quarta-feira, 12 de junho de 2013

Pai consegue condenação de PMs pelo assassinato do filho

Em decisão inédita, Justiça condena dois policiais a 15 anos por homicídio e ocultação de cadáver do jovem Rodrigo Isac dos Santos, crimes ocorridos em 2001


“Tenha cuidado”, disse Elias ao filho Rodrigo, de 17 anos, na noite de sábado, 18 de novembro de 2001. O rapaz estava a caminho da discoteca Weif, em Guarulhos, com a namorada. Na volta da balada, deixou a garota em casa e seguiu caminhando junto com cinco amigos. Quando chegou à avenida Miguel Ackel, no bairro de Vila Isabel, foram chamados por dois jovens para ajudá-los a carregar fios de eletricidade que estavam sendo roubados. Três carros da Polícia Militar surgiram e começaram a persegui-los. Os policiais deram seis tiros. Todos correram. Quatro, para o quintal de uma casa; o quinto escondeu-se debaixo de um carro. O único que não conseguiu escapar foi Rodrigo. Sob os olhares de vizinhos e amigos, foi colocado na caçamba da viatura. Jamais retornou.
“Onde está meu filho?” perguntou-se o pai quando acordou na manhã seguinte. Ele esperou até terça feita, quando saiu a pé para fazer o percurso de sua casa até a discoteca onde o jovem fora na noite de sábado. Ali começava a longa investigação pelo paradeiro de seu filho. A saga de Elias Isac dos Santos durou 11 anos e meio e culminou na condenação, por homicídio e ocultação do cadáver de Rodrigo, de dois dos sete PMs envolvidos no seu desaparecimento.
No dia 3 de abril deste ano, o policial Jair de Almeida Bernardo foi sentenciado a 15 anos de prisão. Em 10 de setembro de 2012, Ricardo Veron Guimarães Júnior já havia sido condenado ao mesmo tempo de reclusão. 
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