terça-feira, 27 de novembro de 2012

Esta é a polícia que nós temos... uma herança da ditadura militar!

É com esta questão que apresentamos três flagrantes de violência policial, ocorridas em lugares e situações diferentes. Como podemos confiar na polícia se ela age dessa forma? E isso parece ser um comportamento rotineiro, é só ver as crescentes denúncias nas corregedorias. Não podemos mais permitir a existência da PM tal como foi herdada da ditadura militar. É hora de avançar o debate sobre a desmilitarização da Polícia Militar.


1- Policiais envolvidos em agressão de torcedora são afastados, diz PM

Com a punição, PMs deixam de trabalhar nas ruas e fazem trabalho interno.
Torcedora agredida relatou que a situação 'foi constrangedora'.

Os policiais militares que agrediram a torcedora Ana Paula Lima antes da partida do Coritiba contra o Vasco da Gama no sábado (17), em Curitiba, foram afastados do serviço operacional. A informação foi confirmada pela Polícia Militar nesta quarta-feira (21).
Parte da agressão foi filmada por outra torcedora que participava da escolta realizada pela PM até o estádio. As imagens mostram um policial batendo a cabeça da vítima contra um portão de ferro.
De acordo com a assessoria de imprensa da PM, com a punição, os policiais deixam de atuar nas ruas e passam a trabalhar em serviços internos da corporação.
Além dos que aparecem na imagem, toda a equipe que participou da escolta também foi afastada dos serviços operacionais. A assessoria não soube confirmar a quantidade de policiais.

Assista o vídeo:

http://g1.globo.com/parana/noticia/2012/11/policiais-envolvidos-em-agressao-de-torcedora-sao-afastados-diz-pm.html

2- Ação da PM em Curitiba termina com agressões a idosa e abuso de poder

Advogada presa na ação diz que foi vítima de tortura e racismo dos policiais.
Família vítima dos policiais se preparava para jantar quando houve invasão.

Moradores do Bairro Alto, em Curitiba, acusam um grupo de policiais de abuso de autoridade. Em uma ação, no início da noite de sábado (24), eles invadiram uma casa, bateram nos moradores e prenderam 11 pessoas. Entre as vítimas das agressões, está uma idosa de 72 anos.
Conforme os moradores, a polícia invadiu a casa após um motociclista se recusar a mostrar os documentos do veículo aos policiais. O homem teria fugido para dentro da casa. Segundos depois, mais de uma dezena de PMs entrou no local. “Já entrou com cassetete para um lado, chutes para o outro. Já foi derrubando tudo. Foram entrando para dentro e massacrando”,  lembra a aposentada Zulmira Floriano.
Ela e a família se preparavam para jantar quando aconteceu a invasão. Zulmira, o marido, os três filhos e a mãe foram agredidos pelos policiais. Em vários locais da casa, as marcas de sangue comprovam a versão das vítimas. Num dos cômodos, três dias depois da confusão, os pedaços de um cassetete quebrado ainda estão no chão.
Vizinhos registraram parte da confusão. Nas imagens, é possível ver quando os policiais invadem a casa e como agem após prender os moradores. Num dado momento, um morador diz aos policiais “Agora vai falar que o piá (garoto) resistiu à prisão”. Um dos PMs, sai em busca de quem proferiu a frase. “Que você falou, hein, seu filho da p...?”, questiona o policial.
Outra vítima das agressões foi a advogada Andréa Vitor. Ela conta que foi ao local para saber o que estava acontecendo, mas acabou detida pelos policiais. Junto com outras 10 pessoas que foram presas, ela foi encaminhada para um módulo da Polícia Militar.
No local, ela afirma que os policiais agrediram novamente os presos. “Eles me deram um tapa no rosto”, lembra. A advogada diz que também foi vítima de racismo. “Advogada, com essa corzinha, sua negra vagabunda, sua preta vadia”, teriam dito os policiais a ela.
O corregedor-geral da Polícia Militar, César Kogut, reconheceu o abuso dos policiais. Segundo ele, o caso será investigado pela corregedoria. “Existem indícios de que houve abuso de poder e abuso de autoridade. Isso vai ser apurado, tanto que foi aberto inquérito”, afirma.
Para o advogado de Andréia, Elias Mattar Assad, o caso configura, além de racismo, crime de tortura. “A atitude da PM não se pautou dentro da lei. E quando não se pauta dentro da lei, é barbárie”, diz.
Assista o vídeo: http://g1.globo.com/parana/noticia/2012/11/acao-da-pm-em-curitiba-termina-com-agressoes-idosa-e-abuso-de-poder.html

3- CPC analisa imagens de PMs agredindo suspeitos rendidos Corregedor-geral afirma que responsáveis poderão ser expulsos da corporação

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O comandante do policiamento da capital, coronel Gilmar Batinga, analisa as imagens de policiais militares agredindo suspeitos já rendidos, que foram divulgadas pela TV Gazeta e pelo Jornal Nacional, da Rede Globo, na noite dessa segunda-feira (26). Segundo a corregedoria da PM, os responsáveis poderão ser expulsos da corporação.
Além da gravação, o coronel também coleta documentos para encaminhar à corregedoria da Polícia Militar, que espera instaurar o processo administrativo até a próxima quarta-feira (27).

“Somente pelas imagens, provavelmente não será possível identificar os agressores, mas vamos investigar porque também é nossa vontade punir os responsáveis por isso”, declarou o corregedor-geral da PM, coronel Louverci Monteiro de Oliveira.

Uma vez instaurado, a corregedoria tem 30 dias para concluir as investigações, podendo esse prazo ser prorrogado por mais 15 dias. “As penas possíveis para os atos que eu vi nas imagens podem ser de prisão administrativa [quando o militar fica recluso no quartel da PM] ou licenciamento [expulsão da corporação]”, explicou o corregedor-geral.

O vídeo
O vídeo enviado à TV Gazeta mostra policiais militares agredindo suspeitos já rendidos, durante operação no Trapiche da Barra, em Maceió. Além de socos e pontapés, um dos policiais utiliza um aparelho de choque contra um acusado que está de joelhos. Os militares pertencem ao Batalhão de Radiopatrulha e as cenas foram flagradas por um cinegrafista amador. 

Assista o vídeo: http://gazetaweb.globo.com/noticia.php?c=328471&e=12 

Cerca de 200 policiais militares são denunciados por ano, diz corregedoria

Cerca de 200 denúncias contra policiais militares são registradas anualmente pela corregedoria da PM, afirmou o corregedor-geral, coronel Louverci Monteiro de Oliveira. As punições para casos dessa natureza podem ser de prisão administrativa, quando o militar fica recluso no quartel, até licenciamento, quando o agente é expulso da corporação.
O coronel garantiu que todas as queixas são devidamente apuradas. “Mas o procedimento administrativo demora um pouco porque precisamos respeitar todo o processo legal, garantindo o princípio do contraditório e da ampla defesa”, explicou o corregedor-geral, que informou que o prazo para a conclusão do inquérito é de 30 dias, podendo ser prorrogado por mais 15.

http://gazetaweb.globo.com/noticia.php?c=328474&e=12

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