sexta-feira, 20 de julho de 2012

Alckmin deu licença para a PM matar em SP


A escalada da violência na periferia de São Paulo, com denúncias de execuções cometidas por policiais militares é escândalo nacional. Segundo alguns especialistas, isso ocorre porque o governo do estado perdeu o controle sobre estas facções que agem impunemente dentro da PM. “Parece que o governo Geraldo Alckmin concedeu licença para a PM matar. Os PMs podem matar a vontade que não existe nenhuma punição”, afirma um especialista. O site Carta Maior através de textos tem denunciado a Rota como braço letal da polícia militar.
Para o juiz Marcelo Semer, membro e ex-presidente da Associação de Juízes para a Democracia (AJD), afirma que o Estado corre o risco de assumir um trágico papel protagonista na usurpação da justiça.
"O incremento de execuções atribuídas à polícia, especialmente nas periferias, é altamente preocupante. Para o magistrado, se comprovadas as arbitrariedades, a Justiça acabará fragilizada. "Não se pode deixar impune qualquer crime que afronte as instituições, mas tudo que o Estado não pode é agir da mesma forma que facções criminosas, ou seja, fora da lei. Quando faz isso, não apenas se confunde com o crime, como usurpa a função da Justiça", critica ele.
Só no mês de julho, 47 pessoas foram mortas pela polícia no Estado em supostas resistências armadas, ou seja, 2,5 mortes por dia. 
No dia 18/07, duas perseguições policiais terminaram com duas mortes, nas cidades de São Paulo e de Santos. As vítimas foram um publicitário e um estudante. Na capital a perseguição foi registrada por câmeras. Em um carro preto estava um publicitário, de 39 anos. O que se vê em um vídeo são carros e motos da PM atrás dele.
O publicitário só parou quando foi cercado por um carro da PM, que vinha de frente. Eles chegaram a bater. Três policiais desceram e dispararam cinco vezes no parabrisa, mas nenhum dos tiros atingiu o motorista. O publicitário Ricardo Aquino foi morto por outros dois tiros, disparados da janela lateral. Segundo a perícia, a distância foi tão curta que os cartuchos que saltaram das armas, quando elas foram acionadas, foram parar dentro do carro.
Na cidade de Santos, 25 tiros. Só no vidro da frente nove. O motorista e o rapaz ao lado se abaixaram e não foram atingidos. No banco de trás, havia mais quatro jovens. Três foram baleados. Um deles, Bruno Vicente de Gouveia e Viana, de 19 anos, morreu.
Dois policiais que estão envolvidos na morte do publicitário Ricardo Prudente de Aquino, já estiveram em confrontos durante abordagens policiais. Robson Tadeu do Nascimento Paulino, 30 anos, responde por duas resistências seguidas de morte - registrado também após supostos tiroteios. O outro é Adriano Costa da Silva, 26 anos, que respondeu por uma resistência seguida de lesão corporal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Elaborado a partir das fontes abaixo:

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