quarta-feira, 17 de abril de 2013

Às vésperas de GP de F1, polícia reprime estudantes secundaristas no Bahrein

Tensões aumentam com a proximidade da corrida, que chegou a ser cancelada em 2011


Um protesto estudantil em um colégio secundarista para homens em Manama foi duramente reprimido nesta terça-feira (16/04) pela polícia barenita, que usou cassetetes e atirou bombas de gás lacrimogêneo contra os manifestantes.
 
A tensão política no país tem aumentado com a proximidade da realização do Grande Prêmio do Bahrein de Fórmula 1, que será realizado neste domingo (21/04). Os estudantes, que tentaram sem sucesso impôr modificações no regime durante a Primavera Árabe em 2011, pedem uma maior abertura política na pequena ilha do Golfo Pérsico e são contra a realização da corrida.
 
As primeiras ações policiais começaram na quinta-feira passada (11) no vilarejo de Kahmis, próximo a Manama. Segundo o site de notícias Russia Today, observadores internacionais informam que ativistas pró-democracia têm sido observados por forças de segurança, criticando a etapa bahrenita da F1 como um ato do regime local.

Os protestos são incentivados com cânticos como “sua corrida é um crime”, “abaixo Hamad” (em referência ao monarca do Bahrein, Hamad bin Isa Al Khalifa) e “o povo quer a queda do regime”. Rapidamente, a polícia local reagiu para dispersar a multidão, que atirou coquetéis Molotov como retaliação. Um policial ficou ferido.
 
Dirigentes da Fórmula 1 mantiveram a etapa do Bahrein no calendário, em evento que ocorrerá entre 19 e 21 de abril. Em 2011, em meio aos protestos da Primavera Árabe, a prova não ocorreu.
 
O Bahrein é uma monarquia governada por uma dinastia sunita, mas a população do país é de maioria xiita. O país é aliado dos vizinhos Arábia Saudita e Catar.

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