Em comunicado neste domingo,
Argentina, Brasil, Uruguai e demais associados do Mercosul anunciaram a decisão
de suspender o Paraguai de imediato e, portanto, impedir o dirigente golpista
Federico Franco de participar da XLIII Reunião do Conselho do Bloco e da Cúpula
dos chefes de Estado que acontece a partir desta 2ª feira, Mendoza, na
Argentina. No encontro estava prevista a passagem da Presidência pro
tempore do Mercosul à República do Paraguai, leia-se, ao presidente
democraticamente eleito, Fernando Lugo. A decisão é o desfecho de um cerco
regional crescente ao golpe que destituiu Lugo, na última sexta-feira, um
simulacro de impeachment, em rito sumário, que durou menos de 30 horas. Já no
sábado, em entrevista à TV Pública de seu país, Cristina Kirchner fora enfática
quanto a posição de seu governo --'Argentina no va a convalidar el golpe de
Estado en Paraguay'(veja aqui: http://www.telam.com.ar/nota/29325/ ). No mesmo dia, a Casa
Rosada retirou seu embaixador em Assunção, assumindo a liderança do
rechaço regional à derrubada de Lugo. Horas depois, o Brasil adotaria atitude
parecida, seguido pelo Uruguai. Neste domingo Chávez fez o mesmo e cortou o
envio de petróleo ao Paraguai. O comunicado do Mercosul adianta que novas
represálias poderão ser adotadas em Mendoza.
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