência, ex-militante da ALN lembra como irmãos e companheiros de luta armada foram enterrados com outros nomes

Na tentativa de esconder a tortura e as barbáries cometidas pelo Estado, a ditadura brasileira contava uma engenhosa logística para enterrar os corpos de oposicionistas mortos em seus porões. Segundo Iara Xavier Pereira, ex-militante da ALN (Ação Libertadora Nacional) que depôs nesta segunda-feira 24 à Comissão da Verdade do Estado de São Paulo “Rubens Paiva” e à Comissão Nacional da Verdade, os agentes mantinham uma verdadeira “máquina de ocultação de cadáveres”.
“Era algo que passava pela conivência do IML, pela dos cartórios, e dos médicos legistas que adulteravam os óbitos que chegavam à Justiça. Uma máquina perfeita com modus operandi de ocultação e montada para acobertar esses crimes”, afirmou.
Leia mais:
http://www.cartacapital.com.br/politica/ditadura-a-maquina-de-ocultacao-de-cadaveres-377.html