domingo, 11 de agosto de 2013

Recusa de jovem israelense levanta discussão sobre serviço militar obrigatório

Eyal Yablonko, de 18 anos, se negou a servir o exército por discordar da política de ocupação dos territórios palestinos

Quando completou 18 anos, idade com a qual os jovens israelenses abandonam suas casas para cumprir o serviço militar obrigatório, Eyal Yablonko se recusou a seguir a tradição e dessa forma se juntou a um pequeno grupo de cidadãos do país que se nega a ir para o exército. Há três semanas preso em uma cadeia militar como punição, o rapaz justificou a decisão declarando ser contra a ocupação dos territórios palestinos.

No momento, ele está incomunicável. De acordo com a advogada de Yablonko, Rawan Eghbariah, ojovem sustenta razões politicas e pacifistas. “Ele é contra o militarismo, em geral, e também contra a situação politica específica da ocupação", disse a Opera Mundi. Yablonko já foi julgado duas vezes por tribunais militares. Na primeira, foi condenado a 10 dias de prisão e na segunda, a 20.

De acordo com a linha adotada em outros casos como o dele, o Exército tenta pressionar os jovens que se recusam a prestar serviço militar por meio de sucessivos julgamentos. Em um episódio anterior ao de Yablonka, Natan Blanc ficou preso durante 6 meses e foi julgado 10 vezes. O israelense foi solto em junho deste ano após uma "comissão de incompatibilidade" o classificar como "inadequado" para servir o exército. Em Israel, já houve casos de jovens que se recusaram por razões politicas e passaram dois anos em prisões militares.

pioneiro em recusar o serviço militar foi Giyora Neumann, em 1971. Ele era contra a ocupação. Desde então, houve casos isolados até a primeira Guerra do Líbano, em 1982, quando a recusa se tornou um fenômeno mais amplo, com a criação do movimento Yesh Gvul (em hebraico o termo tem dois significados – Existe uma Fronteira ou Existe um Limite). O grupo, fundado por soldados da reserva durante a guerra, incentivou soldados a se negarem a lutar no Líbano. Naquela época, cerca de dois mil reservistas não participaram da guerra – 200 foram presos.

http://operamundi.uol.com.br/conteudo/reportagens/30488/recusa+de+jovem+israelense+levanta+discussao+sobre+servico+militar+obrigatorio+.shtml

Nenhum comentário:

Postar um comentário