segunda-feira, 16 de junho de 2014

Trabalho infantil, a face mais cruel da exploração do capital

O trabalho infantil ainda é um problema crônico no Brasil. De acordo com a Pnad/IBGE (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2012, cerca de 3,5 milhões de crianças e adolescentes entre cinco a 17 anos de idade encontram-se sujeitas ao trabalho infantil.
A pesquisa aponta um recuo de 5,41% em relação ao ano anterior. Sedimentados por faixa etária, os dados apresentam o seguinte cenário: 81 mil crianças entre 5 a 9 anos; 473 mil entre 10 e 13 anos e cerca de 3 milhões entre os 14 e 17 anos.
São crianças e adolescentes que não possuem qualquer tipo de representação, sem condições de reivindicar direitos, em situação de vulnerabilidade social e, portanto, tornam-se potenciais alvos do capital. “É a face mais cruel do capital, ampliar lucros e resultados a partir da exploração de mão de obra infantil”, condenou Expedito Solaney, secretário nacional de Políticas Sociais da CUT, ao afirmar que o Dia Mundial e Nacional de Combate ao Trabalho Infantil (12 de junho) é um importante momento para conscientizar, debater e propor ações contra esta prática.
O dirigente alerta que no ritmo atual o Brasil não cumprirá a meta de eliminar as piores formas de trabalho infantil até 2015, conforme compromisso assinado junto a ONU (Organização das Nações Unidas) e OIT (Organização Internacional do Trabalho).
“A partir de dados dos últimos três anos é possível verificar que será muito difícil atingir a meta. Vamos pressionar o governo a adotar políticas mais agressivas e direcionadas que de fato levem a uma redução concreta dos atuais números”, disse. O País, por exemplo, conseguiu com quatro anos de antecedência atingir um dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio que era o de reduzir a mortalidade infantil.
Leia mais:
http://www.cut.org.br/destaques/24458/trabalho-infantil-a-face-mais-cruel-da-exploracao-do-capital

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