terça-feira, 23 de julho de 2013

Milhares de americanos pedem justiça pela morte de Trayvon Martin

Milhares de americanos foram às ruas de várias cidades dos Estados Unidos neste sábado, dia 20 de julho, em homenagem ao adolescente Trayvon Martin, uma semana depois que o responsável por sua morte, George Zimmerman, foi absolvido pelo júri de Sanford, na Flórida. Celebridades como os cantores Jay Z e Beyoncé participaram das manifestações.
Em Nova York, milhares marcharam pela cidade pedindo justiça. Os cantores Jay Z e Beyoncé fizeram uma aparição no evento. Uma personalidade célebre pela defesa dos direitos humanos no país, Al Sharpton, garantiu que o casal não veio para gerar buzz na mídia, mas em solidaredade à família de Trayvon. “Como Jay Z me disse, ele é pai e a Beyoncé é mãe. Todos nós temos crianças e temos medo. As leis devem proteger todos”, explicou Sharpton.
As ruas de Los Angeles também foram tomadas por uma multidão indignada que protesta contra o veredito do tribunal da Flórida. Já em Washington, os manifestantes se reuniram diante de um tribuna federal, a alguns quilômetros do Congresso americano. Em Chicago, os moradores se reuniram no centro da cidade pedindo paz e justiça e carregando cartazes com a foto do garoto.
Os protestos também exigem que o governo americano interceda legalmente em um caso que fez com que a questão do racismo fosse novamente exposta no país, já que Trayvon é negro e o responsável de sua morte, branco, estimou que o menino era suspeito por estar caminhando sozinho e encapuzado à noite.
Suspeito
Trayvon, de 17 anos, voltava para casa no dia 26 de fevereiro de 2012 e foi perseguido e morto pelo vigia, George Zimmerman, de 29 anos, que vazia ronda no bairro. O crime foi gravado por câmeras de segurança e causou uma onda de indignação nos Estados Unidos.
No último sábado, Zimmerman foi declarado inocente das acusações de assassinato em segundo grau e homicídio involuntário. A promotoria descreveu o vigia como alguém que acreditava ter funções de policial e que queria fazer "justiça com as próprias mãos", quando imaginou que o jovem negro, que caminhava sozinho durante a noite na rua, era suspeito de ser criminoso.

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