sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Estado assassino de Israel recomeça a matança anual de palestinos

Israel retoma a carnificina anual com objetivo de exterminar o povo palestino.


15 civis assassinados, entre eles uma grávida e um bebê de sete meses, e mais de cem feridos

Dois dias antes de Israel assassinar líder do Hamas e semear a morte em Gaza, seu ministro do Exterior ameaçou presidente palestino se for mantida proposta de reconhecimento do Estado da Palestina na ONU

No dia 14 de novembro, o exército israelense atacou em vários pontos da Faixa de Gaza, incluindo a principal cidade, Gaza e ainda Khan Younis e Beit Lahia.
A agência de notícias palestina, Ma’an, informa a morte de 15 civis e mais de 100 feridos logo no primeiro dia de bombardeios. Entre os assassinados reportados, um bebê de 7 meses, Ranan Arafat (cujo corpo ficou incinerado), uma menina de 7 anos e mais um garoto de 11 vítima de um obus de tanque. Uma mulher, grávida de gêmeos, também faleceu.
Os ataques, até o fechamento dessa edição, foram através de mísseis lançados por caças israelenses e obuses atirados por tanques na fronteira com a Faixa de Gaza contra uma das regiões mais povoadas do mundo. Em 2008, um ataque criminoso a Gaza, perpetrado pelo mesmo premiê Netanyahu, destruiu cerca 4.000 casas palestinas e atingiu 53 instalações patrocinadas pela ONU. Mais de mil palestinos morreram nos 23 dias de bombardeios constantes, incluindo mais de 400 crianças e adolescentes.
Outro ataque lançado em março deste ano tirou a vida de 25 palestinos.
Antes do bombardeio generalizado, o regime israelense assassinou, Ahmad Al Jabari, uma das principais lideranças e responsável pelo aparato armado do Hamas na Faixa de Gaza, com um míssil sobre o carro onde se encontrava.
O assassinato de Jabari foi um dos mais absurdos já cometidos pelos israelenses, uma vez que ele era a liderança indicada pelo Hamas para acompanhar o cessar-fogo acordado entre esta facção palestina (que detém o poder na Faixa de Gaza) e o governo de Israel. Jabari também fora o negociador pelos palestinos de Gaza nas conversações que levaram a liberação do soldado israelense Gilad Shalit (que fora detido pelas forças de resistência palestinas) mediante a soltura de presos palestinos nas prisões israelenses. A soltura de Shalit era um anseio não só de seus familiares, mas de todos os israelenses.
Os primeiros misseis lançados por Israel logo após a morte de Jabari foram contra instalações da polícia e outras forças de segurança palestinas em Gaza.
O governo de Israel já sinaliza com uma escalada ainda maior contra Gaza e seus reservistas já foram convocados e o exército, segundo a agência de notícias, Rússia Today, "não descarta a expansão do ataque, incluindo com o uso de forças terrestres em invasão", como ocorreu em 2008. Depois do desgaste do morticínio de 2008, uma chacina confessa até no nome da operação, "Chumbo derretido", Israel agora chama a nova agressão de "Pilar de defesa".
Mesmo depois da morte de crianças e mulheres palestinas Netanyahu disse que se tratavam de "operações cirúrgicas com armas de alta precisão" e que Israel estava "fazendo todo o possível para não causa danos a civis".
Obama ligou para Netanyahu para dizer que "Israel tem o direito à defesa" e também se disse preocupado "que os civis não sejam prejudicados".
Tudo isso ocorre dois dias depois do ministro do Exterior de Israel, Avigdor Lieberman, ter contatado todos os embaixadores de seu regime e afirmado que se a Autoridade Nacional Palestina (ANP) mantiver a proposta de reconhecimento do Estado Palestino na ONU "todos os acordos de Oslo serão rompidos".
A ANP conclamou o Conselho de Segurança da ONU a se posicionar diante das "ações criminosas e ilegais" de Israel.
O enviado palestino à ONU, Riyad Mansour, chamou o CS da ONU – através de seu atual presidente, o embaixador da Índia, Hardeep Singh Puri - a "deter Israel que provoca outro ciclo de violência e derramamento de sangue".
"Mais uma vez a comunidade internacional é testemunha de um malfadado massacre por parte de Israel, através do uso dos meios militares mais letais e medidas ilegais contra a indefesa população civil palestina", declarou ainda Mansour.

http://www.cut.org.br/destaque-central/50575/israel-retalia-estado-palestino-na-onu-com-chacina-em-gaza

 

 

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