A situação de crise profunda do sistema
capitalista atinge com força a Europa. Nos últimos dias, os mineiros espanhóis
se levantaram junto com seu sindicato para defender seus postos de trabalho
numa grande greve e resistem a uma dura repressão da polícia. Eles exigem que
suas organizações lutem até o fim contra a política que tem atacado os
trabalhadores espanhóis e marcham até Madrid para protestar por suas
reivindicações. Eles vem de várias partes do país. Alguns chegaram a percorrer
400km para chegar na capital do Estado Espanhol
O processo de desindustrialização na verdade é um problema do
sistema capitalista que acaba atingindo especialmente a classe trabalhadora.
Desde 1951 foram fechadas várias minas pela Europa. Como é o caso de minas na
Bélgica, Inglaterra, França. Alemanha e Polônia, por exemplo.
Na Espanha, a grande mina de carvão pública
Hunosa passou de 27 mil trabalhadores para 1.800. A redução de empregados
diminuiu especialmente após entrada do país na Comunidade Europeia (embrião da
União Europeia).
O Governo Rajoy, submisso ao FMI e da União
Europeia para que reduza o déficit faz cortes de todo tipo. A política levada
pelas direções dos principais centrais sindicais é a do “dialogo social”
de acompanhamento da aplicação dos planos de austeridade para “salvar”
o sistema em colapso.
Jovens espanhóis do comitê por uma organização
revolucionária da juventude, que junto com a JR e outras organizações edita o
Boletim Internacional de Jovens lançaram uma nota de apoio aos mineiros e
aproveitam a situação para se organizarem. Reproduzimos abaixo a nota do Comitê
por uma Organização Revolucionária da Juventude:
“Juventude: TODOS COM OS MINEIROS!
A marcha dos mineiros é a ponta de lança da luta
de todo o povo contra os cortes sociais, contra as subida das taxas, em defesa
da Saúde e da Educação, a de toda a classe trabalhadora contra a reforma
trabalhista e em defesa de suas conquistas. […]
Precisamos de uma
organização
Quem representa a luta dos mineiros? Quem
defende os jovens e os trabalhadores? Os que tem aprovado os planos de ajuste e
aplicam ou apoiam na Andaluzia, Canárias, Estremadura ou Astúrias?
Para defender-nos precisamos ter uma organização
própia de jovens, que não esteja à serviço dos que aplicam os cortes sociais.
Que parta apenas das necessidades e os interesses da juventude, que lute pela
unidade de trabalhadores e jovens para defender-nos dos que querem acabar com
tudo o que se conquistou lutando durante anos.
Esta organização deve ser parte da luta por uma
nova representação política da classe trabalhadora, que defenda suas
reivindicações e conquistas, lute contra os planos de ajuste e ajude a
organizar o amplo movimento de oposição à política de diálogo social dos
dirigentes sindicais.
CONTRA TODOS OS CORTES E PLANOS DE AJUSTE
PELA UNIDADE DE TRABALHADORES E JOVENS
POR UMA ORGANIZAÇÃO REVOLUCIONARIA DA JUVENTUDE
Comitês por uma Organização Revolucionária
da Juventude”
Marcius Sidartha, é militante da JR no Distrito Federal
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