domingo, 6 de maio de 2012

Greve de fome de 1,6 mil presos palestinos continua em Israel

Segundo a associação de defesa de prisioneiros palestinos Adamir, o número de presos que aderiram à greve de fome na verdade chega a dois mil

A greve de fome de pelo menos 1,6 mil presos palestinos em prisões israelenses continua e dez deles estão hospitalizados por conta de sua frágil situação. Segundo a Anistia Internacional, dois dos dez detentos hospitalizados correm risco de morte já que estão há 67 dias sem comer.
De acordo com a associação de defesa de prisioneiros palestinos Adamir, no entanto, o número de presos que aderiram à greve de fome chega a dois mil.
Já a ONG palestina de direitos humanos Al-Haq corrige esse número para 2,6 mil. De acordo com a porta-voz do serviço penitenciário israelense, Sivan Weizman, mais de 4,6 mil palestinos se encontram detidos nas prisões israelenses.
Entre os presos hospitalizados, está o líder da Frente Popular para a Libertação da Palestina, Ahmed Saadat, que tem cerca de 60 anos de idade.
Segundo a Anistia Internacional, Bilal Diab e Zaer Halahle estão sendo submetidos a um tratamento "cruel, desumano e degradante". De acordo com a organização, os dois correm perigo já que estão há 67 dias em greve de fome.
Diante do tratamento dispensado aos presos palestinos, o líder do movimento islamita Hamas, Khalil Haja, afirmou que a greve de fome "não é um jogo" e que pode provocar mortes. "Se isto acontecer, podem esperar de nós tanto o esperado como o inesperado", ameaçou.
Pelo menos dez dos 1,6 mil presos palestinos em greve de fome nas prisões israelenses estão hospitalizados, enquanto a Anistia Internacional adverte para o risco de morte de dois deles que estão há 67 dias sem comer e o Hamas ameaça com "o esperado e o inesperado" se algum deles morrer.
Na quinta-feira passada, a Corte Suprema de Israel realizou uma audiência para revisar o caso, mas não tomou decisão alguma e Diab desmaiou em pleno tribunal.
Os prisioneiros pedem o fim do isolamento penintenciário e da detenção administrativa, que permite a prisão de palestinos nos territórios ocupados sem que sejam apresentadas acusações ou provas. 

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